Eliezer Ben Yehuda
Música: Mati Caspi
Cantam: Chava Albersztein e Mati Caspi
Letra: Yaron London
versão em português: Uri Lam
Como os profetas zelosos pelo Nome de Deus,
Ele zelava pelo verbo, adjetivo, substantivo
E meia-noite, lamparina na janela, registrava em seu dicionário –
pilhas e pilhas, belas palavras, termos que voam, deslizam pela língua.
Eliezer, quando se deitará prá dormir? Você já está quase dobrado em dois
E o hebraico, que esperou dois mil anos, pode lhe esperar até o amanhecer.
Eliezer Ben Yehuda era um judeu engraçado
Palavras mil, palavras mil, ele inventava de sua mente febril.
Se o hebraico dormiu por dois mil anos - e daí?
Vamos despertá-lo e inventemos a iozmá (iniciativa)
Mag’hets (ferro de passar), petsatsá (bomba), rihut (móveis)
Escritos a pena com tanta fluidez.
Escreveu cruvit (couve-flor), escreveu glida (sorvete),
Escreveu de tudo, todo o Dicionário Ben Yehuda.
E ainda somou palavras inventadas
Sua ligeira pena não sossegava
E o idioma a aumentar
E não reconhecia o reflexo de sua imagem
Sua imagem refletida ao amanhecer.
Eliezer Ben Yehuda era um judeu engraçado
Palavras mil, palavras mil, ele inventava de sua mente febril.
E um filho ele teve, e decidiu falar:
Meu primeiro filho, chamarei de Ben Yehuda – Itamar
Que desde a infância até envelhecer,
Do brit milá até quando morrer -
Terá um pacto com o hebraico
E o idioma estrangeiro lutará para esquecer.
Itamar então se tornou um homem
Alto, bem formado e esclarecido,
E sua língua materna era a língua hebraica.
Itamar Ben-Avi (filho de Eliezer Ben Iehuda)
Seu pai era um profeta
Um homem conforme seu coração.
Eliezer Ben Yehuda era um judeu engraçado
Palavras mil, palavras mil, ele inventava de sua mente febril.
Eliezer Ben Yehuda (1858-1922) reviveu e renovou a lingua hebraica. Hoje milhões de pessoas falam hebraico porque um dia, há mais de cem anos, um homem se sentou noites e noites em sua sala no bairro de Gueula, na rehov Etiópia, e ficou a escrever palavras, a criar palavras, a construir um gólem de palavras que hoje serve ao povo de Israel e a todo amante deste idioma milenar.
Graças à grande população jovem em Israel, alguns hoje estimam que há mais jovens judeus no mundo que sabem hebraico do que os que não sabem.
Amanhã visitaremos, com um grupo de jovens da CIP, a casa de Eliezer ben Yehuda.
Também visitaremos uma escola judaica laica, de judeus alemães do início do século, que tornou-se yeshivá e uma biblioteca da Bnai Brith que virou yeshivá, e o terreno onde havia um cinema que irá se tornar a yeshivá dos satmers, grupo ultra-ortodoxo antisionista. Mas ainda há a casa de Eliezer ben Yehuda, e a sede do sindicato dos trabalhadores de Israel, e uns poucos judeus laicos que resistem bravamente à "charedização" do bairro, grudado a Mea Shearim, o clássico bairro ortodoxo.
A tensão entre ultra-ortodoxos e o restante da população, de ortodoxos nacionalistas e modernos a conservadores, reformistas e não-praticantes, aumentou nos últimos anos. E o bairro, de nome Gueulá, Redenção, parece mostrar que da redenção mesmo ainda estamos longe - pelo menos deste bairro.
Um grande abraço e feliz 2010!
Graças à grande população jovem em Israel, alguns hoje estimam que há mais jovens judeus no mundo que sabem hebraico do que os que não sabem.
Amanhã visitaremos, com um grupo de jovens da CIP, a casa de Eliezer ben Yehuda.
Também visitaremos uma escola judaica laica, de judeus alemães do início do século, que tornou-se yeshivá e uma biblioteca da Bnai Brith que virou yeshivá, e o terreno onde havia um cinema que irá se tornar a yeshivá dos satmers, grupo ultra-ortodoxo antisionista. Mas ainda há a casa de Eliezer ben Yehuda, e a sede do sindicato dos trabalhadores de Israel, e uns poucos judeus laicos que resistem bravamente à "charedização" do bairro, grudado a Mea Shearim, o clássico bairro ortodoxo.
A tensão entre ultra-ortodoxos e o restante da população, de ortodoxos nacionalistas e modernos a conservadores, reformistas e não-praticantes, aumentou nos últimos anos. E o bairro, de nome Gueulá, Redenção, parece mostrar que da redenção mesmo ainda estamos longe - pelo menos deste bairro.