Kneidalach
Um amigo, Eli Levin, escreveu um divertido poema em hebraico, que traduzi livremente e compartilho com vocês.
Kneidalach
Eli Levin
versão em português: Uri Lam
Preparei a mesa do Seder para trinta e quatro pessoas – ish!
Cozinhei uma panela de Kneidalach, e também Guefilte Fish.
Mas... já às 6 da manhã telefonava meu sobrinho de Biniamina
“Eu não irei” se convidarem a tia Mina
Às 7 horas Mina avisou que não viria
pois não tinha forças e já estava velha
para as bobagens de vovó Lea.
Às 8 em ponto chamou Efraim de Afula
- disse que não viria se não pedíssemos desculpa.
Às 9 minha sobrinha pediu para esquecermos dela
Porque a minha comida lhe dava enxaqueca.
Por fim minha prima divulgou que somente viria este ano
sob uma condição: que não a lembrassem que ainda não se casou.
Desconectei o telefone e resolvi até a rua descer
Então convidei um tailandês para participar do seder.
Subimos juntos as escadas até o salão
Abrimos um vinho e bebemos do gargalo
até cair no chão.
Contei a ele sobre a história de King Faraó
E assim, sem sentirmos – ish!, acabamos com o charosset
E com o gefilte fish.
A sopa com Kneidalach, tomamos às colheradas,
antes de Avadim Hainu entoamos Há Lachmá.
Também agarramos o prato das carnes com braço estendido
e, de cabeça erguida, cantamos a duas vozes Chad Gadiá.
À meia-noite pedi para ele procurar o Afikomán, e quando o encontrou, uau!
dançamos e sapateamos sobre a mesa.
E assim, quando eu já cambaleava como um Lulav , decidi que de agora em diante,
em todo Pessach, não convidarei para a noite do seder
nem tia Mina, para que não encontre meu sobrinho de Biniamina.
Nem meu sobrinho – para não haver picuinha.
Nem minha sobrinha – por conta da enxaqueca.
Vou simplesmente descer à rua e convidar um tailandês
Para comemorar comigo o Pessach - em bom português:
Casher lamehadrin.
Chag Pessach Sameach!
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