sábado, 31 de janeiro de 2009

Chove granizo em Jerusalém
Hoje nevou pela primeira vez no topo do Monte Hermon. E finalmente voltou a chover em Jerusalém. Tem chovido menos do que o esperado e do que o necessário.
Um maluco que diz ter poderes sobrenaturais publicou que era capaz de encher o lago Kineret - principal reserva de água de Israel - em um mês, mas para isso era preciso que os meios de comunicação parassem de transmitir as previsões do tempo.
Parece daqueles que dizem que, se você não se pesar todo dia, emagrece.

Enquanto terminava de escrever, terminou a chuva, e com isso já se foi o granizo. A temperatura lá fora é de 10 graus.

Na TV, campanha para não desperdiçar água: "Também no inverno (temporada de chuvas) Israel está seca. É proibido desperdiçar água."

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Folhas Verdes, Ben Gurion, Yoga...
Excentricidades nas eleições em Israel
A democracia em Israel tem defensores para todos os gostos.
Aos críticos de plantão: aqui estamos falando de uma curiosidade, nada que diga respeito ao centro das eleições em Israel, entre Bibi, Barak e Livni.

Aqui um exemplo para as próximas eleições: o candidato do partido Alê Yarok (algo como "A Folha Verde"), favorável à legalização de drogas leves, em um "diálogo viajante" com Ben Gurion.
Alguém acredita que eles consigam uma cadeira? Em Israel, tudo é possível.



[Enquanto isso, no Kibutz Sdê Boker, junto ao túmulo de Ben Gurion, o primeiro 1º ministro de Israel, ocorre um "diálogo do outro mundo":
O que você me diz? Se eu estiver na Knesset será sababa, não?
O que você me diz? [silêncio] Hmmm... Quem cala consente!
Posso anunciar na mídia que você me apoia?
[vem o slogan do partido: "Ale Yarok, o Ramo Verde: Acredite que é possível consertar"]
E a yoga? Você ainda faz yoga?
Eleições em Israel: "Quero ser Chefe de Governo" (Ani Rotsê lihiot Rosh Hamemshalá)
Vídeo divertido sobre as eleições em Israel. O cara me lembra o Cacá Rosset/ Rei Ubu querendo ser presidente do Brasil.


A forte desvalorização do Shekel

Acabou, ao que parece, o tempo do dólar na casa dos 3 shekels e uns quebrados. A moeda americana estourou para acima de 4 shekels (em maio de 2008 era US$1 = NS 3,20) com previsão de desvalorização de mais 10% até o fim do ano (ou seja, um dólar pode alcançar até uns NS4,50).

A idéia é proposital: deixar o shekel fraco como estratégia econômica israelense para aumentar as exportações, que tombaram por conta da crise econômica mundial. Não sei se é a melhor solução: por exemplo, apesar do preço do petróleo ter caído em cerca de 70% nos últimos meses, neste domingo o preço da gasolina em Israel subirá cerca de 11%. Dólar mais caro, importações mais caras. O Brasil conhece este filme. E não me recordo de ter sido dos melhores filmes que assisti, ao contrário.

Qual a relação em reais hoje? R$1.000,00 compram NS1.750,00. No auge da valorização do real, os mesmos reais equivaliam a 2.200 shekels - 450 shekels a mais do que hoje para cada mil reais. No pico da crise atual, R$1,00 chegou a valer NS1,45.
Algo intermediário R$1,00 = NS1,85 a N$1,90, creio que seria um bom equilíbrio. Se o real tende para uma "estabilidade" na casa dos R$2,20-R$2,40 e o shekel tende a subir, imagino que devemos chegar a esta relação cambial.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Campanha política israelense não deve nada ao Brasil

por alguns sofridos minutos resolvi ontem acompanhar a campanha política para a Knesset de número 18. Graças a Deus, a campanha por aqui dura uns poucos dias. Tempo suficiente para que a diversão com apresentações tristes, beirando o ridículo, não se transformem em irritação.

Aqui como no Brasil, os partidos pequenos são a cereja do bolo de festa de crianças, e tornam a propaganda política pelo menos engraçada. Um partido expôs roupas íntimas, por assim dizer, "sujas" e "limpas", para ilustrar qual será a opção do eleitorado, em relação a políticos com ficha limpa e outros nem tanto. Há partidos só para jovens, só para aposentados, só para professores, só para russos, só para árabes, só para... etc.

O partido que me levou a desligar a TV e ir dormir foi a curiosa coligação entre o "Partido da Folha Verde" e um grupo de sobreviventes do Holocausto. Um sobrevivente veio à telinha para dizer que quem fuma um baseado também paga impostos, e em seguida aderiu ao Legalize Já. Estou certo de que os sobreviventes do Holocausto têm temas mais importantes para defender, como as condições de vida difíceis de muitos deles em Israel.

Partidos assim não chegam ao número mínimo de votos para concorrer a uma cadeira no parlamento israelense - embora sempre haja surpresas, como a do partido dos aposentados, que ocupa no atual parlamento algumas cadeiras.

Estes partidos, na minha opinião, só atestam e testam os limites da democracia israelense e do direito à livre expressão de pensamento, por mais esdrúxula que possa ser. Assim como no Brasil. Yes, Israel também tem seus Enéias e seus aerotrens.

A briga prá valer, no topo das pesquisas, não é muito melhor do que a travada entre os partidos nanicos. Tudo indica que Bibi Netaniahu será o novo primeiro-ministro, deixando Tzipi Livni (Kadima) e Ehud Barak (Avodá) comendo poeira. Lá como cá, a memória política é curta. Só nos resta esperar que Bibi - tudo é possível - se redima dos erros do passado. E que tenhamos segurança e paz nas fronteiras, economia revigorada, respeito às minorias dentro do Estado. Para que, como diz o hino Hatikvá (Esperança), continuemos a ser um povo livre em nossa terra. Que assim seja.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Conflito em Gaza - de novo - Gilad Shalit está vivo, diz Sarkozy - e Síria pode ajudar

O hamas ao que parece resolveu testar Israel. atacou um tanque e matou um soldado. (Lembrar aos desavisados que Israel saiu totalmente de gaza - de novo). Imediatamente Israel entrou com alguns tanques em Gaza e a força aérea israelense revidou.

Enquanto isso, segundo o jornal israelense Haaretz (yes, citamos fontes), Sarkozy teria garantido ao pai de Gilad Shalit, soldado sequestrado há 3 anos em Gaza, que ele está vivo. O presidente da França estaria negociando com Bashar Assad, presidente da Síria, a libertação do jovem soldado. Queira Deus que sim e que retorne logo para casa, que é o lugar dele.

Caso a Síria seja bem-sucedida, isso pode dar forças ao país para reiniciar as negociações de paz com Israel. Uma nova janela de oportunidade pode ser aberta nas belas e hoje frias colinas do Golán.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Judeus Reformistas e Conservadores trabalhando juntos??? Sim

Em Israel, rabinos conservadores e reformistas trabalham juntos, na Rikma.

Vale à pena conhecer. Entre eles estão o rabino conservador Uri Ayalon, a rabina reformista Ayala Meiron e o estudante de rabinato Esteban Gottfried, que estuda no HUC, seminário rabínico reformista. Esteban é cofundador da Beit Tefilá Israeli em Tel Aviv.

No Brasil há os exemplos de trabalho em conjunto na CIP (Congregação Israelita Paulista), em São Paulo, e na ARI (Associação Religiosa Israelita), no Rio de Janeiro.

Há quem diga que isso não é possível. Pois é, é possível. É viável. Acontece. Graças a Deus.

um grande abraço, saudações corinthianas e shavua tov!

Timão Campeão da Taça São Paulo 2009
com sofrimento, com 9... MAS CAMPEÃO!
OUÇA O GRITO DA GAVIÕES!

No aniversário de Sampa, Demônios da Garoa - Concheta:-) (do lingua de trapo)

Bom, a última por enquanto em homenagem a Sampa.
Típico de São Paulo, combinações improváveis, que no fim saem lindas: Caetano e Sandy. Salvador e Cambuí se encontram no Viaduto do Chá prá tomar um café...
um abraço e bom feriado por aí, que vamos estudando por aqui:-)
Uri


Premê por Premê: overdose de Sampa - São Paulo São Paulo na Virada Cultural

Outra versão para dizer: Parabéns Sampa!
Grupo Acordavocal, da Faculdade de Medicina da USP


Parabéns São Paulo!!!
E mazal tov, seu Paulo:-)

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

O trágico e inaceitável “Yo Argentino”
rabino Ruben Sternschein, proferida no último Shabat parashat Shemot,
na CIP (Congregação Israelita Paulista), a pedidos (e com toda razão)

Uma das expressões que mais me desgostavam e atrapalhavam nos anos em que vivi na Argentina era a que atendia por “Yo, Argentino”. Isso significava, “eu não tenho nada a ver com nada”, ou “eu não vou me envolver no que aconteça com ninguém”, “eu não fiz nada e eu não farei nada, portanto podem me deixar em paz”. Ironicamente, a origem desta expressão parece que veio de uma reação ao anti-semitismo.

Quando perseguiam judeus na Semana Trágica (1919), as pessoas julgavam se salvar dizendo, “Yo Argentino”. Isso era como dizer, “portanto, nada tenho a ver com os judeus, matem-os se quiserem, enquanto que a mim deixem em paz.”

Já a vida em Israel é totalmente ao contrário. Uma das experiências mais difíceis de realizar por lá é passear com um bebê pela rua sem obter milhares de indicações a cada passo: coloque mais roupa, a coitada da criança está morrendo de frio; tire essa roupa, a coitada da criança sente mais calor do que você; abaixe o encosto do carrinho porque tem que deitar a 180 graus; levante o encosto porque senão vai se afogar, e assim por diante. Mais difícil ainda é dirigir um ônibus, porque todos os passageiros têm muitos conselhos e críticas para cada ação do motorista. Ninguém viaja sem opinar. Ninguém vive sem palpitar. A vida israelense é dar opiniões.

Parece que sempre foi assim, que esse é um rasgo judaico. Judeus foram ativos na Revolução Russa em prol dos direitos dos trabalhadores, judeus se voluntariaram na Guerra Civil Espanhola quando quase não morava na Espanha nem um só judeu, para evitar o totalitarismo de Franco; e judeus participaram na Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Na parashá Shemot, existe a pergunta sobre como Moisés descobre sua identidade. Ele cresceu no palácio, como soube que ele era judeu? A tradição interpretativa dos últimos dez séculos escolheu que a identidade judaica do judeu mais famoso, mais imitável, mais líder, mais representativo, consiste em escolher se identificar com o sofrimento dos demais, principalmente com as injustiças, para combatê-las mesmo arriscando a própria vida! Isso é para nossa tradição a identidade judaica, uma empatia extrema, um compromisso total.

Talvez seja essa a razão do ativismo judaico na história universal e nas ruas da Israel moderna. Talvez seja a razão pela qual Israel, com seus problemas financeiros, sociais e políticos, seja um dos maiores e mais eficientes países na ajuda humanitária perante desastres naturais (terremotos na Índia, tsunamis na Tailândia), financeiros e políticos na África ou na ex-Iugoslávia. Talvez seja esse o motivo pelo qual o terrorismo mundial vê em Israel e nos judeus os principais inimigos ou pelo menos sempre um bom alvo; quando seqüestram um avião da Air France, ficam em Uganda só os judeus; quando seqüestram ocidentais na Índia, matam primeiro e com verdadeira intenção só os judeus em Mumbai; quando o Iraque lutava contra os Estados Unidos, atirava bombas contra Israel. Assim, Israel é quem luta hoje sozinho contra o terrorismo mundial, no Líbano contra o Hezbolla e em Gaza contra o Hamas. No caminho, carrega a culpa pela morte dos civis que são usados como escudos pelos terroristas, com a morte de seus próprios civis e com a morte espiritual e emocional de seus próprios soldados que, infelizmente, terão de aprender a matar.


Queira Deus que a sensibilidade e a empatia do Shabat iluminem o planeta para que ninguém mais tenha que se defender e todos possam escolher pela vida, própria e dos demais, para honrá-la e vivê-la com dignidade, com amor e em paz.

Rabino Ruben Sternschein
a canção mais tocada nas rádios em Israel atualmente,
por conta do conflito em gaza

Iesh Bi Or - "Há luz em mim", de Kobi Aflalo.

Aqui, a letra, transliterada e traduzida. Abaixo a letra em hebraico.
Shabat shalom







Iesh bi or (Há luz dentro de mim)
letra e melodia: Kobi Aflalo
tradução e transliteração: Uri Lam

keshebaleilot ló roim shamaim, rak cochavim tsadim et haeinaim
quando à noite não se enxerga o céu, só estrelas aparecem aos olhos
“ló hachóshech ló caiám” - at li omeret
“não há escuridão” - você me diz,
zé rak or sheneedar mitoch hasséret, vechamoni, hu iachzor
é só a luz que sumiu do filme, e como eu, voltará
ufit’om zé shuv core li, ufit’om haner nidlac bi, iesh bi or, iesh bi or
E de repente, ocorre de novo comigo; e de repente, a vela se acende em mim
Há uma luz dentro de mim
ulefaamim ani nofel iaguêa, umitochí, hashéket shuv nossêa
E às vezes, eu caio exausto, E dentro de mim, volta a viajar o silêncio
veló cal li leharguish o lehavía, veeláich lo matslíach lehaguía
E não me é fácil sentir ou expressar, e não consigo chegar até você
az harúach beezrí
Então a brisa vem em meu auxílio
ufit’om zé shuv…
E de repente, ocorre de novo...
“ló hachóshech ló caiám” - at li omeret
“não há escuridão” - você me diz
zé rak or sheneedar mitoch hasséret, vechamoni, hu iachzor
É só a luz que sumiu do filme, e como eu, voltará
ufit’om zé shuv…
E de repente, ocorre de novo...
keshebaleilot ló roim shamaim
quando à noite não se enxerga o céu...

יש בי אור
קובי אפללו
מילים: קובי אפללולחן: קובי אפללו
כשבלילות לא רואים שמים
רק כוכבים צדים את העיניים
לא החושך לא קיים, את לי אומרת
זה רק אור שנעדר מתוך הסרט
וכמוני, הוא יחזור
ופתאום זה שוב קורה לי ופתאום הנר נדלק בי
יש בי אור, יש בי אור
ולפעמים אני נופל יגע
ומתוכי, השקט שוב נוסע
ולא קל לי להרגיש או להביע
ואלייך לא מצליח להגיע
אז הרוח בעזרי
ופתאום זה שוב...
לא החושך לא קיים, את לי אומרת
זה רק אור שנעדר מתוך הסרט
וכמוני, הוא יחזור
ופתאום זה שוב...
כשבלילות לא רואים שמים

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009



















Merav Opher - brasileira premiada nos EUA na área de Astrofísica

a nota é longa, mas vale MUITO a leitura.

A astrofísica brasileira Merav Opher , 38 anos e radicada nos Estados Unidos, foi uma das ganhadoras do Presidential Early Career Award for Scientists and Engineers (Pecase), um disputado prêmio concedido a jovens pesquisadores nos Estados Unidos. Ela recebeu o prêmio na Casa Branca, no dia 19 de dezembro, das mãos do presidente George W. Bush, ao lado de outros 11 pesquisadores. Merav fez doutorado em astronomia na Universidade de São Paulo (USP) entre 1993 e 1998, como bolsista da FAPESP.

Família de Astrofísicos e Físicos



fonte: http://fma.if.usp.br/convite/ConvitesHTML/images/300/2008-03-26-300.jpg



A especialidade de Merav é, bem, vamos lá: o cálculo do fluxo de partículas e dos campos magnéticos nas fronteiras do Sistema Solar. Ela se dedicou nos últimos anos a estudar a heliopausa, uma espécie de uma enorme bolha que contém o Sol e os planetas do Sistema Solar e funciona como um escudo que impede a invasão de raios cósmicos galácticos. É sério, embora pareça história de Flash Gordon! A milhões de quilômetros para lá de Plutão, a heliopausa choca-se contra uma gigantesca nuvem interestelar de gás e poeira em movimento que cruza seu caminho.
A pesquisadora se interessou pela física espacial por influência do pai, o físico Reuven Opher, há pelo menos duas décadas professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG), da USP. Sua irmã gêmea, Michal, hoje é professora da Universidade Cornell, nos Estados Unidos. Suas linhas de pesquisa envolvem as áreas de fotônica e nanotecnologia.

Formação Judaica
Merav e Michal estudaram no Colégio Beit Chinuch (Iavne), em São Paulo, uma tradicional escola religiosa judaica. “Embora meus pais não sigam a religião, me colocaram numa escola religiosa para que eu aprendesse bem o hebraico”, afirma. Elas também frequentaram movimentos juvenis judaicos, como o Bnei Akiva e o Masada, ambos então no Bom Retiro. Merav Graduou-se em física na USP entre 1989 e 1992 e, logo em seguida, fez doutorado no IAG, orientada pelo próprio pai.

Bem, aí voltamos à história que é real, mas parece ficção científica. Merav foi aos EUA, ao Laboratório de Propulsão a Jato da NASA e procurou a física Paulett Liewer, referência no estudo das interações dos ventos solares no meio interestelar. “Ela me contratou na hora”, recorda-se. Entre 2001 e 2004, fez pós-doutorado no Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), ao qual o laboratório da Nasa é vinculado.

Segundo Merav, "A formação dos brasileiros não deixa nada a desejar à de outros países e não entendo por que os nossos pesquisadores às vezes se sentem intimidados quando vêm trabalhar nos Estados Unidos”, afirma a astrofísica, que se diz aberta a receber novos bolsistas do país. Quem se habilita a esta viagem interestelar?

Merav e Michal foram amigas de adolescência. Havia uma turma boa, formada de jovens judeus brasileiros e filhos de israelenses. Michal, Merav, Ido, Nir, Mucky, Fred, Soni, Michel, eu e mais uns tantos. Dá prá dizer que nos divertimos muito.

É uma alegria saber que os amigos vão longe, mas ninguém imagina que alguém um dia chegaria tão longe, até uma bolha que, milhões de quilômetros prá lá de Plutão, de algum modo protege o nosso humilde sistema solar e permite a vida na Terra. É de se sentir um pó cósmico ambulante.

Merav, parabéns, kol hakavod!!

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Israel é uma democracia, até quando posto à prova.
Acaba de ser noticiado que a Suprema Corte em Israel anulou as proibições aos partidos árabes israelenses de participarem nas próximas eleições, no início de fevereiro para a Knesset, o parlamento israelense.

Na semana passada os partidos Taal e Balad haviam sido impedidos de concorrer às eleições parlamentares, em meio a acusações mútuas de apoio explícito a quem quer destruir Israel (Hamas) e deslealdade ao país do qual são cidadãos - por parlamentares de direita, e de racismo e fascismo, por parte dos parlamentares árabes.

A população árabe israelense, cristã e muçulmana, compõe 20% da população do Estado de Israel. Assim, de 7,4 milhões de cidadãos israelenses, quase 1,5 milhão são árabes. Entre 120 cadeiras na Knesset, hoje há 10 parlamentares árabes.

Ficou uma coisa de "se ficar o bicho come, se correr o bicho pega". Mesmo com parlamentares árabes israelenses viajando para a Síria e se encontrando com líderes do Hamas, em apoio explícito, os debates políticos na imprensa israelense (sim, faz parte da democracia) refletiam sobre as consequências de se banir os partidos árabes ou de mantê-los como parte do jogo político legal. A justiça israelense achou menos complicado mantê-los dentro do jogo político.
Uma canção para os soldados israelenses
Compartilho com vocês a letra de uma canção do rabino Shlomo Aviner. Embora não concorde com todos os aspectos da letra, gostei do geral, - entender que todos soldados, em última instância, são pessoas, independente de orientação religiosa, posicionamento político ou o que seja. Me pareceu uma forma interessante, durante o último conflito com o Hamas, de dar força aos soldados de Israel, do que apelar para questões de superstição.




Uma canção para os soldados israelenses
Shlomo Aviner
Tradução: Uri Lam
A letra da canção de Rav Aviner em hebraico pode ser encontrada em

http://video.maale.org.il/blog/show.php?id=782&type=blog

O chefe de unidade é industrial.
O chefe de regimento é engenheiro.
O chefe de companhia é guia florestal.
O chefe de pelotão cumpre serviço militar obrigatório.
O sargento major vende livros sagrados.

O sargento é carpinteiro.
O líder de esquadra atualmente está desempregado.

E o profissional está aposentado.

Mas todos são excelentes soldados, que marcham lentamente no silêncio da noite.
Entram em território inimigo sem medo

para empreender uma guerra por nosso país
Como seus pais fizeram por eles.


O chefe de unidade tem dor nas costas.
O chefe de regimento tem colesterol alto.
O chefe de companhia tem problemas digestivos.
O chefe de pelotão parece não estar bem.
O sargento major tem problemas com os olhos.
O sargento tem dificuldade para dormir.
O líder de esquadra está com coceira.
E o profissional tem calos nos pés.

Mas todos são excelentes soldados, que passam lentamente despercebidos na escuridão.
Entram em território inimigo, esquecendo-se do quanto são mimados e sensíveis
Se enchem todo dia de gotas, óleos e comprimidos

e de repente ficam saudáveis de novo.
E estes homens que têm medo de injeções e dentistas,

de repente se tornam corajosos. Eles não têm medo de nada.
Eles fazem tudo o que precisa ser feito,

porque deve se fazer o que é preciso fazer.
Eles não pensam em si mesmos, mas no seu país,

porque basta de toda esta bagunça.
E temos que agir para proteger nosso país agora,

e este é só o começo.

O chefe de unidade é um esquerdista contra os assentamentos.
O chefe de regimento é um colono dos assentamentos.
O chefe de companhia vota no partido de centro.
O chefe de pelotão é um religioso-sionista indeciso entre dois partidos.
O sargento major é ultra-ortodoxo. O sargento é socialista.
O líder de esquadra vota em todos os partidos.
E o profissional ainda não se decidiu.

Mas todos são excelentes soldados,
que marcham silenciosamente na escuridão da noite.
Sob a lua sorridente, com preparo e força.

E as mesmas pessoas que não concordam em nada sobre política e religião
De repente se tornam irmãos. Irmãos em armas e irmãos na batalha.
Que se sacrificam uns pelos outros de coração e alma.
De repente todo mundo concorda que a melhor coisa que temos
é o nosso país e o exército que nos defende.
E eles estão prontos para derrotar completamente o inimigo,
de uma vez por todas.
Para que nos deixem em paz.

Mas todos são excelentes soldados, que marcham lentamente no silêncio da noite.
Entram em território inimigo com coragem e determinação, para defender o seu país.

A guerra, por enquanto, terminou. espero que não volte, mas nunca se sabe

Hoje o ex-rabino-chefe Mordechai Eliahu disse (publicado no jornal israelense Yediot Acharonot) que "foi ele quem pediu para que Raquel, nossa matriarca, defendesse nossos soldados em Gaza" (sobre uma história que circula sobre a Matriarca Raquel ter aparecido para alguns soldados, como uma velha senhora, e ter salvado as vidas deles ao adverti-los para não entrar em uma casa cheia de explosivos, na última guerra contra o Hamas.

Com todo o respeito ao rabino, só posso dizer: oi vei!!! As coisas que precisamos ouvir (ou ler).

Mas não estou sozinho diante desta história. Um rabino ortodoxo, Shlomo Aviner, respondeu que não era possível acreditar em qualquer coisa que nos dizem, que Raquel está sempre conosco e que não precisa aparecer para alguns como prova de sua existência. E por que não apareceu e salvou outros soldados que tombaram na guerra?

Enfim, torço para que o bom senso prevaleça, caso não queiramos agora ter a "nossa matriarca aparecida", com todo respeito à matriarca Raquel, a amada esposa de Jacob. Coragem e fé sim, superstições não. Eu acho mais do que saudável ter soldados com fé em Deus e buscarem a Sua proteção. Mas devemos destacar a coragem deles em entrar em um guerra para defender os cidadãos do seu país, Ponto. Tenho fé em Deus e confiança nos soldados de Israel.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

domingo, 18 de janeiro de 2009

Yes, Israel também tem gás natural pré-sal
Segundo informação divulgada no jornal Haaretz (em hebraico), na seção econômica, foi descoberta uma reserva de gás natural a 90 km de Haifa, em águas profundas, entre 1.680 e 4.900 metros abaixo do nível do mar, atingindo a camada pré-sal. As primeiras avaliações dão conta de que a reserva é 30 vezes maior que o acordo de fornecimento de gás do Egito para Israel.
Se for verdade, será a maior descoberta de gás na história de Israel.

sábado, 17 de janeiro de 2009

continuam caindo mísseis em Beer-Sheva e Ashdod.
Enquanto Israel anuncia Cessar-Fogo unilateral, 17 mísseis ou morteiros caíram até agora, hoje, na região - três no últimos minutos, já depois do anúncio israelense. Por conta dos mísseis há interrupção de transmissão elétrica em alguns pontos de Beer-Sheva.
Anúncio de cessar-fogo unilateral por Israel
Agora Ehud Barak diz que a partir das 2 da manhã (10 da noite, horário de Brasília), Israel inicia o cessar-fogo unilateral. No entanto o Hamas deve continuar com seus ataques. Se isso continuar, o Exército de israel reagirá. Não se saiu à guerra a toa, à guerra se sai somente quando é extremamente necessário, pois os resultados são sempre terríveis, mas há limites para a paciência. Elogia o trabalho das forças aéreas e em terra, e do serviço de inteligência, que fizeram seu trabalho de forma perfeita - não há como eles, pois o Hamas recebeu um duro golpe. Lamenta que 1.200 palestinos morreram, mas enfatriza que entre eles foram mortos centenas de terroristas do Hamas.

Barak fala o nome de cada soldado que morreu em combate, e de cada habitante de Israel que foi morto por mísseis ou morteiros. Não há preço para cada pessoa que morreu: cada pessoa é um mundo em si mesmo. Deseja aos feridos força e coragem. Comenta que foi feito todo o possível para não atingir habitantes civis em gaza, e que se o Hamas não os utilizasse como escudos humanos, muitas mortes poderiam ter sido evitadas. Mais de meio milhão de telefonemas foram feitos aos habitantes para que se afastassem do local de guerra, além de milhares e milhares de folhetos lançados pelas forças aéreas com a mesma advertência.

Elogia as famílias dos soldados, que não dormiram e cerraram os dentes, o que ao contrário de enfraquecer os soldados, lhes deu forças para continuarem em sua missão. Os cidadãos que eram atacados e passaram seus dias em abrigos antiaéreos deram forças à missão, e a esperança de se retornar a uma vida no estado de Israel em paz e segurança.

Sobre Gilad Shalit: estamos concentrados em trazê-lo de volta para casa. Ainda não há notícias sobre isso, mas ele promete que irão trazê-lo são e salvo para casa.

Agradece ao pimeiro ministro Olmert e à premier Tzipi Livni, em nome de cada cidadão do país. Gostaria de que não houvesse mais guerras, mas Hamas, Hizbolá, Síria, Irã, ainda não permitem que isso ocorra.

E sempre se fará o que é necessário para que todo cidadão israelense tenha o que todo cidadão do mundo merece: paz e segurança.
ANÚNCIO DE CESSAR-FOGO UNILATERAL POR ISRAEL
obs.: O que escrevo aqui é o que eu pessoalmente pude pegar da transmissão ao vivo pela TV israelense, sem qualquer edição.
Neste instante, exatamente, Olmert se dirige na TV aos jornalistas e à população para anunciar o Cessar-Fogo. Na reunião, dois ministros votaram contra, e parece que três a favor, além de uma abstenção. Olmert diz que foram criadas as condições para o cessar-fogo unilateral, e descreve como isso foi alcançado. Considera-se que o Hamas recebeu um duro golpe em nível militar e governamental por um bom tempo. Agora ele elogia os soldados e os reservistas, por sua dedicação e voluntarismo para proteger 1 milhão de habitantes de Israel dos ataques constantes do Hamas. Ele lembra agora também os soldados que caíram no conflito e os habitantes atingidos por mísseis e morteiros lançados de Gaza. Dadas as condições de impedir o contrabando de armas (via túneis) enviadas por Síria e Irã.

Comenta ter recebido cartas dos líderes de França, Alemanha, Inglaterra e Itália. (amanhã devem vir a Jerusalém, pelo que entendi todos estes líderes, além do presidente Hosni Mubarak, do Egito, e do presidente Mahmoud Abbas, da Autoridade Palestina). O governo decidiu - deixando claro que em 2005 Israel deixou cad - sujeito a correções e confirmações - a milímetro de Gaza e não tem qq intenção de voltar a ocupá-la. Mas neste tempo o Hamas, de forma extremista e com apoio do Irã, armou-se e passou a atacar Israel. Nesta guerra, eles foram surpreendidos e derrotados.

Enfatiza que nada tem contra a população de Gaza, pelo contrário; espera que no futuro possamos viver lado a lado em paz.

Hoje, depois de reunião governamental e seguindo a proposta egípcia para uma solução ao conflito, decidiu-se pelo cessar-fogo. O Hamas não faz parte do acordo. se nossos inimigos decidirem continuar com seus ataques, Israel se vê no direito de retomar a missão em Gaza. Se o Hamas insistir, será surpreendido de novo; ele aconselha o Hamas a não tentar experimentar se Israel voltará a reagir ou não.

Sobre o soldado sequestrado pelo Hamas, Gilad Shalit: continua-se tentando trazê-lo de volta para casa. Gilad continua no centro das atenções do governo de Israel.
Aos habitantes de Gaza: não odiamos vocês. não queremos atingir vocês. Lamentamos profundamente todos os que morreram. O sofrimento de vocês é terrivel. Lamentamos profundamente o sofrimento que causamos a vocês. No acordo com o Egito, ninguém garantiu que o Hamas interromperá seus ataques. O sofrimento dos civis de Gaza é responsabilidade do Hamas.

Agora agradece aos soldados de Israel, ao ministro da segurança Ehud Barak, à polícia israelense e a demais líderes militares. Agradece ao povo de Israel pela solidariedade social que ocorreu nas últimas semanas. Termina dizendo que esta é a esperança no futuro de Israel, de tempos melhores.

O jornalista comenta que fica claro que há um cessar-fogo, desde que o Hamas cesse seus agtaques - caso contrário, Israel retomará à ação por meio de seu exército de defesa. Mostra-se na TV manifestação de jovens com faixas dizendo que não se pode terminar o conflito sem trazer Gilad Shalit de volta para casa.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Xurreal!
Pouporri do mais curiosos. O mais engraçado é o início, ouçam como se pode cantar "Hine Ma Tov Uma Naim" (salmo 133). Banda Kinderlach, em apresentação em Tel Aviv.

Shabat shalom, com a expectativa de, já no próximo Shabat, já termos um cessar-fogo em Gaza, preservando assim a vida de palestinos e israelenses de ambos os lados.


quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Uma "pequena" diferença de abordagem
Enquanto a UOL publica que Israel, ao bombardear um edifício da ONU, destaca que queimam todas as provisões (alimentos) enviados nos últimos dias, armazenados ali (como se Israel propositadamente quisesse incinerar a ajuda humanitária da forma a mais desumana possível), o Estadão dá outra face da notícia: O Hamas abriu fogo de dentro do edifício da ONU, e as forças israelenses revidaram, causando o incêndio. Então a culpa é de Israel. É óbvio que é lamentável, horroroso, os alimentos serem queimados. Mas me parece óbvio também que o ataque não foi contra as provisões, mas contra os terroristas do Hamas. Que, ao contrário do que diz a ONU, usam sim seus edifícios - além de escolas, casas de gente comum, hospitais e mesquitas - como salvaguarda contra ataques israelenses.

Com toda a destruição, não faltam notícias de soldados israelenses da força aérea que afirmaram não terem atirado sempre que receberam ordens para fazer, pois buscaram evitar mais mortes de civis, ainda que assim deixassem de atacar os soldados do Hamas enfurnados entre a população civil.

Enfim, esta é a UOL (com a justa e honrosa posição da Veja). Da Istoé nem falar.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Publicado no site da Federação Israelita do Estado de São Paulo

Líderes Religiosos reafirmam compromisso com a Paz
Preocupados com a crescente escalada do conflito no Oriente Médio, nós, líderes religiosos, unimo-nos para pedir o estabelecimento e a manutenção da paz na região.
Reafirmamos nossa opção pelo diálogo entre as partes como caminho para a solução do conflito.


No Brasil, os representantes das diferentes comunidades contam com um canal permanentemente aberto de conversação. Desejamos que a relação fraterna entre povos de diferentes credos e culturas que se desenvolveu com mais intensidade nas últimas décadas em solo brasileiro se fortaleça, cada vez mais, e sirva de inspiração para outras sociedades ameaçadas em sua convivência pacífica.

Com desejos de Paz, Salam e Shalom!

Dom Raymundo Damasceno Assis Presidente do CELAM (Conselho Episcopal Latino Americano)
Padre José Bizon Casa da Reconciliação
Armando Hussein Saleh Xeique Missionário pela Paz Mundial
Bayram Dagdeviren Comunidade Turca no Brasil
Ruben Sternschein e Michel Schlesinger Rabinos da Congregação Israelita Paulista
Monja Coen Comunidade Zen Budista
Reverendo Gustavo Alberto C. Pinto Monge Budista da Tradição Terra Pura
Iya Sandra Epega Sacerdotisa da Tradição de Orixá

domingo, 11 de janeiro de 2009

Um vídeo emocionante sobre o que passam cidadãos israelenses atacados por mísseis kassam de Gaza. Quem sabe passe um pouco do terror que é ser vítima, dia a dia, de ataques terroristas.

Dias sim, noites não, outras noites sim. Quando não cai míssil, fica a angùstia de saber quando irá cair... não um dia, não dois dias. 8 anos. Quase 3.000 dias com gente do outro lado "brincando" de acertar mísseis, ora num carro, ora num parque infantil, ora numa loja. Sim, muitas vezes cai em campo vazio - como diz a música abaixo, e no noticiário diário (ainda hoje): "Não houve vítimas, não gerou danos." Será mesmo? Fico besta com esta forma de se noticiar. Como não houve danos? Vítimas são 1 milhão de habitantes - israelenses judeus, drusos, árabes, cristãos, além de outros estrangeiros que vivem e trabalham num país minúsculo que dá oportunidade de trabalho e vida digna a qualquer um que queira viver em paz, é só querer. Inclusive palestinos.

Nenhum israelense está feliz com o que está acontecendo em Gaza. Diga-se de passagem, nenhum egípcio também. e novamente, ninguém está feliz com o que acontece hoje em Sderot, Ashkelon, Beer-Sheva, Netivot, além de inúmeros kibutzim e moshavim - Nega, Zikim, Kfar Aza, Bror Chail (de brasileiros), Nahal Oz são apenas alguns. O comércio está vazio, as fábricas e escolas estão em feriado compulsório, agricultores se arriscam a manter a plantação, sabendo que um Kassam pode estar vindo por aí, e que não há abrigo antiaéreo por perto.
O que fazer? "Deite e coloque as mãos sobre a cabeça, pois as mãos são menos vulneráveis que a cabeça", dizem as instruções na TV. Você que vive em São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Porto Alegre, Belo Horizonte - você ficaria quieto? Duvido.
Agora assistam ao vídeo que já falei demais.

sábado, 10 de janeiro de 2009

MANIFESTAÇÃO PÚBLICA EM TEL AVIV
HAVERÁ MANIFESTAÇÃO CONTRA A ESCANDALOSA E OBSCENA PUBLICAÇÃO CONTRA ISRAEL, EM TERMOS INJURIOSOS, FEITA PELO PRESIDENTE DO PT.
SERÁ NA FRENTE A EMBAIXADA DO BRASIL, EM TEL AVIV.
2A FEIRA, 12 DE JANEIRO, ÀS 18:00 HORAS.

CONSELHO DE CIDADÃOS BRASILEIROS EM ISRAEL
CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA ISRAEL - BRASIL
CENTRO CULTURAL ISRAEL - BRASIL

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Marinha dos EUA diz a Capelão “judeu” Messiânico: teu símbolo é a cruz
tradução Uri Lam
link: (YESHIVA WORLD NEWS, 23 Dez 08)
Judeus praticantes aplaudiram a decisão da Marinha relativo a Michael Hiles, um "judeu" messiânico que se inscreveu para servir como um capelão na Marinha norte-americana. Hiles foi aprovado pela Marinha para servir como capelão. Porém, quando apareceu para treinar lhe disseram que usasse uma cruz em sua insígnia - em vez das Tábuas da Lei (Luchos ou Luchot) - que todos os capelães judeus usam, devido à indecisão da diretoria Naval sobre a insígnia correta. Hiles protestou aos chefes que, como um “judeu” messiânico, deveria ser dado a ele a insígnia judaica. Ele pediu que a Marinha reconsiderasse. A resposta foi que a decisão veio do comando maior dos capelães e não havia o que se fazer.


A ordem foi escolher a cruz em sua insígnia ou sair da Marinha. Hiles escolheu sair.

A decisão que exige dos “judeus” messiânicos o uso da cruz foi adotada oficialmente no dia 26 de novembro de 2008 pelo Presidente da Diretoria de Uniformes da Marinha, Vice Almirante M. E. Ferguson da Marinha norte-americana.

Para quem não sabe ainda, "judeus" messiânicos (e grupos correlatos, como judeus por jesus, israelitas por jesus, judeus adventistas, cristãos-israelitas, e por aí vai) são pessoas que se dizem judeus que acreditam em Jesus Cristo (chamado por eles de Yeshua Hamashiach) como messias também para o povo judeu. Nada mais equivocado.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Nota da FISESP, FEDERAÇÃO ISRAELITA DO ESTADO DE SÃO PAULO

ao se posicionar sobre a nota do PT

São Paulo, 06 de janeiro de 2009
A Federação Israelita do Estado de São Paulo, entidade que representa a comunidade judaica do referido estado, recebeu com indignação a nota do Partido dos Trabalhadores (PT) relativa ao conflito no Oriente Médio.
Em primeiro lugar, jamais este partido se manifestou contra os ataques do grupo terrorista Hamas contra o território israelense, que acontecem há anos, inclusive durante o cessar-fogo, que jamais foi respeitado por esta milícia.
Jamais este partido se manifestou contra o assassinato de 400 civis em apenas dois dias no Congo, nem com a "limpeza étnica" que vitimou mais de 100 mil pessoas em Darfur.
Israel, como um país soberano tem todo o direito de se defender de ataques terroristas. Israel não atacou os palestinos.
O sul de Israel vem sendo quase ininterruptamente bombardeado pelos Hamas há 7 anos e o Exército não tem respondido para evitar congelar os progressos nos acordos de paz realizados com a Autoridade Palestina (oposição do Hamas). Israel retirou-se da Faixa de Gaza há 3 anos num gesto de paz e os ataques pioraram, pois o Hamas ficou mais próximo da fronteira israelense. Após uma breve trégua utilizada pelo Hamas para se fortalecer e se armar, os ataques palestinos se intensificaram. Nestas circunstâncias Israel iniciou o contra-ataque atual para evitar os lançamentos de mísseis. Qualquer país no mundo faria o mesmo para se defender, no entanto, todos condenam Israel com o termo "Nazistas" ou "Massacre" num claro jogo sujo e baixo de desinformação e manipulação.
Convocar seus militantes a se manifestarem causando a importação do conflito é um erro crasso. O PT, como partido que governa este país, em seus 30 anos de existência deveria se preocupar mais em contribuir para um processo de paz duradouro e eficaz na região ao invés de jogar gasolina em uma história que desconhece.
PT volta ao seu Passado Truculento, companheiros

nota do PT

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PT condena terrorismo de Estado do governo de Israel contra o povo palestino

Os ataques do exército de Israel contra o território palestino, que já causaram milhares de vítimas e centenas de mortes, além de danos materiais, só podem ser caracterizados como terrorismo de Estado. Não aceitamos a "justificativa" apresentada pelo governo israelense, de que estaria agindo em defesa própria e reagindo a ataques. Atentados não podem ser respondidos através de ações contra civis. A retaliação contra civis é uma prática típica do exército nazista: Lídice e Guernica são dois exemplos disso. O governo de Israel ocupa territórios palestinos, ao arrepio de seguidas resoluções da ONU. Até agora, conta com apoio do governo dos Estados Unidos, que se realmente quiser tem os meios para deter os ataques. Feitos sob pretexto de "combater o terrorismo", os ataques de Israel terão como resultado alimentar o ódio popular e as fileiras de todas as organizações que lutam contra os EUA e seus aliados no Oriente Médio, aumentando a tensão mundial. O Partido dos Trabalhadores soma sua voz à condenação dos ataques que estão sendo perpetrados pelas forças armadas de Israel contra o território palestino e convoca seus militantes a engrossarem as manifestações contra a guerra e pela paz que estão sendo organizadas em todo o Brasil e no mundo. O PT reafirma, finalmente, seu integral apoio à causa palestina.


Ricardo Berzoini Presidente nacional do PT
Valter Pomar Secretário de Relações Internacionais do Partido dos Trabalhadores

domingo, 4 de janeiro de 2009

uma imagem diz mais que mil palavras.
não é preciso entender inglês nem hebraico para entender o vídeo abaixo.

ou talvez queiram saber ocmo é construir um playground imaginando que possa ser atingido por um míssil, e ainda sim ter um playground alegre e divertido e educativo e etc e tal.

Hamas pede água?
Difícil saber com certeza, na guerra de informação e contrainformação, mas o jornal Haaretz em hebraico dá a entender que há sinais vindos do Hamas de que estaria disposto a um cessar-fogo.
a ver nas próximas horas.
Os soldados chegaram ao antigo assentamento de Netzarim. Fico imaginando o que passa na cabeça deles ao ver a destruição deixada ali pelo Hamas, após a saída dos colonos.
no demais, Israel enviou já reservistas para o país inteiro, inclusive para o Golán e na fronteira com o Líbano, dadas as ameaças do Hizbolá.
Salmo 121 - em favor dos soldados de Israel e dos habitantes do sul do país.
(tradução adaptada: Uri Lam)

שִׁ֗יר לַֽמַּֽ֫עֲל֥וֹת
אֶשָּׂ֣א עֵ֭ינַי אֶל־הֶהָרִ֑ים - מֵ֝אַ֗יִן יָ֘בֹ֥א עֶזְרִֽי
עֶ֭זְרִי מֵעִ֣ם יְהֹוָ֑ה עֹ֝שֵׂ֗ה שָׁ֘מַ֥יִם וָאָֽרֶץ.
אַל־יִתֵּ֣ן לַמּ֣וֹט רַגְלֶ֑ךָ אַל־יָ֝נ֗וּם שֹֽׁמְרֶֽךָ.
הִנֵּ֣ה לֹ֣א יָ֭נוּם וְלֹ֣א יִישָׁ֑ן שׁ֝וֹמֵ֗ר יִשְׂרָאֵֽל.
יְהֹוָ֥ה שֹׁמְרֶ֑ךָ יְהֹ֘וָ֥ה צִ֝לְּךָ֗ עַל־יַ֥ד יְמִינֶֽךָ.
יוֹמָ֗ם הַשֶּׁ֥מֶשׁ לֹֽא־יַ֝כֶּ֗כָּה וְיָ֘רֵ֥חַ בַּלָּֽיְלָה.
יְֽהוָ֗ה יִשְׁמׇרְךָ֥ מִכׇּל־רָ֑ע יִ֝שְׁמֹ֗ר אֶת־נַפְשֶֽׁךָ.
יְֽהוָ֗ה יִֽשְׁמׇר־צֵאתְךָ֥ וּבוֹאֶ֑ךָ מֵֽ֝עַתָּ֗ה וְעַד־עוֹלָֽם
Em favor dos soldados de Israel e dos habitantes do sul do país
Uma canção para as alturas, Erguerei meus olhos às montanhas, aos edifícios, às cortinas de fumaça e fogo; quem me ajudará? Deus, Criador do Céu e da Terra, a quem pedimos todos os dias para que leve a paz para nós, o Povo de Israel, e para todos os habitantes da Terra. Ele não permitirá que vocês tropecem nas bombas deixadas pelos terroristas nem sejam pegos em suas emboscadas, nem que atirem por engano em gente do povo. Ele não deixará de protegê-los. Deus protege Israel, por isso não se afastará de vocês e estará o tempo todo atento. Deus protegerá cada um de vocês, como se fosse a sombra de cada um.
O sol não castigará vocês durante o dia, nem a lua à noite. Deus protegerá de todo mal; Ele preservará a vida de cada um de vocês. O Eterno protegerá suas idas e vindas, agora e para sempre. -
E que logo chegue o dia em que não sejam mais soldados, pois não se ensinará mais a arte da guerra.
Guerra contra o Hamas
As cenas são tristes, os resultados - mortes de ambos os lados - são esperadas, o noticiário israelense deixa claro que há informações censuradas por motivos óbvios: não passar informação ao inimigo - embora deixem claro também que muitas informações sobre a movimentação de tropas israelenses é transmitida pela Al-Jazeera. Os hospitais israelenses já receberam cerca de 30 feridos, 2 em estado grave - segundo o médico entrevistado na TV, sem risco de morte, mas na sala de cirurgia. Do lado palestino uma forte retórica de catástrofe, de morte no fogo. Primeiro se atacassem, depois se atacassem por terra - agora, quando se aproximarem das montanhas de Gaza. Os líderes do Hamas estão escondidos debaixo do chão, deixando sua população exposta. As vozes do Hamas agora vêm de Damasco, Síria, dizendo que estão vencendo a guerra. As vozes do Hamas em Gaza estão caladas, enfurnadas.

Qualquer que seja o resultado, o Hamas dirá que venceu a guerra. Enquanto isso, fora da terra da fantasia terrorista, o Egito assume uma corajosa posição de negar apoio ao Hamas. Outros países árabes estão em um relativo silêncio, demonstrando certa satisfação com uma possível derrota da facção terrorista. Mas a gente simples de Gaza, ao receber uma bomba ao lado de casa, culpa Israel. Têm eles mais razão do que aquela gente toda na Europa sedenta por colocar para fora todo o seu antisemitismo, o seu ódio por judeus, onde quer que estejam e façam o que façam. Cartazes prontos, aos milhares, pareciam estar já preparados para sair do armário. Discursos cindidos com a realidade fazem parte da mesma retórica do Hamas, de que tudo é fogo, tudo é o inferno para os judeus (judeus, não Israel - a retórica, outra, de que são contra Israel, mas não contra os judeus, vai por água abaixo), de que os judeus (não Israel, os judeus) impõem um holocausto aos palestinos. Seria, caso o caso fosse o oposto: nã haveria qq piedade da parte do Hamas em destruir cada habitante israelense com requintes de crueldade. Pois em Israel a população em boa parte se come por dentro em imaginar que, junto com um terrorista, infelizmente morrem muitos inocentes, e como é possível fazer para evitar estas mortes.

Podem ter certeza: se fosse para entrar e matar vergonhosamente, Israel tem poder de fogo para isso, o que evitaria a morte de muitos israelenses. Mas Israel não age assim. Prefere tentar ser mais precisa e acabar com os terroristas do Hamas, e lamenta profundamente a morte de cidadãos comuns. Israelenses e palestinos.

Bom, por hoje é só.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Israel atira, mas ainda não invadiu - UOL, passe as informações direito!!
Israel provavelmente prepara o terreno para uma invasão terrestre, mas ainda não invadiu, conforme informado equivocadamente pela UOL. Fico imaginando quem está sedento de sangue... ou de vender notícia.
Um das grandes discussões na imprensa israelense, ao questionar os militares, é como combater o Hamas com um mínimo de baixas civis. Mas certos setores da imprensa anseiam por baixas civis... gente, estamos tratando de gente!!!
Uma imprensa mais séria estaria agora discutindo o que pode acontecer, quais são os cenários. Em um deles, o Hizbolá ameaça iniciar ataques ao norte de Israel. Certamente um cenário previsto e imaginado por Israel.
Talvez haja interesse em se tratar um assunto grave para dois povos de modo mais responsável.



sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Shabat shalom veshaket

Avshalom Vilan, parlamentar da Knesset: O Méretz não é um partido pacifista"

Segundo notícia publicada hoje no jornal israelense Maariv, uma candidata árabe-palestina do partido retirou sua candidatura às próximas eleições devido ao apoio do partido esquerdista Méretz aos ataques contra o Hamas em Gaza. Um de seus principais ativistas, Abu Vilan, afirmou: "O Méretz não é pacifista. Quando cidadãos do Estado de Israel são atingidos pelo terror, deve se dar uma resposta com toda força.... O Méretz entende que Israel deve defender seus cidadãos, sejam judeus ou árabes."
Shabat shalom Israel, estamos com você.
De Jerusalém, em um dia com algumas nuvens no céu, mas mais claro que nos dias anteriores.




Israel é forte e venceremos mais esta.




quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Aviso do Exército de Israel aos habitantes de Gaza, em Rafiach (tradução livre)
Espalhados nos últimos dias 80 mil avisos aos habitantes da região de Rafiach, Faixa de Gaza.

Aos habitantes de Rafiach. O Exército de Defesa de Israel (Tzahal) atua contra os movimentos e consequências decorrentes das ações terroristas contra o Estado de Israel. A Tzahal explodirá e destruirá toda construção e terreno no qual há munição, armas militares ou túneis. A partir da divulgação deste comunicado, todo aquele que tem em sua casa munição, armas militares ou túneis, está em perigo. Cabe a este abandonar o local para proteger a sua vida e as vidas de sua família. Estejam atentos a esta advertência: Comando da Tzahal.
אל תושבי רפיח, צה"ל פועל נגד התנועות והגורמים אשר מבצעים פעולות טרור נגד מדינת ישראל. צה"ל יפציץ ויהרוס כל מבנה ואתר שבו יש תחמושת, ציוד צבאי או מנהרה. החל מפרסום הודעה זו, כל מי שיש בביתו תחמושת, ציוד צבאי או מנהרה, נתון בסכנה. עליו לעזוב את המקום כדי לשמור על חייו וחיי משפחתו. ראו הוזהרתם! מפקדת צה"ל
Sangue derramado
Escritores israelenses como A.B. Yehoshua e Amós Oz são a favor de uma trégua de 48 horas na ofensiva israelense. diz A.B. Yehoshua: "A operação israelense era necessária, mas agora é preciso colocar um fim rapidamente. Continuaremos sendo vizinhos e quanto menos sangue for derramado, melhor será para o futuro".

Há uma guerra de informação e intimidação vinda dos dois lados. Mas as diferenças são claras. Do lado israelense, uma gravação eletrônica foi enviada em árabe para milhares de lares palestinos, dizendo que deveriam ir a lugares mais protegidos, pois a região (se fosse próxima a um depósito de armas ou instalações do Hamas) seria alvo do ataque israelense. Deveriam sair dali para não serem feridos. Em resumo, não se quer o sangue de pessoas inocentes, mas a destruição da infra-estrutura terrorista.

Por outro lado, mensagens palestinas enviadas em hebraico aos soldados, na fronteira, diziam o seguinte: "Aqui é uma terra de fogo. Entrem, entrem, e não sairão. Temos pequenas surpresas para vocês. Entrem, estamos com saudades do seu sangue."

A posição do grande escritor, que tem diversos livros traduzidos para o português, me soam ingênuas. Ao Hamas parece não importar a perda de sangue dos palestinos, mas a perda de poder do Hamas.
Beit Midrash sobre rodas
Estudantes do programa israelense do Hebrew Union College (HUC), o centro de estudos rabínicos onde estudo, estão preparando uma viagem ao sul do país para estudar Torá com israelenses que estão sendo atacados por mísseis kassam e morteiros, e vivendo mais de perto a tensão da guerra. A idéia é a solidariedade, é que todos saibam que estamos no mesmo barco.
Que caia chuva dos céus... e não mísseis
em um programa infantil na TV israelense, comandado por um boneco, uma criança envia um fax com dois desenhos: no primeiro, uma criança desenhada pede que caia gotas de chuva dos céus (e no desenho, gotas enormes caem do céu); no desenho seguinte ela pede que não caiam mísseis Kassam do céu (e as gotas viram mísseis Kassam). foi hoje, 8 da manhã.