Guerra contra o Hamas
As cenas são tristes, os resultados - mortes de ambos os lados - são esperadas, o noticiário israelense deixa claro que há informações censuradas por motivos óbvios: não passar informação ao inimigo - embora deixem claro também que muitas informações sobre a movimentação de tropas israelenses é transmitida pela Al-Jazeera. Os hospitais israelenses já receberam cerca de 30 feridos, 2 em estado grave - segundo o médico entrevistado na TV, sem risco de morte, mas na sala de cirurgia. Do lado palestino uma forte retórica de catástrofe, de morte no fogo. Primeiro se atacassem, depois se atacassem por terra - agora, quando se aproximarem das montanhas de Gaza. Os líderes do Hamas estão escondidos debaixo do chão, deixando sua população exposta. As vozes do Hamas agora vêm de Damasco, Síria, dizendo que estão vencendo a guerra. As vozes do Hamas em Gaza estão caladas, enfurnadas.
Qualquer que seja o resultado, o Hamas dirá que venceu a guerra. Enquanto isso, fora da terra da fantasia terrorista, o Egito assume uma corajosa posição de negar apoio ao Hamas. Outros países árabes estão em um relativo silêncio, demonstrando certa satisfação com uma possível derrota da facção terrorista. Mas a gente simples de Gaza, ao receber uma bomba ao lado de casa, culpa Israel. Têm eles mais razão do que aquela gente toda na Europa sedenta por colocar para fora todo o seu antisemitismo, o seu ódio por judeus, onde quer que estejam e façam o que façam. Cartazes prontos, aos milhares, pareciam estar já preparados para sair do armário. Discursos cindidos com a realidade fazem parte da mesma retórica do Hamas, de que tudo é fogo, tudo é o inferno para os judeus (judeus, não Israel - a retórica, outra, de que são contra Israel, mas não contra os judeus, vai por água abaixo), de que os judeus (não Israel, os judeus) impõem um holocausto aos palestinos. Seria, caso o caso fosse o oposto: nã haveria qq piedade da parte do Hamas em destruir cada habitante israelense com requintes de crueldade. Pois em Israel a população em boa parte se come por dentro em imaginar que, junto com um terrorista, infelizmente morrem muitos inocentes, e como é possível fazer para evitar estas mortes.
Podem ter certeza: se fosse para entrar e matar vergonhosamente, Israel tem poder de fogo para isso, o que evitaria a morte de muitos israelenses. Mas Israel não age assim. Prefere tentar ser mais precisa e acabar com os terroristas do Hamas, e lamenta profundamente a morte de cidadãos comuns. Israelenses e palestinos.
Bom, por hoje é só.
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