domingo, 5 de julho de 2009

Esta semana em Jerusalém, na semana que vem em Sampa
Retornei de um delicioso fim de semana no kibutz Gezer, onde me reuni com olim chadashim latino-americanos que vivem na cidade de Ramla, algo entre Jerusalém e Tel Aviv. Tive o prazer de conhecer alguns jovens que participarão pela primeira vez das colônias de férias da Noar Telem A juventude do Movimento Nacional do Judaísmo Progressista - o movimento judaico reformista em Israel. São gente muito simples, vindos do Peru, Guatemala, Venezuela e Panamá, que imigraram para Israel e se reconectaram com suas raízes judaicas. É bonito ver como os jovens se integram mais facilmente à vida israelense e judaica e como o hebraico flui, após um ano de sua chegada ao país. Os mais velhos também são muito dedicados, mas a necessidade de trabalhar pesado (a maioria trabalha em trabalhos sem qualificação e ganha muito pouco) dificulta a integração à sociedade e o domínio mais fluente do hebraico.

Aí entra o papel da sinagoga Birkat Shalom, da rabina Miri Gold (a mesma que move uma ação judicial em favor do reconhecimento e igualdade de direitos entre rabinos ortodoxos e não-ortodoxos) e por tabela, o meu papel a partir do ano 5770 do calendário judaico, ou a partir de outubro de 2009. Trabalhar com eles valores judaicos e ajudar aos que não têm comprovação formal de judeidade a se converterem ao judaísmo. Para isso há planos de desenvolver material em espanhol, produzir vídeos explicativos e vivências que lhes dêem instrumentos para viverem uma vida judaica plena de significado em Israel.

Após a conversa com os jovens, realizamos um belo serviço de Shabat e em seguida um gostoso jantar, com muita comida!

No sábado estudamos a parashat hashavua e a haftará de Balak, juntamente com o Hernane a rabina Miri Gold. Em seguida fizemos a tefilá. Não havia muita gente, pois o kibutz (onde está situada a sinagoga) estava envolvido em um disputadíssimo Thriatlon para todas as idades: natação, bicicleta e corrida.


As possibilidades de trabalho com estes olim são enormes, e é muito bom estudar judaísmo com gente que está afim e que vem a ter a sua maior oportunidade de viver judaicamente em Israel. Talvez a América Latina ainda seja uma grande reserva de pessoas judias ou descendentes de judeus que queiram retornar ao judaísmo - e não falo apenas dos anussim, mas de descendentes de marroquinos e de europeus em geral que vieram tentar a vida na "América de baixo", naturalmente se integraram à sociedade em que viviam, e seus netos e bisnetos agora desejam viver seu judaísmo plenamente. É nosso papel dar a eles esta oportunidade e este direito - antes que grupos evangélicos messiânicos tentem lhes fazer a cabeça.

um grande abraço a todos

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