quinta-feira, 30 de abril de 2009



Na Viagem Espiritual
(do livro "A Cadeira Vazia", de Rebe Nachman de Breslav)

I

O mundo inteiro é uma ponte muito estreita; o importante é jamais ter medo.

II
No momento da viagem de aproximação ao Criador
Parece que determinada devoção é a ideal,
e após algum tempo parece que é preferível outra devoção.
Por que se complicar?
Tudo aquilo que você fizer está bom, desde que não faça nada de mal.

III
Seja insistente e determinado se a tua vontade é aproximar-se de Deus.
Se não for assim, como você poderá enfrentar todas as dificuldades

que de repente aparecerem no teu caminho?


A boa notícia...

é que, pelas informações que chegaram a mim, o rabino Yehuda Busquila se recupera bem de uma delicada cirurgia. Esperamos que se recupere totalmente e logo deixe o hospital.
E domingo lotem a Praça dos Arcos, em Sampa, às 11:00h, para que se diga em alto e bom tom que é uma vergonha para o Brasil convidar e receber um líder político tão racista, belicoso e nada confiável quanto o presidente iraniano. Que todas as minorias perseguidas ou ofendidas por Ahmadinejad estejam juntas neste ato de repúdio.

terça-feira, 28 de abril de 2009


VISITA DO PRESIDENTE DO IRÃ AO BRASIL
Israel convoca embaixador brasileiro
O Embaixador do Brasil em Tel Aviv, Pedro Motta, foi convocado hoje de manhã pela Embaixadora Dorit Shavit, Diretora-Geral do Departamento da América do Sul e Caribe do ministério das Relações Exteriores de Israel, para reunião na chancelaria israelense. Assunto: a visita ao Brasil do mais do que polêmico presidente do Irã, Mahmoud Ahmedinejad, que desembarca em Brasília na semana que vem.

Motta foi chamado para dar explicações sobre as razões da viagem. Trata-se de um gesto simbólico - o governo de Israel sabe as razões da visita oficial de Ahmedinejad. Na linguagem diplomática, a convocação serve para demonstrar descontentamento. A ideia de convidar um chefe de estado que defende a eliminação de Israel, duvida do Holocausto e segue em frente com o seu programa nuclear, apesar dos protestos mundiais, foi do próprio Lula. Ahmedinejad não fará uma viagem qualquer ao Brasil. Virá à frente de uma comitiva de cem pessoas, entre gente do governo e empresários. Os acordos de cooperação de praxe serão assinados. Será também uma visita inesquecível por conta das manifestações contra sua presença em Brasília. Algo que a Capital Federal talvez nunca tenha visto em 49 anos de vida.

segunda-feira, 27 de abril de 2009



Oração pela saúde do rabino Yehuda Busquila

מִי שֶׁבֵּרַךְ לָחוֹלֶה
מִי שְבֵּרָךְ אֲבוֹתֵינוּ אַבְרָהָם, יִצְחָק, וְיַעֲקֹב, וְאִמוֹתֵינוּ שָֹרָה, רִבְקָה, רָחֵל וְלֵאָה הוּא יְבָרֵךְ וְיִרָפֵּא אֶת הַחוֹלֶה הרב יהודה בן יעקב בוסקילה בַּעֲבוּר שֶׁאֲנַחְנוּ מִתְפַּלֵלִים בַּעֲבוּרוֹ. הַקָּדוֹשׁ בָּרוּךְ הוּא יִמָלֵא רַחֲמִים עָלָיו, לְהַחֲלִימוֹ וּלְרַפְּאֹתוֹ וּלְהַחֲזִיקוֹ וּלְהַחֲיוֹתוֹ, וְיִשְׁלַח לוֹ מְהֵרָה רְפוּאָה שְׁלֵמָה מִן הַשָׁמַֽיִם, בְּתוֹךְ שְׁאָר הָחוֹלִים: רְפוּאַת הַנֶּֽפֶשׁ וּרְפוּאַת הַגּוף, הַשְׁתָּא בַּעֲגָלָא וּבִזְמַן קָרִיב, וְכֵן יְהִי רָצוֹן, וְנֹאמַר אָמֵן

Mi shebêrach Avotênu Avraham, Itschac ve-Iaacov, ve-Imotênu Sara, Rivcá, Rachêl ve-Leá, Hu ievarêch virapê et hacholê, ha-Rav Yehuda ben Yaakov Busquila, baavur sheanáchnu mitpalelim baavurô. Hacadósh Baruch Hu imalê rachamim aláv lehachalimô ulerapotô ulehachazicô ulehachaiotô veishlách lô meherá refuá shlemá min hashamáim, betoch sheár hacholim: refuát hanéfesh urefuát haguf, hashtá baagalá uvizmán cariv. Vechên iehí ratsón, venomár Amen.

Aquele que abençoou nossos Patriarcas Abrahão, Isaac e Jacob, e nossas Matriarcas Sara, Rebeca, Raquel e Lea, Ele abençoará e curará o enfermo, Rabino Yehuda Busquila, pois estamos rezando em seu favor. O Santíssimo, Bendito seja Ele, está pleno de compaixão por ele para lhe restaurar a saúde, curar, fortalecer e reanimar; e lhe enviará cura completa, cura para a alma e cura para o corpo, no mais breve possível. Que esta seja a Sua vontade. Amen.

domingo, 26 de abril de 2009

Depois deste g-o-l-a-ç-o-a-ç-o-a-ç-o de Ronaldo, sem comentários...
fora um santista inconformado
devidamente no vídeo registrado
para delírio da corinthiana nação.

semana que vem, na final do Paulistão
é só comemorar, Timão Campeão
poró-pó-pó
3 X 1, três a um, III X I, ג X א


uma ótima semana!

Ronaldo, uma pergunta:

chegaremos aos 7 X1?

...:-)



Aquecendo os motores...
recordar é viver.

1,2,3,4,5,6,.....7 X 1!
(Mas vencer novamente é ainda melhor!)

Corinthians 7 X 1 Santos (Brasileirão 2005)

10.000 visitas - tks!

não é nenhum best seller da net, mas não está mal para um blog iniciado em agosto de 2008. Média de umas 35 visitas por dia. Um dia, quem sabe, chegamos a ser Rua da Judiaria (com milhares de visitas todos os dias).

um grande abraço e uma ótima semana

Uri Lam
Campanha pela Libertação de Guilad Shalit

Estive ontem na barraca montada diante da casa do Primeiro-Ministro israelense, em Jerusalém, onde voluntários de revezam dia e noite, protestando pela libertação do soldado Guilad Shalit, sequestrado pelo Hamas.

Conversamos bastante e fiquei de traduzir um folheto, que passo a vocês agora. Poderíamos espalhar isso em diversas linguas, em diversos pontos, não só na frente da casa do primeiro-ministro israelense. Quem sabe, se a comunidade judaica brasileira der este passo, possa ser seguida por outras em outros lugares do mundo, e assim uma campanha mundial force o governo israelense a buscar novas maneiras de libertar aquele que poderia ser o filho de qualquer um de nós.
Que esta possa ser uma das boas notícias nas comemorações dos 61 anos de independência do Estado de Israel.



Campanha de Luta em favor de Guilad Shalit
trad.: Uri Lam

A organização de luta em favor de Guilad Shalit envolve amigos próximos de Guilad Shalit, Udi Goldwasser z´l e Eldad Reguev z´l (que suas memórias sejam uma bênção), além de outros milhares de voluntários que se propuseram a fazer tudo o que estivesse ao seu alcance para que se fizesse ouvir o grito de Guilad Shalit, seqüestrado pela organização Hamas há mais de 2 anos, e manter o tema de sua libertação na ordem da agenda nacional em Israel.

Faz mais de 2 anos que um soldado israelense está preso nos porões de algum cárcere, aguardando que o Governo de Israel e o Parlamento de Israel (Knesset) façam o que se espera deles e o tragam de volta para casa.

Esta Campanha de Luta atua desde o dia do seqüestro dos três soldados há mais de 2 anos, e após o retorno de Udi z´l e Eldad z´l, continuamos a atuar até a libertação de Guilad Shalit. A base de nossa atuação é humanitária e se realiza através de voluntariado, e não estamos ligados ou identificados com nenhum partido nem personalidades políticas.

A Campanha Pública atua em conformidade com a idéia de nos unirmos ao destino de Guilad Shalit, e com a intenção de levantar uma campanha pública continuada cujo objetivo é manter o tema dos soldados na ordem do dia pública, dos meios de comunicação e da nação, e não deixar a luta pelo retorno de Guilad apenas nas mãos de sua família e parentes, cujas vidas se transformaram em um pesadelo contínuo.

Por acaso apenas, foi Guilad o seqüestrado. Poderia ter acontecido com qualquer outro soldado. Poderia também ter ocorrido com um filho de vocês. E agora, com a mão no coração – vocês realmente confiam que aprenderam toda a lição? Vocês realmente acreditam que, se acontecer com o filho de vocês, irão devolvê-lo com mais rapidez? Vocês realmente acham que o país faria o que pudesse para libertar o filho de vocês?

Nós convocamos todo cidadão do Estado de Israel:
Juntem-se a nós em nossa luta pelo retorno de Guilad para casa, antes que seja tarde demais.
WWW.habaita.com


A Luta não irá Terminar Até Guilad Shalit Voltar

Manifeste-se! Proteste!
"Direitos Humanos ou Democracia?
Prefiro focar no Holocausto e no Poder Nuclear!"

NÃO A AHMADINEJAD

sábado, 25 de abril de 2009



O jornalista Diogo Mainardi diz o que todos nós gostaríamos de dizer:
Vamos cair fora do Brasil, durante a vergonhosa visita do tiraniano
"Hamandinojad"
Depois de Iron Maiden, Simply Red e A-Ha, chegou a hora de Mahmoud Ahmadinejad atormentar o Brasil. Este é um ano particularmente penoso para todos nós. Mahmoud Ahmadinejad desembarca no comecinho de maio. Ele foi convidado por Lula. Uma semana atrás, num congresso da ONU, o presidente iraniano acusou Israel de racismo. Dois dias mais tarde, voltou ao assunto, acusando Israel de praticar limpeza étnica e o assassinato em massa dos palestinos. Ele já anunciou qual é a sua proposta: eliminar Israel da face da Terra.

No congresso da ONU, em protesto contra o discurso de Mahmoud Ahmadinejad, os representantes europeus abandonaram a sala. Quem continuou lá? Os representantes brasileiros, enviados por Lula. No total, mais de trinta apaniguados do PT e ongueiros, do ministro Edson Santos ao pai de santo mangueirense Ivanir dos Santos.

Quando Mahmoud Ahmadinejad chegar ao Brasil, podemos imitar os representantes europeus e abandonar o país por alguns dias. Ele deseja ir à Fiesp? A Fiesp estará fechada. Ele pretende conhecer a Praia de Copacabana? Copacabana estará deserta. Para recepcioná-lo, ele encontrará somente os apaniguados do PT e os ongueiros.

Se é para abandonar o país por alguns dias, nenhum lugar é melhor do que a Argentina. Em 1994, terroristas dinamitaram o prédio de um centro israelita em Buenos Aires. Foram assassinadas 85 pessoas. O relatório do Ministério Público argentino acusou as autoridades diplomáticas iranianas de montar uma rede de espionagem no país, que coordenou o atentado praticado por terroristas do Hezbollah. Os organizadores do atentado se refugiaram em território iraniano. A Interpol emitiu uma ordem de captura contra oito deles, mas Mahmoud Ahmadinejad e seu bando se recusaram a entregá-los. Atualmente, dois desses foragidos trabalham como assessores do guia supremo, o aiatolá Ali Khamenei. A Argentina rejeita qualquer contato direto com o presidente iraniano, que protege os terroristas. É para lá que temos de ir.

Na última semana, o Itamaraty prometeu condenar publicamente as ideias negacionistas de Mahmoud Ahmadinejad durante sua passagem pelo Brasil. Lula poderia ganhar coragem e condenar também o programa nuclear iraniano. Mas ocorre o contrário: ele apoia o programa nuclear iraniano. O mesmo programa nuclear que, associado às ideias negacionistas de Mahmoud Ahmadinejad, torna especialmente alarmante sua promessa de eliminar Israel da face da Terra. Assim sendo, Lula poderia ao menos condenar algumas das práticas mais repelentes do estado iraniano: o apedrejamento de mulheres, os abusos contra as minorias religiosas, o assassinato de homossexuais, o encarceramento de políticos, a censura à imprensa.

O que Lula fará quando se encontrar com Mahmoud Ahmadinejad? Simples: ele ficará sentado, calado, como um pai de santo mangueirense num congresso da ONU.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Pelas comemorações de Yom Haatzmaut...


Henrique Lam (marcado com um "eu")
Meu pai na Tzavá (algo entre 1958 e 1961)


Finalmente meu pai decidiu contribuir com algumas fotos para o site da CIP, com algumas das suas fotos na época da Tzahal, o Exército de Defesa de Israel. Ele serviu o exército de 1958 a 1961. Ou seja, estas fotos têm por volta de 50 anos...
Ele é o primeiro da esquerda para a direita. Kol hakavod!
Por estas e outras descobri há alguns meses que sou filho de israelense e por isso, ao chegar a Israel, recebi o status de toshav chozer, cidadão que retorna ao país.
Como diz meu irmão... ô mundinho...:-)
Shabat shalom
Hamandinejad no Brasil





O governo brasileiro decide ser mais "neutro" que os suiços e receber o presidente do Irã por aqui. Dentro da comunidade judaica brasileira há diversas iniciativas de manifestar a sua incredulidade e decepção com esta vinda. Seria quase o mesmo que, nos anos 1930, o Brasil ter recebido Hitler para uma viagem de cortesia. Aqui é pior, porque lá não se sabia o que iria ocorrer alguns anos depois, até que ponto o ódio de um ser pode assassinar 6 milhões de almas. Hoje sabemos que há seres desumanos capazes de agir assim - e Ahmadinejad está na lista dos monstros capazes de realizar isso.
Por isso faço minhas as palavras do Daily News. E que o Brasil faça um exame de consciência, para avaliar o tamanho da bobagem que está fazendo.

Com tudo isso, Israel está completando 61 anos - para a insônia do tiraniano. Mazal Tov Israel!

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Águas de Março... em hebraico



o vídeo faz parte de um simpático programa da TV israelense, em que os atores representam o dia a dia dos soldados da Tsavá, o exército de defesa de Israel. Algo no estilo programa israelense para adolescentes. bem legal, e sempre com um número musical.
bom divertimento!

domingo, 19 de abril de 2009


2 x 0

E ... A C A B O U !!!
2 0 0 9 é d o T I M Ã O
agora sim, SHAVUA TOV!!


Hoje, é isso aí.

Semana que vem, se Deus quiser:
final alvinegra: Corinthians e Santos

shavua tov!

sábado, 18 de abril de 2009

Yom Hashoá vehaGuevurá - Dia do Holocausto e da bravura de nosso povo
27 Nissan - 5769 (20/21 de abril 2009)



Este video foi gravado em janeiro de 2009, no campo de concentração e extermínio de Auschwitz- Birkenau. Maestro Dan Rapoport, Tenor Daniel de Vicente.

em 2009 lembraremos Yom Hashoá nos dias 20/21 de abril, 2a feira à noite e 3a feira o dia inteiro.

A Marcha da Vida Mundial contará com cerca de 12 mil participantes do mundo inteiro, que após visitarem a Polônia, os campos de extermínio, o gueto de Varsóvia, os shteiteles, enfim, após homenagearem os assassinados na Shoá simplesmente por serem judeus, depois virão para Israel comemorar Yom Haatzmaut, a independência do Estado de Israel, 61 anos - na maior prova de que estamos aqui e no mundo inteiro, vivos.

Isto é o Kadish: a maior homenagem que se pode fazer aos nossos familiares e amigos mortos é celebrar a vida e preservar nossas tradições judaicas.

Aqueles que puderem, venham e participem da Marcha da Vida regional, em São Paulo (ou onde houver marchas regionais). Em um tempo em que a sombra do antisemitismo mostra que há um corpo antisemita crescente - principalmente sob a máscara do antisionismo - temos que parar, caminhar, homenagear, mostrar que estamos vivos, e viver o judaísmo de todas as diversas maneiras que temos de vivê-lo.
Shabat shalom
Pérolas de Rebe Nachman de Breslav - II
לעולם לעולם אל תתייאש
אסור לוותר על התקווה
Nunca, jamais se desespere
é proibido abrir mão da esperança.
Pérolas de Rebe Nachman de Breslav - I

האמת היא האור
העוזר לך לצאת מן החשכה
הדלק אותו
A verdade é a luz
que ajuda você a sair da escuridão
acenda-a!

sexta-feira, 17 de abril de 2009

ATUALIZANDO: Mais de 29 m-i-l-h-õ-e-s assistiram e se emocionaram com

SUSAN BOYLE


de um programa de TV inglês do tipo "Fama" ou "Ídolos". Diferente dos demais, é uma senhora simples, de 47 anos, que não faz trejeitos com a voz. Simplesmente canta, e como canta. Daqueles talentos natos. De arrancar lágrimas até de um tonto incapaz de se emocionar com nada.
Nestes momentos lembro-me de um certo rabino que um dia me disse (quando eu tinha 37 anos): "Você não tem mais idade para estudar para o rabinato. Simplesmente não tem paciência para colocar a b... na cadeira e estudar". Talvez porque ele realmente não soubesse que não sou espelho. E que quando se tem um ideal e um sonho, e se acredita na própria voz, por assim dizer, que importa a idade, nos es verdad, ? Viva Susan Boyle e viva as ilhas Falkland e seus pinguins! Que Malvinas que nada...

o link é http://www.youtube.com/watch?v=9lp0IWv8QZY&sid=ST2009041502908
não coloco o vídeo diretamente, pois foi retirado, a pedidos, o código para compartilhá-lo diretamente. Mas cliquem, vale muito a pena.

Shabat shalom!

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Hine ma tov Uma Naim



com "participação especial" minha (a segunda voz ao fundo). Infelizmente não sei o nome da banda, mas todo o festival foi organizado pelo cantor e multinstrumentista Yehuda Glanz.
Eu estava com meu primo Fabio em uma pracinha de Nachlaot, no que finalmente entendi ser o "Festival Regalim".
O som não fica muito grandes coisas, dada a gravação amadora. Mas vale à pena. Fica a sugestão para o Centro de Estudos Fritz Pinkuss, da CIP, ou qq outra machané.
e hoje tem Maimuna. vou descer daqui a pouco para o parque experimentar as delícias da festa marroquina de encerramento de Pessach!

segunda-feira, 13 de abril de 2009

MAMAMAMASHIACH! / Olele, olala, pega no Banze, pega no Banza
Yehuda Glanz em Jerusalém, noite de 12 de abril 2009



Em canção baseada no popular "Mamãe eu Quero", o cantor e instrumentista Yehuda Glanz, ao saber que havia brasileiros na pracinha, cantou a versão de Pessach (Paulinho) Rosenbaum, Mashiach Matai Ata Maguia (Mashiach, quando você chega?). Foi uma festa. Bom divertimento!
Calor, calor, calor Ierushalmi
Jerusalém de uma hora para outra saiu da geladeira e foi para o forno.
Aquecedores voltam para a caixa, até o próximo ano. Não chegaram ainda os ventiladores...
A solução é pegar os livros, cadernos, apostilas, e estudar no parque!
Se continuar assim, nem quero imaginar por enquanto como será o verão no pico.

domingo, 12 de abril de 2009

e do nada, numa pracinha de Nachlaot...
Por dica de uma amiga, a jornalista de O Globo, Renata Malkes, assisti a um show numa pracinha em frente ao prédio dela, de um instrumentista e músico super divertido. Ela ouviu a movimentação, olhou pela janela e me ligou umas 11 da noite, dizendo exatamente assim: "Corre prá cá agora, e não esquece a máquina fotográfica. Mas corre mesmo, antes que acabe!" e não me disse do que se tratava. Imaginei alguma manifestação, sei lá - o que mais fariam em Israel? oi vei... e corri.

Depois do show, voltando prá casa, encontrei uns jovens estudantes de yeshivá e em conversa com eles descobri que era uma apresentação de Yehuda Glanz, conhecidíssimo aqui no meio ortodoxo, com uma legião de seguidores, Cds gravados, etc. Ficaram loucos da vida que não sabiam! Como se encontrássemos numa pracinha no meio da noite em algum bairro tranquilo de São Paulo o Gilberto Gil tocando de graça, sem avisar ninguém, só porque acha legal tocar numa pracinha de um bairro tranquilo...
Coisas de Israel.
AH, EU JÁ SABIA!
(ver o post sobre o nascimento da Debora, em que falo da iminente vitória corinthiana. Claudio, a Deby foi pé quente e decisiva para a vitória corinthiana!!!)

Com um gol do volante Cristian, o Basílio de 2009, , o Timão venceu o São Paulo do meu amigo Gus Godoy de virada por 2 a 1, aos 48min do segundo tempo (a cara do Corinthians)na tarde deste domingo no Pacaembu, e está a um empate da final do Campeonato Paulista.

O Morumbi será pequeno.

Moadim corinthianos Lesimchá!!!
(e voltamos à nossa programação normal, com algumas surpresas deste bairro surreal que é Nachlaot, no centro de Jerusalém)


que sofrimento...

atacamos atacamos atacamos e tomamos um gol triplamente ilegal:
1) ilegal porque acima de tudo nunca é legal o Corinthians tomar um gol.
2) ilegal porque Miranda estava impedido.
3) ilegal porque empurraram o Chicão do Timão.

Mas ELIAS (Eliahu iavo eleinu im Ronaldo Hafenomenali!) E ele fez um golaço e empatou o jogo aos 30 do primeiro tempo, um golaço!

a rádio comenta: o São Paulo não sabia de onde via Elias - é claro que não!

Estou escutando via internet a JOVEM PAN AM. por algum motivo, a CBN não está pegando.
Nasceu! Debora Lam, que veio pequenininha, e grande será:-)
(atualizado, corrigido e ampliado :-)


Deborah - Jon Anderson & Vangelis

Às 1:00h da manhã deste domingo, 12 de abril de 2009, 18 de Nissan 5769 (opa, חי chai!), nasceu com 2,5 kg a filha do meu primo irmão Claudio e da Simone. (Em um conto ótimo, o humorista israelense Efraim Kishon conta de um futuro pai que se pergunta por que raios os pais saem gritando para todo mundo o peso da criança - o que interessa??? diz ele... até nascer o filho dele, e o homem sai enlouquecido pelo corredor do hospital, dá um beijo no guarda e diz "Nasceu, 3,2 kg!!! Nasceu!!" - estes pais...)

Claro, além da vitória iminente do Corinthians sobre o São Paulo no final do dia (aqui em Israel será tarde da noite), este é um dia especial para o Clã dos Lam. Mais uma netinha para o meus tios Eden e Geni. Mazal tov a todos nós, e fica meu beijo daqui de longe.

isso me lembra um boa história de família. Eu visitei um primo do Cláudio (e meu tb, por tabela) - o Ariel Tomasposky - quando ele nasceu. Mas antes fui a um clássico no Morumbi: Corinthians e Palmeiras. A contragosto de minha mãe, fui pela primeira vez sozinho ao um jogo de futebol. Jogo amarrado, nervoso, e no final, terminou 1X1. O bacana foi a torcida: no meio da arquibancada, no meio da Gaviões da Fiel, com a bateria atrás de mim, tudo super organizado, serviram água, sanduíches... e a cada lance tudo tremia. Foi muito legal.

Ao sair do estádio, resolvi visitar meu novo primo no hospital e maternidade israelita Albert Einstein, ao lado do Morumbi. Dali telefonei para minha mãe (versão livre e romanceada, please):
"Mãe, tudo bom?"
"Tudo, onde você está filho?"
"Está tudo bem, estou no Einstein."
"NO HOSPITAL??? O que aconteceu? você está machucado, eu sabia que não devia deixar você ir ao jogo, seu pai é um irresponsável de deixar, que absurdo! Como você está? Uishh..."
"Estou bem mãe, só vim visitar o Ariel..., e vou pegar uma carona com alguém para casa, fique tranquila".
"Ui, Gotinhu Mane" (qualquer coisa em idishe como "Meu Deusinho do céu...)"

MAIS UMA VEZ MAZAL TOV CLAUDIO E SIMONE ( Tenho quase certeza de que a primeira a ler isso será a tia Carla - tia da Deby e minha prima:-)

obs: acabo de falar com o pai. O Claudio está super feliz, como não tinha como ser diferente. Meio pego no susto, pois a Debora queria nascer logo e veio 2 semanas antes do previsto.
Gam zu letová (também isso foi para o bem).

E que só falemos de situações felizes.
Ass.: Tio Uri
1977 - CORINTHIANS CAMPEÃO - EU FUI!



Eu tinha 8 anos de idade, e meu pai me levou ao estádio - como bom corinthiano, ciente de que haveria quase 147 mil outros corinthianos presentes (como se 50 mil pessoas a mais que toda a comunidade judaica brasileira estivesse no estádio), e que não permitiam a entrada de menores de 9 anos - ele me levou mesmo assim.

atrás de nós, uns radialistas do Rio de Janeiro. Eu não parava de pular, e uma hora me pediram para parar um pouco - meio sem jeito de pedir que um garoto de 8 anos parasse de torcer por seu time do coração - porque minha cabeça estava batendo no queixo do radialista do banco de trás... como sempre eu um "pouco" atabalhoado!

O último título havia sido em 1954, uma eternidade.
Mas o técnico era o mesmo de 1954: Oswaldo Brandão. O presidente, o legendário Vicente Matheus de frases como "Haja o que hajar, vai dar Corinthians!"

E lá foi o Timão. E aos 37 minutos do segundo tempo, foi campeão, mais uma vez. Basílio!!!

Este gol marca o espírito do Corinthians, destacado pela incrível narração de Osmar Santos.
Praticamente 23 anos depois, 2009, aqui estamos novamente.

No espírito de Pessach: Porque em todos os tempos, desde 1910, eles (São Paulo, Palmeiras, Santos) tentaram nos destruir, mas A FIEL nos libertou de suas mãos :-)
um abraço e um ótimo domingo, se Deus quiser, com vitória do Timão.

Propagandas à parte, acompanharei o jogo pelo "radinho", ou seja, pela CBN, que transmite via internet. E se alguém souber como faço para assistir ao filme "Fiel", me avisem!!!
chag sameach, moadim lesimchá.
ATE´O PATO DONALD É CORINTHIANO? OI VEI
HINO DO CORINTHIANS...
HINO DO TIMÃO - VERSÃO ROCK

HINO DO TIMÃO - VERSÃO RAP

Prá entrar no clima - TODO PODEROSO TIMÃO!!!



Mercedes Sosa Canta em Hebraico!
foi em outubro de 2008. Como eu não fui? oi vei... ainda com a participação de David Broza.
Bom, eu estava chegando a Israel.
Aí vai, imperdível.

Moadim leSimchá e só alegrias.



As lágrimas dos anjos

דמעות של מלאכים
גידי גוב, יהודית רביץ
לחן: יוני רכטר

דמעות של מלאכים

דמעות שקטות דמעות יפות עצבות

זולגות באופק דמעות ומחפשות מהן מבקשות.

כי כשהמלאכים בוכים בעולם אחר אז בעולם הזה עצוב לנו יותר

כי כשהמלאכים בוכים בעולם אחר אז בעולם הזה עצוב לנו יותר, עצוב לנו יותר

דמעות של מלאכים מדוע הם בוכים המלאכים

אולי בגלל שזה לא קל להיות מלאך בעולם עצוב כל כך.

וגם אנחנו כאן רוצים לבכות, לבכות איתם מה לעשות

רוצים לבכות אך הדמעות אינן יורדות הדמעות אינן יורדות

As Lágrimas dos Anjos
Gidi Gov, Iehudit Ravitz
Melodia: Ioni Rechter
Trad.: Uri Lam


As lágrimas dos anjos
Lágrimas silenciosas, Lágrimas belas e tristes
Cortam o horizonte, lágrimas que buscam...
O que elas procuram?

Porque quando os anjos choram em outro mundo
Então neste mundo ficamos mais tristes


As lágrimas dos anjos
Por que eles choram, os anjos?
Talvez porque não seja fácil ser anjo
Neste mundo tão triste.

Porque quando os anjos choram em outro mundo
Então neste mundo ficamos mais tristes


E também nós aqui queremos chorar,
Chorar com eles, o que fazer?
Queremos chorar, mas as lágrimas não descem - a
s lágrimas não descem.

Saul Suslick z´l

Comunidade Judaica de Campinas está mais triste hoje
Ontem, Shabat Chol Hamoêd Pessach, faleceu Saul Barisnik Suslick, professor titular da Unicamp, membro ativo da Loja Bnai Brith Campinas e dirigente ativo da Sociedade Israelita Brasileira Beth Jacob de Campinas (SIBBJC), a única sinagoga da cidade.
Há quinze dias Saul e sua esposa Desirée organizaram o Seminário de Capacitação em Direitos Humanos para jovens universitários, com grande sucesso.
Segundo a Bnai Brith, importante instituição judaica cujos princípios estão nos direitos humanos e na ajuda ao próximo, "Perdemos um verdadeiro irmão, participativo e engajado, que soube transmitir aos seus filhos Julia e Joel o orgulho de ser judeu."

A Unicamp, onde era professor, também soltou o seguinte comunicado:
[11/4/2009] Faleceu na manhã deste sábado (11), o professor Saul Barisnik Suslick, docente do Departamento de Geologia e Recursos Naturais, do Instituto de Geociências (IG) da Unicamp. O sepultamento será neste domingo (12), às 13 horas, no Cemitério Israelita do Butantã, em São Paulo. Entre outras funções na Unicamp, Suslick foi diretor-associado do IG (1990-93), chefe de Departamento (1993/96) e diretor do Centro de Estudos de Petróleo da Unicamp (Cepetro), de 2002 a 2008. Foi um dos vencedores do Prêmio Zeferino Vaz em 2004.Professor Titular da Unicamp desde 1996, Suslick era geólogo pela USP (1974), onde realizou sua dissertação de mestrado (1978) e o doutorado (1986). O pós-doc aconteceu na Universidade do Arizona (1989/90) e a Livre Docência na Unicamp (1990). Suas pesquisas envolviam técnicas de análise de decisão aplicadas à indústria do petróleo e mineração, análise econômica de mercados de commodities minerais e petróleo, avaliação econômica de ativos minerais e de petróleo (Real Options, Portfolio), métodos quantitativos aplicados à indústria de commodities minerais e do petróleo.

Na comunidade judaica de Campinas Saul foi presidente, diretor, mas principalmente um judeu sempre presente, acompanhado de sua esposa Desirée, também ela muito envolvida, e de seus filhos Joel e Julia.

Do que me lembro dos meus 6 anos em Campinas, dos quais 4 dirigindo os serviços religiosos da comunidade judaica local, Saul sempre passou tranquilidade e equilíbrio, respeito à tradição judaica e aos mais velhos da comunidade.

Fica o meu carinho e abraço caloroso à família e aos amigos, e que Saul Suslick, que a sua lembrança seja sempre para a bênção, descanse na corrente da vida eterna junto a seus irmãos do povo de Israel.


sexta-feira, 10 de abril de 2009


Albert Einstein e David Ben-Gurion
Eu não sou ateu
trad.: Uri Lam

"Eu não sou ateu
e eu nem penso que posso me denominar um panteísta.
Nós estamos na posição de uma criancinha
que entra em uma enorme biblioteca cheia de livros
em muitos idiomas diferentes.
A criança sabe que alguém deve ter escrito esses livros.
Mas não sabe como.
A criança tem uma vaga suspeita sobre o arranjo dos livros.
Mas não sabe o que é.
Esta, me parece, é a atitude
até mesmo do ser humano mais inteligente diante de Deus.
Nós vemos um universo maravilhosamente organizado
e obedecendo a certas leis,
mas só entendemos vagamente a estas leis.
Nossas mentes limitadas não podem apreender
a misteriosa força que move as constelações.
Eu sou fascinado pelo panteísmo de Spinoza,
mas admiro ainda mais
as contribuições dele para o pensamento moderno,
porque ele é o primeiro filósofo
que lida com o corpo e a alma como um,
não como duas coisas separadas.

Citado em “What Life Means to Einstein: An Interview by George Sylvester Viereck” em The Saturday Evening Post Vol. 202 (26 October 1929), p. 117.

Shabat shalom
Kneidalach
Um amigo, Eli Levin, escreveu um divertido poema em hebraico, que traduzi livremente e compartilho com vocês.

Kneidalach
Eli Levin
versão em português: Uri Lam

Preparei a mesa do Seder para trinta e quatro pessoas – ish!
Cozinhei uma panela de Kneidalach, e também Guefilte Fish.

Mas... já às 6 da manhã telefonava meu sobrinho de Biniamina

“Eu não irei” se convidarem a tia Mina

Às 7 horas Mina avisou que não viria
pois não tinha forças e já estava velha

para as bobagens de vovó Lea.

Às 8 em ponto chamou Efraim de Afula

- disse que não viria se não pedíssemos desculpa.

Às 9 minha sobrinha pediu para esquecermos dela
Porque a minha comida lhe dava enxaqueca.

Por fim minha prima divulgou que somente viria este ano
sob uma condição: que não a lembrassem que ainda não se casou.

Desconectei o telefone e resolvi até a rua descer
Então convidei um tailandês para participar do seder.

Subimos juntos as escadas até o salão
Abrimos um vinho e bebemos do gargalo
até cair no chão.

Contei a ele sobre a história de King Faraó
E assim, sem sentirmos – ish!, acabamos com o charosset
E com o gefilte fish.

A sopa com Kneidalach, tomamos às colheradas,

antes de Avadim Hainu entoamos Há Lachmá.
Também agarramos o prato das carnes com braço estendido
e, de cabeça erguida, cantamos a duas vozes Chad Gadiá.

À meia-noite pedi para ele procurar o Afikomán, e quando o encontrou, uau!
dançamos e sapateamos sobre a mesa.

E assim, quando eu já cambaleava como um Lulav , decidi que de agora em diante,

em todo Pessach, não convidarei para a noite do seder
nem tia Mina, para que não encontre meu sobrinho de Biniamina.
Nem meu sobrinho – para não haver picuinha.
Nem minha sobrinha – por conta da enxaqueca.

Vou simplesmente descer à rua e convidar um tailandês
Para comemorar comigo o Pessach - em bom português:
Casher lamehadrin.

Chag Pessach Sameach!



Apresentação da WUPJ Latin America/Connections março de 2009, Israel
e Adon Olam em ritmo de Asa Branca - breve relato da história de suas origens




Já deixa saudades e este vídeo nos lembra que há muito por fazer, daquilo que nos propusemos a fazer.

Para quem não conhece, trata-se da World Union for Progressive Judaism, União Mundial pelo Judaísmo Progressista, uma das maiores organizações judaicas do mundo, representando mais de 1,9 milhões de judeus reformistas, progressistas, liberais e reconstrucionistas ao redor do mundo.

Este vídeo foi apresentado entre as demais apresentações de delegações dos países ao redor do mundo que estiveram presentes. Foi a última apresentação e, de longe, a mais bem montada e mais bonita.

Uma historinha para lembrarmos algumas coisas em perspectiva. No fundo da apresentação há Adon Olam em uma diversidade de melodias - inclusive em ritmo de Asa Branca. Esta versão foi criada em 1996 por mim e por um então amigo de outros tempos. A primeira vez que a cantei, ainda como chazan em Campinas, metade da comunidade adorou, metade detestou. O então diretor de culto disse que não soava judaico. De lá para cá, fui cantando onde havia oportunidade e com diversas intenções: divulgar a tradição judaica, mesclá-la com a cultura brasileira, estimular a diversidade, e apoiar os bnei anussim. Cantei não apenas em Campinas, mas em Fortaleza há alguns anos, em São Paulo na CIP, no Shabat Neshamá (serviço religioso igualitário que sim, ocorre na CIP todas as semanas, graças a um corajoso e fantástico grupo de voluntários que se revezam na leitura da Torá e na preparação de drashot, comentários da Torá). também cantei com o amigo e chazan Claudio Goldman, há alguns anos, em um congresso do DepeC, Departamento de Pequenas Comunidades da FISESP; e também junto a amigos anussim, durante minhas visitas e trabalho voluntário nos anos de 2005/2006 ao Nordeste. Portanto, "Adon-Olam-em-ritmo-de-Asa-Branca", como ficou conhecido, já tem viajado em algum tempo por tantas boleias de caminhão... até que um menino da porteira abriu caminho para que chegasse a Jerusalém - "Pitchu li Shaarei Tsedek"... esta deixo no ar. Para bom entendedor basta.

Por fim, graças creio eu à divulgação no Neshamá, o amigo David Leo, que coordena as atividades do Neshamá há tanto tempo, levou a versão para o workshop de chazanut do congresso da WUPJ Latin-America no Rio de Janeiro em julho de 2008, onde estavam representantes da comunidade judaica do Ceará. O sucesso foi enorme, e estes últimos a gravaram em um CD e em vídeo no You Tube, o que finalmente chegou a Israel no último congresso da WUPJ mundial, fechando a volta de uma espiral que acredito ainda ser maior.


Bom, aí está a história. Mas há outras versões - tem gente dizendo por aí que se trata de antiga versão criada por marranos ou cristãos-novos, ou que o próprio Gonzagão - de abençoadas memória, criatividade e voz - teria Adon Olam em mente quando criou Asa Branca, dadas suas origens supostamente anussim/criptojudaicas. Enfim, ficarei feliz se Adon Olam entrar para o imaginário brasileiro!

Digo que não a gravei antes pois diziam que haveria problemas com direitos autorais. Fico feliz pelos amigos do Ceará não terem sido tão ingênuos quanto eu, e ficarei mais feliz se souberem da história ou se recordarem de onde tudo começou. Ainda há outras surpresas por aí, mas estas eu farei diferente. Afinal, como diz Chava Alberstajn em sua versão de Chad Gadiá: "O que mudou nesta noite, o que mudou neste ano? Neste ano quem mudou fui eu."

Parabéns à comunidade judaica do Ceará, pela dedicação em manter o judaísmo liberal no Nordeste e por abrir as portas para o apoio da WUPJ Latin America.
E col hacavod especial a toda a equipe da WUPJ-Amlat, Miriam, Berta, equipe de comunicação, rabinos, estudantes de rabinato, jovens de movimentos juvenis, e voluntários de todas as idades, pela força e coragem em nos representar tão bem com os recursos que tem em mãos.

Shabat shalom e Chag Sameach

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Bircat Hachamá, Jerusalém - algumas fotos







EU FUI! (BIRCAT HACHAMÁ, 4A FEIRA, 14 NISSAN 5769 / 8 ABRIL 2009)
aqui já são 8:35. os primeiros raios de sol surgiram por volta das 6:00, estávamos na Tayelet, um calçadão muito bonito próximo a Kiriat Moriá, com uma linda vista para Jerusalém, a cidade antiga e o deserto ao fundo. Diversos minianim, inúmeros diferentes grupos compunham uma sensação, novamente, de diversidade. Desde ortodoxos a ortodoxos modernos, conservadores, reformistas, todos juntos, em um agradecimento a Deus pelo sol. Desde o minian da Shirá Chadashá, ortodoxo moderno, com acompanhamento de violino, até comunidades do movimento Renewal, acompanhadas de violões, até grupos cujas vozes melódicas se misturavam às vozes de outros grupos com outras vozes, de homens e mulheres. Famílias com crianças. Gente de olhos fechados abraçados pelo sol. uma mulher concentrada em suas orações, envolvida pelo sol, por seu talit e seus tefilin. Ao lado um homem, envolvido em suas orações, concentrado no sol, coberto por seu talit e seus tefilin. Tudo junto. Todos respeitando a todos.
Há algo de saudável neste centro - reformistas, reconstrucionistas, conservadores, renewal, ortodoxos modernos - muito interessante. Eles se tocam, se misturam, se fundem, mantendo suas nuances, mas sem rompimento. Os extremos, (eu diria que todos os três principais movimentos têm seus extremos) se afastam do foco e rompem a harmonia. Ao tentarem impor as regras do jogo uns aos outros, interrompem a noção de continuidade de CLAL ISRAEL.
Bendito seja o Criador do Sol, que afinal de contas nos criou todos igualmente capazes de sermos aquecidos e iluminados pelo astro ao redor do qual gira o nosso planeta.
chag sameach!

terça-feira, 7 de abril de 2009

Uma tradicional canção de Pessach que eu nunca soube a letra inteira...
e assim que soube, a modifiquei e acrescentei algumas palavras.
Mas serei bonzinho, e para quem quer a letra tradicional, deixarei as "reformas" marcadas.

Enfim, esta é a tradição:-)
chag sameach

Uri
-----
שמחה רבה, שמחה רבה
אביב הגיע, פסח בא

תפרו, תפרו, תפרו לי
בגד עם כיסים
מילאו, מילאו, מילאו
כיסי באגוזים


שאול אשאל, שאול אשאל ארבע קושיות
שתה אשתה, שתה אשתה ארבע כוסות

וכוס גדולה, וכוס יין גדולה אימי תביא
לאליהו הנביא

וכוס גדולה, וכוס מים גדולה אבי אביא
למרים הנביאה
tradução livre: Uri Lam
Que grande Alegria, é Primavera, é Pessach!
Quero que minhas roupas tenham bolsos bem grandes
para encher de nozes até a borda!

Vamos, faça as quatro perguntas, ma nishtaná?
Vamos, beba os quatro copos! (pode ser suco de uva)

E uma grande taça de vinho
Minha mãe trará, eu vi
para Eliahu Hanavi

E um grande copo de água,
Meu pai trará,
para Miriam Haneviá
Vídeo das comunidades judaicas liberais da Europa
Connections 2009 - encontro do movimento reformista em Israel




Não é preciso entender inglês para acompanhar as imagens e, com elas, o renascimento do judaísmo liberal em seu berço, a Europa. Imaginar novas comunidades abrindo na Alemanha, novos rabinos e chazanim, rabinas e chazaniot formandos do Seminário Rabínico Abraham Geiger na Alemanha ou do Leo Baeck, na Inglaterra, é emocionante.

Há quem diga que judaísmo liberal não existe, "que no es nada ni nadie". Muito bem, talvez seja um bom momento de rever conceitos... pois o judaísmo liberal, ou seja, no espírito europeu, está ressurgindo a olhos vistos. o rabino Fritz Pinkuss, z´l, onde esteja, deve estar sorrindo.

Há quem diga que somente o judaísmo ortodoxo sobreviverá. Pois bem, quem viver, verá.

Do jeito como vão as coisas, creio que sobreviveremos todos, ortodoxos, ortodoxos modernos, conservadoxos, conservadores, conservativos, massortis, tradicionais, reformistas, reformistas clássicos, reformoxos, reforvativos, reconstrucionistas, progressistas, liberais, cabalistas, renewals, laicos, ashkenas, sefas, ashkesefas, sefashkenas, mizrahis, italkim, anussim (de verdade), etiopim, bnei menashe, lubavitchers, breslavers, chabadnikim - enfim, todas as nossas tribos de todos os tempos. Todos nós, nesta imensa variedade, cruzamos juntos o Mar Vermelho. agora temos que (aprender a) conviver. Chag sameach!
Rei Leão - versão Pessach



Chag Sameach!

segunda-feira, 6 de abril de 2009


A Laranja na Keará de Pessach
Há alguns dias realizei um workshop de Pessach para olim chadashim latinoamericanos no kibutz Gezer – gente que vive em Ramle. Peruanos, colombianos, panamenhos, chilenos. Ao mostrar a keará de Pessach, a rabina Miri Gold insistiu que eu explicasse o simbolismo da laranja na Keará.

Da laranja??? Sim, da laranja.

Aí vai a história original, depois vocês verão como ela foi “suavizada” com o passar dos tempos, até chegar àquela que ouvi no Brasil de mulheres do movimento judaico reformista e conservador, e repetida já como “tradição”. Fiquei surpreso em descobrir a verdadeira história.Venceu o politicamente correto do politicamente correto, mas eis que surge Suzannah Heschel, filha do grande filósofo e teólogo Abraham Joschua Heschel, e conta como tudo começou.



Nos anos 1980, a Fundação Hillel, nos EUA, convidou a palestrante Suzannah Heschel para falar em um painel no Oberlin College. Ela então se deparou com uma Hagadá preparada por alunas com preocupações feministas. Ali havia uma casca de pão em solidariedade às judias lésbicas (em reação à afirmação de que “há tanto espaço para uma lésbica no judaísmo quanto de uma casca de pão na Keará do seder”).
No Pessach seguinte Suzannah Heschel colocou uma laranja na Keará do seder de Pessach de sua família – em solidariedade aos judeus gays e judias lésbicas, entre outros marginalizados dentro da comunidade judaica. Suzannah substituiu a casca de pão pela laranja primeiro porque não queria trazer chametz (algo fermentado) à mesa de Pessach, e segundo porque não queria passar a imagem de que ser gay ou lésbica fosse uma transgressão que violasse o judaísmo assim como o pão fermentado viola o Pessach.

Como a própria Suzannah relata, a história foi modificada e “suavizada” com o tempo. Passou a circular como tendo ocorrido de um HOMEM ter ido até ela durante a palestra e dito que uma mulher na bimá é tão judaico quanto uma laranja na keará do seder de Pessach – esta é a história que chegou até mim, principalmente por mulheres orgulhosas de seu feminismo.

Como afirma Suzannah Heschel, o fato de a idéia do protesto ter se originado entre mulheres foi distorcida, e o fato de lembrar que gays e lésbicas devem estar sentados conosco no seder foi “substituída” pelo protesto em favor do direito da mulher judia subir em um púlpito (e ler na Torá, ser parte do minián, etc.).
Por mais difícil que, em diversos meios, ainda seja falar de direitos iguais das mulheres na vida judaica, isso já é mais aceito e mais fácil do que falar no direito dos homossexuais na vida judaica, homens e mulheres. Seja bem vinda a laranja de Suzannah Heschel ao seder de Pessach, e que todo aquele que sinta necessidade, não importa sua orientação sexual, venha e coma conosco.
Afinal, se os dados da ciência moderna estiverem corretos e cerca de 10% da população mundial é gay, então pelo menos 60 mil homens que cruzaram o Mar Vermelho e saíram do Egito eram gays... para não falar nas lésbicas, viúvas, paraplégicos e portadores de doença mental que deixaram o Egito há mais de 3 mil anos. Que todos eles estejam conosco no Seder.
Chag Sameach!

domingo, 5 de abril de 2009

Os 50 Rabinos Mais Influentes dos EUA – Revista Newsweek
Esta lista pretende provocar um debate global sobre o papel das nossas lideranças religiosas no mundo atual, em particular nos EUA, onde vivem 45% dos judeus do mundo - cerca de 5,5 milhões. Embora tenha sido cuidadosamente pensada, não se trata de pesquisa científica e não está conectada a nenhum movimento religioso ou qualquer outra intenção.

A mim algumas coisas chamaram a atenção:

a) entre os 10 primeiros: 4 reformistas, 3 ortodoxos, 2 conservadores, 1 Chabad. Nenhuma rabina.

b) no resultado geral: 16 conservadores, 13 ortodoxos, 13 reformistas, 4 reconstrucionistas, 2 Renewal, 1 cabalista, 1 Chabad Lubavitch. 46 rabinos e 4 rabinas, sendo 2 reformistas e 2 conservadoras.

1. David Saperstein (Reformista: 2008 Ranking #5) Salta para o topo da lista por seu papel junto ao novo governo Obama em Washington. Diretor do Religious Action Center e co-presidente da Coalizão para a Preservação da Liberdade Religiosa.

2. Marvin Hier (Ortodoxo: 2008 Ranking #1) Hier é um importante atuante na política nacional e mundial e criou uma das maiores organizações mundiais em direitos humanos, o Simon Wiesenthal Center.
3. Mark Charendoff (Ortodoxo: 2008 Ranking #10) Charendoff é Presidente da Jewish Funders Network, organização internacional de fundações famliares, entidades filantrópicas públicas e doadores individuais.
4. Yehuda Krinsky (Chabad Lubavitch: 2008 Ranking #4) A influência de Krinsky continua crescendo como líder do movimento mundial Chabad.
5. David Ellenson, Ph.D. (Reformista: 2008 Ranking #8) Ellenson é o presidente do Hebrew Union College-Jewish Institute of Religion (HUC-JIR, onde estudo), a mais antiga instituição de educação judaica em nível superior e de formação rabínica do movimento reformista.
6. Robert Wexler, Ph.D. (Conservador: 2008 Ranking #3) Wexler é o presidente da American Jewish University.
7. Shmuley Boteach (Ortodoxo: 2008 Ranking #9) Boteach se autodenomina o “Rabino dos EUA”. Tem um programa diário no rádio, um programa de TV e muitos livros publicados.
8. Eric Yoffie (Reformista: 2008 Ranking #2) Yoffie é o líder do Movimento Reformista, representando mais de 1,7 milhões de judeus em mais de 900 sinagogas nos EUA. Pioneiro no diálogo com cristãos e muçulmanos nos EUA.
9. Uri D. Herscher, Ph.D. (Reformista: 2008 Ranking
#6) Herscher é o fundador e presidente do Skirball Cultural Center.
10. Irwin Kula (Conservador: 2008 Ranking #7) Co-Presidente da CLAL e escritor bem-sucedido.

11. David Wolpe (Conservador: 2008 Ranking #12) Wolpe é considerado um dos mais dinâmicos rabinos de púlpito dos EUA.
12. Peter J. Rubinstein (Reformista: 2008 Ranking #15) Rabino da New York's Central Synagogue.
13. Yehuda Berg (Cabalista: 2008 Ranking #11) A mais famosa autoridade em Cabalá no mundo.
14. Norman Lamm (Ortodoxo: 2008 Ranking #43) Chanceler da Yeshiva University.
15. Joseph Telushkin (Ortodoxo: 2008 Ranking #21) Autor de best-sellers em obras judaicas e palestrante.
16. J. Rolando Matalon (Conservador: 2008 Ranking #13) Rabino da Congregação B'nai Jeshurun (BJ) em Nova York.
17. Menchem Genack (Ortodoxo: novo no Ranking) Diretor Geral da Orthodox Union's Kosher Division.
18. Ellen Weinberg Dreyfus (Reformista: novo no Ranking) Nova presidente da Central Conference of American Rabbis (CCAR).
19. Jeffrey Wohlberg (Conservador: 2008 Ranking #18) Rabino na Congregação Adas Israel em Washington-D.C.
20. Steve Gutow (Reconstrucionista: novo no Ranking) Diretor Geral do Jewish Council for Public Affairs.

21. Harold M. Schulweis (Conservador: 2008 Ranking #19) Uma das lideranças do movimento conservador em sua geração e fundador do Jewish World Watch.
22. Haskel Lookstein (Ortodoxo: 2008 Ranking #22) Presidente da Ramaz School de nova York e rabino da Congregação Kehilath Jeshurun.
23. Dan Ehrenkrantz (Reconstrucionista: 2008 Ranking #20) Presidente do Reconstructionist Rabbinical College.
24. Michael Greenbaum (Conservador: 2008 Ranking #37) Vice-Chanceler do Jewish Theological Seminary.
25. Sharon Kleinbaum (Reformista: 2008 Ranking #17) Rabina Senior da sinagoga de Nova York para judeus GLBT (gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros).
26. M. Bruce Lustig (Reformista: 2008 Ranking #24) Rabino da Washington Hebrew Congregation, a maior congregação de Washington- D.C.
27. Art Green (Renewal: 2008 Ranking #23) Decano da Escola Rabínica do Hebrew College.
28. Daniel Brenner (Reconstrucionista: novo no Ranking) Novo Diretor-Executivo do Birthright NEXT.
29. Abraham Cooper (Ortodoxo: 2008 Ranking #25) Decano-Associado do Simon Wiesenthal Center.
30. David Stern (Reformista: 2008 Ranking #26) Rabino da maior congregação do Sudeste dos EUA, Temple Emanu-El, em Dallas.

31. Sharon Brous (Conservadora: 2008 Ranking #30) Fundadora da IKAR, uma das mais dinâmicas novas congregações dos EUA.
32. Stephen Pearce (Reformista: 2008 Ranking #47) Rabino da maior congregação de San Francisco, com 2.700 famílias.
33. Marc Schneier (Ortodoxo: retorna da Lista de 2007) Presidente e fundador da Foundation for Ethnic Understanding.
34. Kerry M. Olitzky (Reformista: 2008 Ranking #32) Um dos principais rabinos em defesa da aproximação junto a famílias inter-religiosas e não-afiliadas nos EUA.
35. Ephraim Buchwald (Ortodoxo: 2008 Ranking #44) Fundador do National Jewish Outreach Program (EUA).
36. Arthur Schneier (Ortodoxo: 2008 Ranking #28) Rabino da Park East Synagogue, fundador e Presidente da Appeal of Conscience Foundation. O primeiro rabino a receber o Papa em sua sinagoga.
37. Mark Golub (Reformista: novo no Ranking) Diretor Geral da Shalom Television.
38. Avi Weiss (Ortodoxo: 2008 Ranking #36) A grande força por trás do Hebrew Institute de Riverdale.
39. Naomi Levy (Conservadora: 2008 Ranking #41) Autora conhecida e uma das mulheres líderes dentro do Movimento Conservador.
40. Bradley Shavit Artson (Conservador: 2008 Ranking #31) Decano da Ziegler School of Rabbinic Studies na American Jewish University.

41. Elliot Dorff (Conservador: 2008 Ranking #35) Líder do corpo de criação de leis do Judaísmo Conservador.
42. Bradley Hirschfield (Ortodoxo: 2008 Ranking #39) Co-Presidente da CLAL e um destacado proponente do diálogo inter-religioso.
43. Hayim Herring (Conservador: 2008 Ranking #40) Diretor-Executivo da STAR (Synagogues: Transformation and Renewal).
44. Ed Feinstein (Conservador: novo no Ranking) Elevou a Congregação Valley Beth Shalom para um novo nível.
45. Zalman Schachter-Shalomi (Renewal: 2008 Ranking #27) Fundador do Jewish Renewal Movement nos EUA.
46. Elie Kaunfer (Conservador: novo no Ranking) Fundador do Mechon Hadar e da Kehilat Hadar.
47. Harold Loss (Reformista: 2008 Ranking #42) Tem mais de 12 mil membros em sua congregação, Temple Israel, em Detroit.
48. Jill Jacobs (Conservador: novo no Ranking) Dirige o Jewish Funds for Justice.
49. Joy Levitt (Reconstrucionista: novo no Ranking) Diretor-Executivo do Jewish Community Centre (JCC) de Manhattan.
50. Michael Paley (Conservador: 2008 Ranking #48) Professor-Residente e diretor do Jewish Resource Center da Federação da United Jewish Association (UJA) de Nova York.

sexta-feira, 3 de abril de 2009


Bircat Hachamá - O agradecimento a Deus pelo Sol
Itinerário
Jerusalém-Rehovot
Rehovot-Gezer (preparação para Pessach com olim chadashim)
Gezer- Tel-Aviv (comemoração de 100 anos da "cidade que nunca dorme"),
Tel-Aviv-Jerusalém
Jerusalém: Bircat Hachamá (acordar de madrugada e, quem sabe, ver o nascer do sol em um lugar mais do que especial...) - Érev Pessach

Shabat Shalom e até 2a feira!
Uri

quinta-feira, 2 de abril de 2009


onde está Wally? ou os bichinhos do morango? eu já vi um... procure!

Morangos com bichinhos??? oi vei...
Enquanto isso, o rabino Yehuda Amichai, do Torah and Land Institute, declara os morangos produzidos em Israel não-casher, pois encontrou pequeninos insetos que insistem em se esconder entre as sementes do delicioso fruto - meu preferido - mesmo depois de lavar cuidadosamente com sabão, ou mesmo atacados impiedosamente com pesticidas (para não falar dos morangos orgânicos...)

A culpa pelo surgimento dos pequenos monstrinhos seria dos árabes, claro, por não usarem, segundo o rabino, água limpa para regar os morangos, permitindo a proliferação de insetos. Estes árabes... oi vei.

Meu Deus, como posso voltar a comer morangos???
solução 1: o rabino propõe bater os morangos no liquidificador, pois aí tudo bem, com os microinsetos destroçados e sem ter como distingui-los na massa informe, é permitido a ingestão do purê de morangos pela halachá.
solução 2: cientistas sugerem (não é piada de 1º de abril) lavar os morangos em uma grande banheira do tipo jacuzzi, que pode eliminar completamente os bichinhos do morango. O rabino Amichai espera que o método, ainda em estágios preliminares de desenvolvimento, funcione.
solução 3: continuar comprando morangos deliciosos no supermercado, no Shuk, e lavá-los bem antes de saboreá-los. Assumir que os bichinhos sobreviventes são tão inexpressivos que podem ser ignorados, assim como se ignora uma gota de leite cair num panelão de carne.

comentários de leitores ao artigo no Yedioth Acharonot:
1. Simplesmente submeta-os a irradiação. Mata todos os insetos e ainda aumenta a vida útil dos morangos.
2. Então tá. os morangos eram perfeitamente casher antes dos microscópios capazes de enxergar os bichinhos; agora com os microscópios, os morangos não são casher. Talvez os microscópios devam ser banidos. Sou só eu ou esta rigidez da religião está além dos limites do razoável???
3. Soluções caras: Tem que ser rico para ser religioso...
4. Argh, estou comendo insetos!
5. Viver em Israel destruiu a minha fé. Mais alguém tem uma experiência parecida?

com a palavra... os morangos.
Hagadá Lazman Hazé – Uma Hagadá para os nossos tempos
Em notícia publicada no jornal Yediot Acharonot sobre diversas novas hagadot publicadas em Israel, a nova hagadá dos rabinos do Judaísmo Progressista (Reformista) de Israel recebeu a nota mais alta: nota 9.


Trata-se de uma hagadá com texto tradicional completo nas páginas à direita, e do lado esquerdo, ao lado, textos complementares desde a tradição clássica, da Mishná, Midrashim, medievais, até textos modernos, do século 19 até autores contemporâneos. As ilustrações também foram pensadas com caráter pedagógico e, segundo seus autores, são midrashim gráficos, que ajudam a formar a vivência de Pessach.

O único comentário infeliz da articulista Meirav Cristal está no final: ao criticar que Miriam recebe um copo de água e não de vinho, como Eliahu, ela mostra desconhecer que Miriam tinha uma relação forte com a água no deserto. Ela era quem sabia onde havia água. Com sua morte, o povo passou a reclamar da falta de água.

Enfim, aí vai o artigo e a esperança que logo possamos ter esta hagadá traduzida para o português. Alguém se dispõe a investir nisso? Vamos lá!
Chag sameach,
Uri

Uma Hagadá para os Nossos Tempos
Meirav Kristal (Yediot Achronot)
Tradução: Uri Lam
Se a sua alma ansiava por oferecer uma taça festiva de vinho não apenas para Eliahu, mas também para Miriam, a Hagadá Reformista, que destaca as figuras não apenas de Miriam mas de diversas outras figuras e produções femininas, é a Hagadá para vocês.

Ao lado do texto tradicional completo da Hagadá, presente de forma que pode se dizer “não tocamos nele”, os rabinos do movimento reformista, professor Yehoyadá (Yoki) Amir, Yehoram Mazor, Dra Dalia Marxs e Alona Lisitsa,(obs:meus professores de estudos rabínicos no Hebrew Union College - HUC - de Jerusalém) que prepararam esta hagadá tão rica e extensa, pesquisaram e coletaram a relação das mulheres com as fontes tradicionais, e este é o motivo pelo qual são apresentados na Hagadá não apenas os quatro filhos, mas também as quatro filhas. Ainda na seção de "Mussaf" (acréscimos), há orações alternativas, midrashim e textos contemporâneos.

E se vocês pensam que esta hagadá foi projetada por uma minoria feminina e com aspecto apenas feminino – pensem de novo. Um dos costumes mais antigos são as iluminuras que acompanham todas as páginas da hagadá. Os reformistas vêm e colocam um fim no nosso sofrimento: no espírito da festa antiga descrita na Mishná, no tratado Pessachim, nossos sábios são favoráveis a comer matsá e maror no início do seder.

Os autores da “Hagadá Lazman Hazé” não se detêm em manter a tradição ao lado da renovação. Eles enfatizam o sentido comunitário de Chag Hapessach: a solidariedade social, que nos transforma em filhos da liberdade de fato.

E nesta hagadá não se esquece nem mesmo da relação entre a escravidão e a memória da Shoá (Holocausto), e de outra conexão ainda mais aguardada do “anseio pela redenção entre a luta pela igualdade, liberdade e justiça social e a criação do Estado de Israel”, conforme escrito na própria hagadá.

Vê-se porém que, na busca de libertar as mulheres, também eles ficam ainda presos às amarras da tradição, uma vez que o copo deixado para a profetisa Miriam não é preenchido com vinho, mas com água. Álcool é apenas para os profetas.

Preço da Hagadá Lazman Hazé (em Israel): 40 shekels, algo como R$ 22,00.