Urishalaim dando um tempo - estou em São Paulo
Queridos amigos e amigas que frequentam meu blog, dei um tempo em escrever pois cheguei há pouco de Israel. Passarei 2 meses em São Paulo, atuando mais diretamente por minha comunidade, a CIP. Não é pouco o que todos têm a fazer. Uma congregação do tamanho da CIP sempre tem pendências e sempre tem o que fazer 48 h por dia. Dois rabinos jovens, Michel e Ruben, se desdobram em 4, para uma comunidade que bem poderia ter 8 deles. No Brasil não chegamos a uma dúzia de rabinos não-ortodoxos, contando reformistas e conservadores juntos.
A velha canção "falta investir na formação, de morim, morot, rabinos e rabinas, chazanim e chazaniot", cantada em prosa e verso nos últimos 40 anos, ainda toca nas rádios liberais. está na hora de jogarmos esta vitrola com o disco fora, acelerarmos o passo (algo como 50 anos em 5... diria JK), se quisermos ser uma opção judaica para a comunidade judaica brasileira nos próximos anos. Não é tão caro, queridos empresários, aproveitem que os lokshn estão baixos e invistam na formação judaica!!! seus netos, bisnetos e tataranetos irão agradecer, e em hebraico.
Neste momento me preparo para Tishá Beav, para em seguida retomar as preparações em vistas dos Iamim Noraim, os Dias Temíveis, segundo alguns, dias de reflexão, avaliação, revisão.
Este ano a CIP terá uma novidade: enquanto na sinagoga Etz Chaim, nas dependências da congregação, homens e mulheres continuam sentados em separado, no salão alugado nas proximidades, nas dependências do Colégio São Luiz, haverá um setor central onde homens e mulheres poderão se sentar juntos - preservando-se os espaços para aqueles e aquelas que desejam continuar se sentando separadamente no espaço sinagogal.
Só posso desejar que dê tudo certo. Cada passinho, para uma comunidade tão grande e diversa, é um passão. Mudanças sempre incorrem em muita gente satisfeita e outros insatisfeitos. O precedente de 3 anos na sinagoga da CIP me deixa otimista quanto aos resultados.
Lembrando que, no mundo inteiro, praticamente todas as comunidades judaicas conservadoras (massorti) e reformistas/liberais/progressistas do mundo, há muitos e muitos anos não há mais setores separados para homens e mulheres. E mais. Há muitos e muitos e muitos anos também, homens e mulheres têm os mesmos direitos religiosos, embora muitos deles sejam uma obrigação para os homens, e um direito para as mulheres.
Um passo de cada vez - opinião particular: que se ande devagar, devagar devagarinho - mas que continuemos andando.
Peço assim desculpas àqueles que têm reclamado da falta de atualização do blog. nestes meses de Brasil, as atualizações serão mais espaçadas.
um grande abraço, desde a chuvosa Idishenópolis, um shtetl desta groice Ieru-Shão Paulaim. (Moré Theo, sem comentários do tipo "de onde saiu isso" ok? :-)
quarta-feira, 29 de julho de 2009
terça-feira, 7 de julho de 2009
Rabino incita soldados a desrespeitarem a hierarquia militar em Israel, para não escutarem o canto de uma mulher
O rabino Mordechai Eliahu pediu que os soldados datiim fossem para a cadeia caso os obrigassem a escutar o canto de mulheres em eventos militares. É preferível ir para a prisão a escutar o comandante, segundo o rabino. "Está na Guemará: Deus criou o dedinho e criou um espaço no ouvido, por que? Para que se o indivíduo ouvir coisas nulas, que possa colocar o dedo no ouvido e não escutá-las. Façam isso caso temam seu comandante, mas é melhor ir para a cadeia e não escutar nem o seu comandante nem a voz de uma mulher cantando."
Em ataque inédito aos rabinos ortodoxos moderados da tsionut hadatit (sionistas religiosos), disse o rabino Eliahu: "Rabinos! Dêem meia volta. Digam - "Erramos, não, nada de danças em conjunto, nada de casamentos misturados (entre homens e mulheres), nada de Yeshivá misturada (entre homens e mulheres), cuidado com estas coisas."
Na semana passada outro rabino disse que as mulheres não deveriam mais servir o exército. Parece ter gente querendo dar uma de Pinchas.
O rabino em questão tomou o cuidado de converter o termo "ortodoxos modernos" em "ortodoxos reformistas" em sua tentativa de desmerecer os rabinos e comunidade ortodoxas modernas que buscam cada vez mais dar voz à mulher, voz esta tão perigosa ao rabino, principalmente quando a mulher canta.
Shirá Chadashá, onde a voz da mulher ortodoxa canta
Graças a Deus, na comunidade judaica ortodoxa-moderna Shirá Chadashá, e mesmo em uma pequena sinagoga ortodoxa em Nachlaot, e em tantas outras, o canto das mulheres só eleva a espiritualidade e o idishkeit do serivço religioso. Ainda é uma voz minoritária no meio ortodoxo, mas está sendo escutada e aceita por cada vez mais gente. A Shirá Chadashá fica em um centro cultural em plena Emek Refaim, uma avenida que corta a Moshavá Germanit, com seus bares e restaurantes e lojas. É um dos meus locais preferidos para rezar e me conectar com Deus e com as pessoas.
Mesmo no meio ortodoxo, é interessante notar que há mais de um modo de ser judeu.
Pinchas, Stalin e o Grande Irmão
Vou arrumar as malas e escrever sobre Pinchas, 1984, Guerra é Paz, Novilingua, Minisver (Ministério da Verdade), Totalitarismo e coisas que tais, que levaram à destruição dos nossos Templos sagrados por tanto ódio gratuito.
Nos tempos de George Orwell, nos idos de 1948 - quando escreveu este seu clássico da literatura, e ano da independência do moderno Estado de Israel, aquele pequeno país em que homens e mulheres serviam o exército e onde se pretendia construir um país judaico e democrático - o escritor denunciava os resultados do totalitarismo comunista stalinista.
Hoje os tempos são outros, mudaram os candidatos a Stalin e o totalitarismo stalinista deu lugar ao totalitarismo fundamentalista, seja na Venezuela ou no Irã, na Coreia do Norte, e infelizmente, desejos de - em Israel. A Novilingua, a imposição de comportamentos, a distorção de expressões idiomáticas, culturais e religiosas, está mais viva do que nunca. O Grande Irmão não é o ingênuo e alienante Big Brother das TVs do mundo inteiro, mas o fundamentalista policialesco com ares santos disposto a tudo para impor um único modo de vida a todos. Pinchas. Ou é assim, ou é a morte. Hoje, morte religiosa e cultural. Amanhã, Deus nos livre, a morte física, em nome de D-us.
Deus nos livre disso novamente e faça com fez com Pinchas - converta a lança da morte em paz e vida. Shirá Chadashá, um novo canto, um novo poema foi elogiado pelos que foram redimidos. assim diz o Salmo de David.
O rabino Mordechai Eliahu pediu que os soldados datiim fossem para a cadeia caso os obrigassem a escutar o canto de mulheres em eventos militares. É preferível ir para a prisão a escutar o comandante, segundo o rabino. "Está na Guemará: Deus criou o dedinho e criou um espaço no ouvido, por que? Para que se o indivíduo ouvir coisas nulas, que possa colocar o dedo no ouvido e não escutá-las. Façam isso caso temam seu comandante, mas é melhor ir para a cadeia e não escutar nem o seu comandante nem a voz de uma mulher cantando."
Em ataque inédito aos rabinos ortodoxos moderados da tsionut hadatit (sionistas religiosos), disse o rabino Eliahu: "Rabinos! Dêem meia volta. Digam - "Erramos, não, nada de danças em conjunto, nada de casamentos misturados (entre homens e mulheres), nada de Yeshivá misturada (entre homens e mulheres), cuidado com estas coisas."
Na semana passada outro rabino disse que as mulheres não deveriam mais servir o exército. Parece ter gente querendo dar uma de Pinchas.
O rabino em questão tomou o cuidado de converter o termo "ortodoxos modernos" em "ortodoxos reformistas" em sua tentativa de desmerecer os rabinos e comunidade ortodoxas modernas que buscam cada vez mais dar voz à mulher, voz esta tão perigosa ao rabino, principalmente quando a mulher canta.
Shirá Chadashá, onde a voz da mulher ortodoxa canta
Graças a Deus, na comunidade judaica ortodoxa-moderna Shirá Chadashá, e mesmo em uma pequena sinagoga ortodoxa em Nachlaot, e em tantas outras, o canto das mulheres só eleva a espiritualidade e o idishkeit do serivço religioso. Ainda é uma voz minoritária no meio ortodoxo, mas está sendo escutada e aceita por cada vez mais gente. A Shirá Chadashá fica em um centro cultural em plena Emek Refaim, uma avenida que corta a Moshavá Germanit, com seus bares e restaurantes e lojas. É um dos meus locais preferidos para rezar e me conectar com Deus e com as pessoas.
Mesmo no meio ortodoxo, é interessante notar que há mais de um modo de ser judeu.
Pinchas, Stalin e o Grande Irmão
Vou arrumar as malas e escrever sobre Pinchas, 1984, Guerra é Paz, Novilingua, Minisver (Ministério da Verdade), Totalitarismo e coisas que tais, que levaram à destruição dos nossos Templos sagrados por tanto ódio gratuito.
Nos tempos de George Orwell, nos idos de 1948 - quando escreveu este seu clássico da literatura, e ano da independência do moderno Estado de Israel, aquele pequeno país em que homens e mulheres serviam o exército e onde se pretendia construir um país judaico e democrático - o escritor denunciava os resultados do totalitarismo comunista stalinista.
Hoje os tempos são outros, mudaram os candidatos a Stalin e o totalitarismo stalinista deu lugar ao totalitarismo fundamentalista, seja na Venezuela ou no Irã, na Coreia do Norte, e infelizmente, desejos de - em Israel. A Novilingua, a imposição de comportamentos, a distorção de expressões idiomáticas, culturais e religiosas, está mais viva do que nunca. O Grande Irmão não é o ingênuo e alienante Big Brother das TVs do mundo inteiro, mas o fundamentalista policialesco com ares santos disposto a tudo para impor um único modo de vida a todos. Pinchas. Ou é assim, ou é a morte. Hoje, morte religiosa e cultural. Amanhã, Deus nos livre, a morte física, em nome de D-us.
Deus nos livre disso novamente e faça com fez com Pinchas - converta a lança da morte em paz e vida. Shirá Chadashá, um novo canto, um novo poema foi elogiado pelos que foram redimidos. assim diz o Salmo de David.
domingo, 5 de julho de 2009
1º ano no HUC - o fim do primeiro ciclo
Hoje tive a primeira das duas conversas de final do 1º ano dos meus estudos rabínicos em Israel, com o rabino Yoki Amir. Fizemos uma avaliação do ano, desde que, segundo ele "um cara de longe, totalmente fora dos nossos círculos de relações, ficou duas horas sentado e avisou que não sairia do HUC antes de falar com os rabinos Yoki Amir e Michael Marmur". Ele comentou que não foi fácil a decisão de me aceitarem no programa, pois eu era para eles uma incógnita. Ele não tinha como ver nem comprovar pessoalmente minha atuação comunitária, visitar minha sinagoga em São Paulo, etc.
Uma vez que entreguei todos os documentos que pediram, levei cartas de apresentação conforme o desejado, escrevi uma drashá em hebraico e outras tantas exigências, resolveram apostar, e segundo ele, a aposta valeu à pena. Ele me disse que eu não posso duvidar de como fui bem recebido pelos colegas e professores e que todos estão satisfeitos com meu empenho e participação nas aulas.
Segundo ele, superei as expectativas, embora eu tenha dito que sempre fico com a sensação de que poderia ter feito mais do que fiz - uma vez que tenho muitos trabalhos ainda a entregar. Ele retrucou dizendo que todos têm muito o que fazer "nas férias de verão" (para mim, período de trabalho, e de inverno) e que deveria aproveitar ao máximo o tempo, o sossego na casa dos pais e a despreocupação com questões israelenses do dia a dia para completar meus trabalhos e avançar com as bekiuiot (trabalhos de suficiência, de especialidade em) de Mishná ou de Tanach.
Enfim, foi uma conversa muito agradável e com sabor de dever cumprido (e comprido também!). e desejou que nos próximos anos eu relaxe um pouco mais e complete outros campos da vida, e aproveite ao máximo o que os estudos rabínicos têm a me oferecer.
O meu agradecimento caloroso a todos (tanto quanto o verão 40 graus de Jerusalém)
Dito tudo isso, não há mais o que desejar, somente dar um monte de abraços de agradecimento:
- ao rabino que se fez amigo de todas as horas, Yoki Amir; ao rabino Michael Marmur, a todos os rabinos e rabinas, professoras e professores do HUC, aos funcionários da biblioteca e da cafeteria, e a todos os meus colegas e "amigos de viagem" nos estudos rabínicos.
- Aos demais amigos que fiz ou que fortaleci minha amizade em Israel, como a Renatinha, Gaby e Batel, Gladys e Judith, Lu e Yehuda, Stamba, ao meu primo Fabio "Salsa, Samba e Pagode" Tomaspolsky, Elisete e Noa, Ariel, Ruben e Henry - da Chazit e de Avanhandava, o Flavio, aos meus familiares em Israel (para quem fica a sensação de ter ficado devendo em visitas e telefonemas, mas espero compensar no próximo ano).
- Aos amigos que sempre me apoiaram: rabinos Ruben e Michel, Estevão (que logo esteja recuperado do susto e esteja conosco na CIP outra vez), Dora e Mario, seu Henrique, Berta, Theo e Déia, Clarissa, Carlota, Angelina e Monica, David Leo e todos os participantes do Shabat Neshamá, Empédocles, Fernanda e toda a família, rabino Roberto Feldmann do Chile, os primos-rabinos (ou rabinos-primos) Jacques e Celso Cukierkorn e os amigos Fabio e Adri nos EUA , e tantos outros... sintam-se todos incluídos neste abraço.
- E claro, aos meus pais, que me apoiaram incondicionalmente durante este ano de estudos e estiveram comigo o tempo inteiro, quase que em sala de aula.
E agora começo finalmente a preparar material de estudos, roupas e malas...Graças a Deus o clima em Jerusalém está um pouco mais ameno, na casa dos 28, 30 graus, e não quase 40 graus como na semana passada.
Escrevi muito agora, mas devo escrever menos nos próximos dias e depois passar um tempo sem escrever.
O Blog Urishalaim entrará em férias na próxima semana, para retornar no próximo ano (ou seja, 5770, ou até outubro de 2009) o segundo de quatro anos desta vivência inesquecível. Um agradecimento especial a todos os que acompanharam um pouco minhas alegrias, histórias, comentários, críticas, expectativas e vitórias (inclusive do Timão, que só deu alegrias neste ano!).
Um grande abraço
Uri
Hoje tive a primeira das duas conversas de final do 1º ano dos meus estudos rabínicos em Israel, com o rabino Yoki Amir. Fizemos uma avaliação do ano, desde que, segundo ele "um cara de longe, totalmente fora dos nossos círculos de relações, ficou duas horas sentado e avisou que não sairia do HUC antes de falar com os rabinos Yoki Amir e Michael Marmur". Ele comentou que não foi fácil a decisão de me aceitarem no programa, pois eu era para eles uma incógnita. Ele não tinha como ver nem comprovar pessoalmente minha atuação comunitária, visitar minha sinagoga em São Paulo, etc.
Uma vez que entreguei todos os documentos que pediram, levei cartas de apresentação conforme o desejado, escrevi uma drashá em hebraico e outras tantas exigências, resolveram apostar, e segundo ele, a aposta valeu à pena. Ele me disse que eu não posso duvidar de como fui bem recebido pelos colegas e professores e que todos estão satisfeitos com meu empenho e participação nas aulas.
Segundo ele, superei as expectativas, embora eu tenha dito que sempre fico com a sensação de que poderia ter feito mais do que fiz - uma vez que tenho muitos trabalhos ainda a entregar. Ele retrucou dizendo que todos têm muito o que fazer "nas férias de verão" (para mim, período de trabalho, e de inverno) e que deveria aproveitar ao máximo o tempo, o sossego na casa dos pais e a despreocupação com questões israelenses do dia a dia para completar meus trabalhos e avançar com as bekiuiot (trabalhos de suficiência, de especialidade em) de Mishná ou de Tanach.
Enfim, foi uma conversa muito agradável e com sabor de dever cumprido (e comprido também!). e desejou que nos próximos anos eu relaxe um pouco mais e complete outros campos da vida, e aproveite ao máximo o que os estudos rabínicos têm a me oferecer.
O meu agradecimento caloroso a todos (tanto quanto o verão 40 graus de Jerusalém)
Dito tudo isso, não há mais o que desejar, somente dar um monte de abraços de agradecimento:
- ao rabino que se fez amigo de todas as horas, Yoki Amir; ao rabino Michael Marmur, a todos os rabinos e rabinas, professoras e professores do HUC, aos funcionários da biblioteca e da cafeteria, e a todos os meus colegas e "amigos de viagem" nos estudos rabínicos.
- Aos demais amigos que fiz ou que fortaleci minha amizade em Israel, como a Renatinha, Gaby e Batel, Gladys e Judith, Lu e Yehuda, Stamba, ao meu primo Fabio "Salsa, Samba e Pagode" Tomaspolsky, Elisete e Noa, Ariel, Ruben e Henry - da Chazit e de Avanhandava, o Flavio, aos meus familiares em Israel (para quem fica a sensação de ter ficado devendo em visitas e telefonemas, mas espero compensar no próximo ano).
- Aos amigos que sempre me apoiaram: rabinos Ruben e Michel, Estevão (que logo esteja recuperado do susto e esteja conosco na CIP outra vez), Dora e Mario, seu Henrique, Berta, Theo e Déia, Clarissa, Carlota, Angelina e Monica, David Leo e todos os participantes do Shabat Neshamá, Empédocles, Fernanda e toda a família, rabino Roberto Feldmann do Chile, os primos-rabinos (ou rabinos-primos) Jacques e Celso Cukierkorn e os amigos Fabio e Adri nos EUA , e tantos outros... sintam-se todos incluídos neste abraço.
- E claro, aos meus pais, que me apoiaram incondicionalmente durante este ano de estudos e estiveram comigo o tempo inteiro, quase que em sala de aula.
E agora começo finalmente a preparar material de estudos, roupas e malas...Graças a Deus o clima em Jerusalém está um pouco mais ameno, na casa dos 28, 30 graus, e não quase 40 graus como na semana passada.
Escrevi muito agora, mas devo escrever menos nos próximos dias e depois passar um tempo sem escrever.
O Blog Urishalaim entrará em férias na próxima semana, para retornar no próximo ano (ou seja, 5770, ou até outubro de 2009) o segundo de quatro anos desta vivência inesquecível. Um agradecimento especial a todos os que acompanharam um pouco minhas alegrias, histórias, comentários, críticas, expectativas e vitórias (inclusive do Timão, que só deu alegrias neste ano!).
Um grande abraço
Uri
Esta semana em Jerusalém, na semana que vem em Sampa
Retornei de um delicioso fim de semana no kibutz Gezer, onde me reuni com olim chadashim latino-americanos que vivem na cidade de Ramla, algo entre Jerusalém e Tel Aviv. Tive o prazer de conhecer alguns jovens que participarão pela primeira vez das colônias de férias da Noar Telem A juventude do Movimento Nacional do Judaísmo Progressista - o movimento judaico reformista em Israel. São gente muito simples, vindos do Peru, Guatemala, Venezuela e Panamá, que imigraram para Israel e se reconectaram com suas raízes judaicas. É bonito ver como os jovens se integram mais facilmente à vida israelense e judaica e como o hebraico flui, após um ano de sua chegada ao país. Os mais velhos também são muito dedicados, mas a necessidade de trabalhar pesado (a maioria trabalha em trabalhos sem qualificação e ganha muito pouco) dificulta a integração à sociedade e o domínio mais fluente do hebraico.
Aí entra o papel da sinagoga Birkat Shalom, da rabina Miri Gold (a mesma que move uma ação judicial em favor do reconhecimento e igualdade de direitos entre rabinos ortodoxos e não-ortodoxos) e por tabela, o meu papel a partir do ano 5770 do calendário judaico, ou a partir de outubro de 2009. Trabalhar com eles valores judaicos e ajudar aos que não têm comprovação formal de judeidade a se converterem ao judaísmo. Para isso há planos de desenvolver material em espanhol, produzir vídeos explicativos e vivências que lhes dêem instrumentos para viverem uma vida judaica plena de significado em Israel.
Após a conversa com os jovens, realizamos um belo serviço de Shabat e em seguida um gostoso jantar, com muita comida!
No sábado estudamos a parashat hashavua e a haftará de Balak, juntamente com o Hernane a rabina Miri Gold. Em seguida fizemos a tefilá. Não havia muita gente, pois o kibutz (onde está situada a sinagoga) estava envolvido em um disputadíssimo Thriatlon para todas as idades: natação, bicicleta e corrida.
As possibilidades de trabalho com estes olim são enormes, e é muito bom estudar judaísmo com gente que está afim e que vem a ter a sua maior oportunidade de viver judaicamente em Israel. Talvez a América Latina ainda seja uma grande reserva de pessoas judias ou descendentes de judeus que queiram retornar ao judaísmo - e não falo apenas dos anussim, mas de descendentes de marroquinos e de europeus em geral que vieram tentar a vida na "América de baixo", naturalmente se integraram à sociedade em que viviam, e seus netos e bisnetos agora desejam viver seu judaísmo plenamente. É nosso papel dar a eles esta oportunidade e este direito - antes que grupos evangélicos messiânicos tentem lhes fazer a cabeça.
um grande abraço a todos
Retornei de um delicioso fim de semana no kibutz Gezer, onde me reuni com olim chadashim latino-americanos que vivem na cidade de Ramla, algo entre Jerusalém e Tel Aviv. Tive o prazer de conhecer alguns jovens que participarão pela primeira vez das colônias de férias da Noar Telem A juventude do Movimento Nacional do Judaísmo Progressista - o movimento judaico reformista em Israel. São gente muito simples, vindos do Peru, Guatemala, Venezuela e Panamá, que imigraram para Israel e se reconectaram com suas raízes judaicas. É bonito ver como os jovens se integram mais facilmente à vida israelense e judaica e como o hebraico flui, após um ano de sua chegada ao país. Os mais velhos também são muito dedicados, mas a necessidade de trabalhar pesado (a maioria trabalha em trabalhos sem qualificação e ganha muito pouco) dificulta a integração à sociedade e o domínio mais fluente do hebraico.
Aí entra o papel da sinagoga Birkat Shalom, da rabina Miri Gold (a mesma que move uma ação judicial em favor do reconhecimento e igualdade de direitos entre rabinos ortodoxos e não-ortodoxos) e por tabela, o meu papel a partir do ano 5770 do calendário judaico, ou a partir de outubro de 2009. Trabalhar com eles valores judaicos e ajudar aos que não têm comprovação formal de judeidade a se converterem ao judaísmo. Para isso há planos de desenvolver material em espanhol, produzir vídeos explicativos e vivências que lhes dêem instrumentos para viverem uma vida judaica plena de significado em Israel.
Após a conversa com os jovens, realizamos um belo serviço de Shabat e em seguida um gostoso jantar, com muita comida!
No sábado estudamos a parashat hashavua e a haftará de Balak, juntamente com o Hernane a rabina Miri Gold. Em seguida fizemos a tefilá. Não havia muita gente, pois o kibutz (onde está situada a sinagoga) estava envolvido em um disputadíssimo Thriatlon para todas as idades: natação, bicicleta e corrida.
As possibilidades de trabalho com estes olim são enormes, e é muito bom estudar judaísmo com gente que está afim e que vem a ter a sua maior oportunidade de viver judaicamente em Israel. Talvez a América Latina ainda seja uma grande reserva de pessoas judias ou descendentes de judeus que queiram retornar ao judaísmo - e não falo apenas dos anussim, mas de descendentes de marroquinos e de europeus em geral que vieram tentar a vida na "América de baixo", naturalmente se integraram à sociedade em que viviam, e seus netos e bisnetos agora desejam viver seu judaísmo plenamente. É nosso papel dar a eles esta oportunidade e este direito - antes que grupos evangélicos messiânicos tentem lhes fazer a cabeça.
um grande abraço a todos
quinta-feira, 2 de julho de 2009
Rabino chefe do Exército de Israel - "Mulheres não precisam servir o exército"
Pouparei a todos de comentar demais esta bobagem extrema. As mulheres servirem o exército de Israel são um símbolo de toda a força que foi necessária para que este país se tornasse independente e figuras como o rabino Ronsky chegassem a um nível de poder inimaginável até nos piores pesadelos de Ben Gurion pelos idos de 1948. Retirá-las do Exército seria cortar a mão direita de Israel.
Parafraseando a conhecida frase, aí vai:
"Se eu me esquecer da minha mão direita, que me cortem Jerusalém".
Não há como pensar em Estado de Israel sem homens e mulheres servindo juntos no exército.
Mas há como pensar em Reino Charedi da Terra de Israel. É de assustar.
Se depender de rabinos como Ronsky, este será o caminho, depois que separarem todos os ônibus para homens e mulheres, dividirem todos os espaços em lojas para homens e mulheres, fecharem as ruas do país inteiro no Shabat, depois que a Polícia do Pudor agredir todos os jovens que namoram nos bancos das praças ou andam de calças curtas ou blusas decotadas e de alcinhas, e assim seguirem com o processo de charedização ("ultra-ortodoxização") do país.
Até o dia em que Rav Khamenei, com seu amigo Rav Khomeini, se unirão a Rav Ronsky e ressuscitarão Rav Kahane e filho, que formarão um poder fanático capaz de ditar quem será o próximo primeiro-ministro-fantoche, o nosso Ahmadinejad. Então cenas que vemos do ditador iraniano em reunião com rabinos antisionistas Naturei Karta que nos envergonham ao abaixar a cabeça para o ditador iraniano e beijar-lhe as faces será o nosso dia a dia.
Se seguirmos o caminho do rabino Ronsky, Israel se tornará Irãel. Aliás, corremos o risco de boa parte do povo de Israel se tornar Iehudim Irãelim. Deus nos livre.
As primeiras reações israelenses (leitores do site em hebraico), entre a ira e a ironia, ao fato de Sir Ronsky ter mexido com um dos valores nacionais do país:
1) Também rabinos não precisam servir no Exército - só os estudantes de yeshivá precisam. (obs.: a ironia se refere a estudantes de yeshivá, a maioria dos quais não serve o exército)
2) que sejam demitidos o rabino do exército e o porta-voz da Tsahal (Exército de Defesa de Israel)
3) Eu não acho que um discípulo de Khomeini precisa servir o exército nem ao menos viver em Israel.
4) eu pessoalmente acho que devem lhe dar baixa e ele ir para casa.
5) trata-se de um dos homens mais perigosos do país.
6) vá construir um país com estes ortodoxos!
7) também os homens judeus não precisam servir os exército - que rezem dia e noite e deixem os drusos e os árabes servirem.
8) Onde é possível se converter ao islamismo? se é que já não nos convertemos.
9) Para que precisamos do Talibã no Exército?
10) Esta é a prova de que não se deve ter rabinos no exército.
e por aí vai. Um sinal amarelo, quase vermelho, para um exército que um dia foi motivo de orgulho de um país moderno, que acompanhava os avanços da inclusividade e do igualitarismo, e que hoje cada vez mais dá um passinho em direção a Teerã.
Que Deus nos livre.
abraços
Pouparei a todos de comentar demais esta bobagem extrema. As mulheres servirem o exército de Israel são um símbolo de toda a força que foi necessária para que este país se tornasse independente e figuras como o rabino Ronsky chegassem a um nível de poder inimaginável até nos piores pesadelos de Ben Gurion pelos idos de 1948. Retirá-las do Exército seria cortar a mão direita de Israel.
Parafraseando a conhecida frase, aí vai:
"Se eu me esquecer da minha mão direita, que me cortem Jerusalém".
Não há como pensar em Estado de Israel sem homens e mulheres servindo juntos no exército.
Mas há como pensar em Reino Charedi da Terra de Israel. É de assustar.
Se depender de rabinos como Ronsky, este será o caminho, depois que separarem todos os ônibus para homens e mulheres, dividirem todos os espaços em lojas para homens e mulheres, fecharem as ruas do país inteiro no Shabat, depois que a Polícia do Pudor agredir todos os jovens que namoram nos bancos das praças ou andam de calças curtas ou blusas decotadas e de alcinhas, e assim seguirem com o processo de charedização ("ultra-ortodoxização") do país.
Até o dia em que Rav Khamenei, com seu amigo Rav Khomeini, se unirão a Rav Ronsky e ressuscitarão Rav Kahane e filho, que formarão um poder fanático capaz de ditar quem será o próximo primeiro-ministro-fantoche, o nosso Ahmadinejad. Então cenas que vemos do ditador iraniano em reunião com rabinos antisionistas Naturei Karta que nos envergonham ao abaixar a cabeça para o ditador iraniano e beijar-lhe as faces será o nosso dia a dia.
Se seguirmos o caminho do rabino Ronsky, Israel se tornará Irãel. Aliás, corremos o risco de boa parte do povo de Israel se tornar Iehudim Irãelim. Deus nos livre.
As primeiras reações israelenses (leitores do site em hebraico), entre a ira e a ironia, ao fato de Sir Ronsky ter mexido com um dos valores nacionais do país:
1) Também rabinos não precisam servir no Exército - só os estudantes de yeshivá precisam. (obs.: a ironia se refere a estudantes de yeshivá, a maioria dos quais não serve o exército)
2) que sejam demitidos o rabino do exército e o porta-voz da Tsahal (Exército de Defesa de Israel)
3) Eu não acho que um discípulo de Khomeini precisa servir o exército nem ao menos viver em Israel.
4) eu pessoalmente acho que devem lhe dar baixa e ele ir para casa.
5) trata-se de um dos homens mais perigosos do país.
6) vá construir um país com estes ortodoxos!
7) também os homens judeus não precisam servir os exército - que rezem dia e noite e deixem os drusos e os árabes servirem.
8) Onde é possível se converter ao islamismo? se é que já não nos convertemos.
9) Para que precisamos do Talibã no Exército?
10) Esta é a prova de que não se deve ter rabinos no exército.
e por aí vai. Um sinal amarelo, quase vermelho, para um exército que um dia foi motivo de orgulho de um país moderno, que acompanhava os avanços da inclusividade e do igualitarismo, e que hoje cada vez mais dá um passinho em direção a Teerã.
Que Deus nos livre.
abraços
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Jerusalém, Fornosalém
Sabia que o calor nesta época do ano era de rachar, mas entre saber e vivenciar é outra coisa.
O sol implacável em toda Israel (sim, amigos em Tel Aviv e no norte também estão fervendo) beira o insuportável. Graças a Deus as aulas terminaram ontem (ainda faltam algumas entrevistas de final de ano e schóin), ou melhor, seria melhor que seguissem, pois no HUC tem ar condicionado e em casa não tem. No próximo ano ou alugo um espaço com ar condicionado ou compro um portátil.
enfim... faz parte da vivência em Israel e também somos gratos por isso. Mas não precisava exagerar:-)
Sabia que o calor nesta época do ano era de rachar, mas entre saber e vivenciar é outra coisa.
O sol implacável em toda Israel (sim, amigos em Tel Aviv e no norte também estão fervendo) beira o insuportável. Graças a Deus as aulas terminaram ontem (ainda faltam algumas entrevistas de final de ano e schóin), ou melhor, seria melhor que seguissem, pois no HUC tem ar condicionado e em casa não tem. No próximo ano ou alugo um espaço com ar condicionado ou compro um portátil.
enfim... faz parte da vivência em Israel e também somos gratos por isso. Mas não precisava exagerar:-)
Uma Carta para Estevão Klein, de Jerusalém
Jerusalém, 1º de julho de 2009
Querido Estevão,
(não escrevo "prezado Estevão" pois como já reclamei a você, não é preciso toda esta formalidade que você insiste em manter em seus e-mails, que não condiz com o modo amigo e fraternal como nos tratamos nestes anos de CIP)E
Estou bem, obrigado. Fora o calor de Jerusalém, que bateu hoje em 37 graus. Inacreditável. Já não vejo a hora de reclamar do frio de Sampa.
Hoje você acordou de volta para a vida. O coração voltou a bater sozinho, como fez por 60 anos ininterruptos. O mesmo coração que resolveu descansar por cerca de 20 minutos na última quinta feira, e que fez com que todos os corações daqueles que te querem bem, que convivem com você diariamente na CIP, parassem junto com o seu.
E antes mesmo que seu coração decidisse retornar das férias, nossos corações se uniram em orações pedindo pelo seu pleno reestabelecimento. Orações que partiram da nossa congregação, alcançaram os limites do hospital e a sua sala de tratamento intensivo, viajaram longe via telefone, e-mails, skypes, msns, twitters até os arredores de Jerusalém, onde todos nós, estudantes, professores e rabinos, rezamos por você, com uma vista maravilhosa para as montanhas de Yehudá. Foi o meu último dia do 1º ano do curso de rabinato, que só se tornou possível porque pessoas como você me deram as condições para eu estar aqui. O lugar realmente é lindo, espero que na sua próxima visita a Israel, eu possa lhe convidar a passear ali comigo e rezarmos juntos Shehecheiánu e Bircat Hagomel.
Talvez você não esteja ciente ainda, Estevão, mas desde a quinta feira passada cada um de nós, seus amigos, companheiros, colegas de trabalho, que vivemos com você todos estes anos as alegrias e as dificuldades de fazermos parte do dia a dia da CIP - além de nossas famílias e amigos, e as famílias de nossos amigos e os amigos de nossos amigos - todos entramos em choque, e pudemos ver como cada um de nós gosta muito de você e reconhece a importância do seu trabalho, a importância da sua presença conosco.
Estevão, hoje recebemos a notícia de que seu coração não precisa mais de aparelhos para continuar batendo. Hoje recebemos a notícia de que você finalmente acordou de volta para a vida.
Obrigado Estevão, afinal, com quem eu iria conversar sobre tantas coisas, quem iria cuidar das contas da CIP, como iria ficar?
Estevão, que Deus permita que não só o seu coração, mas que todo o seu corpo e a sua alma voltem rapidamente a funcionar na plenitude de sua capacidade, com saúde perfeita. Que tenha sido um enorme susto, e só isso. Que Deus te dê cura completa no mais breve tempo possível e que logo que eu retornar ao Brasil, possa lhe dar um grande abraço e dizer: Baruch Hachozer, seja bem-vindo de volta à nossa casa, à nossa CIP, às nossas vidas.
Até semana que vem, Estevão.
De seu amigo e colega,
Uri
Jerusalém, 1º de julho de 2009
Querido Estevão,
(não escrevo "prezado Estevão" pois como já reclamei a você, não é preciso toda esta formalidade que você insiste em manter em seus e-mails, que não condiz com o modo amigo e fraternal como nos tratamos nestes anos de CIP)E
Estou bem, obrigado. Fora o calor de Jerusalém, que bateu hoje em 37 graus. Inacreditável. Já não vejo a hora de reclamar do frio de Sampa.
Hoje você acordou de volta para a vida. O coração voltou a bater sozinho, como fez por 60 anos ininterruptos. O mesmo coração que resolveu descansar por cerca de 20 minutos na última quinta feira, e que fez com que todos os corações daqueles que te querem bem, que convivem com você diariamente na CIP, parassem junto com o seu.
E antes mesmo que seu coração decidisse retornar das férias, nossos corações se uniram em orações pedindo pelo seu pleno reestabelecimento. Orações que partiram da nossa congregação, alcançaram os limites do hospital e a sua sala de tratamento intensivo, viajaram longe via telefone, e-mails, skypes, msns, twitters até os arredores de Jerusalém, onde todos nós, estudantes, professores e rabinos, rezamos por você, com uma vista maravilhosa para as montanhas de Yehudá. Foi o meu último dia do 1º ano do curso de rabinato, que só se tornou possível porque pessoas como você me deram as condições para eu estar aqui. O lugar realmente é lindo, espero que na sua próxima visita a Israel, eu possa lhe convidar a passear ali comigo e rezarmos juntos Shehecheiánu e Bircat Hagomel.
Talvez você não esteja ciente ainda, Estevão, mas desde a quinta feira passada cada um de nós, seus amigos, companheiros, colegas de trabalho, que vivemos com você todos estes anos as alegrias e as dificuldades de fazermos parte do dia a dia da CIP - além de nossas famílias e amigos, e as famílias de nossos amigos e os amigos de nossos amigos - todos entramos em choque, e pudemos ver como cada um de nós gosta muito de você e reconhece a importância do seu trabalho, a importância da sua presença conosco.
Estevão, hoje recebemos a notícia de que seu coração não precisa mais de aparelhos para continuar batendo. Hoje recebemos a notícia de que você finalmente acordou de volta para a vida.
Obrigado Estevão, afinal, com quem eu iria conversar sobre tantas coisas, quem iria cuidar das contas da CIP, como iria ficar?
Estevão, que Deus permita que não só o seu coração, mas que todo o seu corpo e a sua alma voltem rapidamente a funcionar na plenitude de sua capacidade, com saúde perfeita. Que tenha sido um enorme susto, e só isso. Que Deus te dê cura completa no mais breve tempo possível e que logo que eu retornar ao Brasil, possa lhe dar um grande abraço e dizer: Baruch Hachozer, seja bem-vindo de volta à nossa casa, à nossa CIP, às nossas vidas.
Até semana que vem, Estevão.
De seu amigo e colega,
Uri
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