quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Sangue derramado
Escritores israelenses como A.B. Yehoshua e Amós Oz são a favor de uma trégua de 48 horas na ofensiva israelense. diz A.B. Yehoshua: "A operação israelense era necessária, mas agora é preciso colocar um fim rapidamente. Continuaremos sendo vizinhos e quanto menos sangue for derramado, melhor será para o futuro".

Há uma guerra de informação e intimidação vinda dos dois lados. Mas as diferenças são claras. Do lado israelense, uma gravação eletrônica foi enviada em árabe para milhares de lares palestinos, dizendo que deveriam ir a lugares mais protegidos, pois a região (se fosse próxima a um depósito de armas ou instalações do Hamas) seria alvo do ataque israelense. Deveriam sair dali para não serem feridos. Em resumo, não se quer o sangue de pessoas inocentes, mas a destruição da infra-estrutura terrorista.

Por outro lado, mensagens palestinas enviadas em hebraico aos soldados, na fronteira, diziam o seguinte: "Aqui é uma terra de fogo. Entrem, entrem, e não sairão. Temos pequenas surpresas para vocês. Entrem, estamos com saudades do seu sangue."

A posição do grande escritor, que tem diversos livros traduzidos para o português, me soam ingênuas. Ao Hamas parece não importar a perda de sangue dos palestinos, mas a perda de poder do Hamas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário