Israel é uma democracia, até quando posto à prova.
Acaba de ser noticiado que a Suprema Corte em Israel anulou as proibições aos partidos árabes israelenses de participarem nas próximas eleições, no início de fevereiro para a Knesset, o parlamento israelense.
Na semana passada os partidos Taal e Balad haviam sido impedidos de concorrer às eleições parlamentares, em meio a acusações mútuas de apoio explícito a quem quer destruir Israel (Hamas) e deslealdade ao país do qual são cidadãos - por parlamentares de direita, e de racismo e fascismo, por parte dos parlamentares árabes.
A população árabe israelense, cristã e muçulmana, compõe 20% da população do Estado de Israel. Assim, de 7,4 milhões de cidadãos israelenses, quase 1,5 milhão são árabes. Entre 120 cadeiras na Knesset, hoje há 10 parlamentares árabes.
Ficou uma coisa de "se ficar o bicho come, se correr o bicho pega". Mesmo com parlamentares árabes israelenses viajando para a Síria e se encontrando com líderes do Hamas, em apoio explícito, os debates políticos na imprensa israelense (sim, faz parte da democracia) refletiam sobre as consequências de se banir os partidos árabes ou de mantê-los como parte do jogo político legal. A justiça israelense achou menos complicado mantê-los dentro do jogo político.
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