quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

A Filha Perdida do Rei - parte final

O vice-rei continuou por muitos e muitos anos a procurar, até que encontrou um homem também imenso como os anteriores, que também carregava uma árvore enorme como os anteriores. O homem fez as mesmas perguntas que os outros e o vice-rei voltou a contar para ele tudo o que ocorrera como já fizera anteriormente. Também este o desencorajou, mas o vice-rei insistiu outra vez.
Então o terceiro homem disse para o vice-rei que por ele convocaria todos os ventos e os consultaria. Ele os convocou e todos os ventos vieram. Ele perguntou a todos eles, mas nenhum sabia de tal montanha nem castelo, como antes.
O terceiro homem disse para o vice-rei: “Você não percebe a bobagem que lhe contaram?”
O vice-rei começou a chorar muito, e disse: “Eu sei que existe, tenho certeza!” Enquanto isso, viu que outro vento havia chegado.
O capitão dos ventos estava muito irritado com este vento: “Porque você se atrasou em chegar? Eu não determinei que todos os ventos deveriam vir? E por que você não veio com eles?”
Ele respondeu: “Eu me atrasei porque precisava levar uma princesa até uma montanha de ouro e a um castelo de pérolas”. O vice-rei ficou muito feliz.
O capitão dos ventos perguntou ao vento: “O que há de precioso lá (ou seja, que coisas lá são consideradas valiosas e importantes)?”
O vento respondeu: “Tudo lá é muito precioso”.
O capitão dos ventos disse ao vice-rei: “Uma vez que você já há muito tempo tem procurado por ela e pelo tanto de esforços que você já fez, talvez agora esteja com dificuldades financeiras. Por isso eu lhe ofereço este recipiente; quando você colocar a sua mão dentro dele, receberá o dinheiro que precisar”.
E mandou que o vento o levasse até lá. O vento da tempestade veio, carregou-o até lá e o levou até o portão. Lá havia soldados que não permitiram a entrada na cidade, mas ele colocou a mão no recipiente, retirou algum dinheiro, subornou-os e assim entrou na cidade – e era uma cidade muito agradável.
O vice-rei chegou até um nobre e pagou pela estadia, pois era preciso ficar lá e seria necessário grande sabedoria e inteligência para tirar a filha do rei dali.
E como ele a tirou? Ele não contou. Mas no final a tirou.
(Releia desde o início e você irá perceber metáforas maravilhosas nesta história).

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