Festa das Luzes de Chanucá chamuscada
Chanucá é uma festa bonita, popular, que envolve crianças e adultos. Festa que não comemora uma vitória militar, mas o direito de podermos viver como judeus e termos o direito de sermos diferentes. Os macabeus não queriam falar grego nem profanar o que era sagrado para outros como faziam os gregos daquela época; queriam ser judeus e defender positivamente os seus próprios valores.
Ontem um grupo de vândalos, provavelmente de algum assentamento na Cisjordânia, ateou fogo nos tapetes de uma mesquita da aldeia árabe ao lado, que espalhou-se e queimou livros com textos sagrados para os muçulmanos. Profanaram o templo do outro. Em pleno Chanucá, estes irresponsáveis falaram grego.
Ato condenado em bom hebraico pelo presidente de Israel, Shimon Peres, pela esmagadora maioria de parlamentares, ministros, pela população israelense em geral, inclusive por lideranças religiosas ligadas aos assentamentos, cientes de que atos como estes em nada favorecem a imagem dos que moram e defendem o direito de não devolver territórios em um eventual acordo de paz com os palestinos.
Há coisas no ar. Tem gente dos dois lados que está espalhando palha seca em uma zona muito perigosa. Mais um pouco e qualquer faísca pode dar início a um incêndio. Que eu esteja redondamente enganado e que chova muito nos próximos dias por aqui, prá esfriar os ânimos dos radicais de ambos os lados.
Shavua tov, e que Chanucá seja o que deve ser, uma festa alegre e iluminada.
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