O Hamas tinha razão
Na semana passada os líderes terroristas do Hamas disseram que se os barcos que partiram para a praia de gaza conseguissem chegar, seria uma vitória, e se nao conseguissem, seria uma vitória do mesmo jeito. Infelizmente ele tinha razão. Com a morte de pelo menos 10 pessoas no confronto com a marinha israelense, que cumpriu o prometido e buscou impedir a entrada dos barcos em Gaza, vence o cinismo. Nada melhor do que vítimas para o Hamas inverter o espelho e mostrar Israel como desumano e terrorista.
Eles sabiam, eles tinham razao. O Hamas colocou Israel numa sinuca de bico. Se chegassem a Gaza, venciam. se não chegassem e, em consequência disso morresse gente - e não venha se dizer que eram mulheres, velhinhos e crianças, porque nao eram. Eram ativistas políticos identificados com algumas lideranças terroristas, alguns conhecidos como gente que provocou atentados no passado e matou gente, era gente que sabia o que estava fazendo, eram adultos, gente que sabia do risco que estava correndo. Um risco alto. se alguém achou que era uma brincadeira, descobriu que não, ninguém está brincando. Nem o Hamas, nem Israel.
Por que nao aceitar que a ajuda humanitária passasse por verificaçao em Ashdod? Ou alguem acha que Israel nao suspeita de bombas em meio a cadeiras de rodas, alimentos e etc.? Se nao havia nada de armamentos lá, por que nao passar por uma verificaçao, como se faz, aliás, sempre que se cruzam fronteiras, nos aeroportos, portos e fronteiras terrestres no mundo inteiro. Cruzaram fronteiras? Mostrem que estao cruzando de boa fé.
Mas o intuito nao era ajudar Gaza. O intuito era demonizar Israel. Conseguiram, a custa de vidas. Mas eu não diria vidas inocentes. Crianças... ei, você colocaria seu filho num tour hoje para Gaza? de jeito nenhum. adultos assumem seus riscos, mas colocar crianças nisso seria irresponsabilidade demais.
Seja como for, isso é lamentável, chocante, e levará a mais ódio e mais morte. Exatamente o que o Hamas queria.
segunda-feira, 31 de maio de 2010
domingo, 30 de maio de 2010
Mostra Shoá, Reflexões por um mundo mais tolerante - SESC Pompeia, imperdível
Está aí um exemplo de que ideias significativas podem ser realizadas por todo aquele e aquela que tenha disposição, ousadia e, prá usar um chavão americano, "pensar fora da caixa". É o caso dos jovens uruguaios Patricia Katz, Samuel Dresel e Uri Lichtenstein, jovens mesmo, quase adolescentes - cheguei a vê-los apresentar o projeto na Argentina em 2008, em um encontro do movimento judaico masorti/conservador - que criaram esta mostra interativa, inteligente e itinerante sobre o Holocausto, visitada por milhares de alunos do ensino fundamental e médio no Uruguai.
No Brasil, a mostra chega "turbinada". Além de estar aberta desde o último dia 28 de maio até 4 de julho, das 10h às 21:30h (menos aos domingos), será acompanhada por uma intensa programação paralela, com convidados especiais inclusive dos EUA, na Choperia do Sesc Pompeia às 4as feiras às 20:00h. A pretensão é que a mostra chegue a outras capitais do país.
Em São Paulo, a mostra conecta passado e presente estabelecendo um diálogo entre as diferenças culturais existentes no Brasil, ressaltando questões ligadas a direitos humanos e à tolerância. A montagem reúne parte do acervo exposto no Uruguai, além de produção local. São filmes, livros, estudos, obras de museus brasileiro e depoimentos de sobreviventes que residem no Brasil.
A exposição também faz uma justa homenagem a Ben Abraham, sobrevivente da Shoá e vice-presidente da Sherit Hapletá, a Associação Mundial dos Sobreviventes do Holocausto.
Está aí um exemplo de que ideias significativas podem ser realizadas por todo aquele e aquela que tenha disposição, ousadia e, prá usar um chavão americano, "pensar fora da caixa". É o caso dos jovens uruguaios Patricia Katz, Samuel Dresel e Uri Lichtenstein, jovens mesmo, quase adolescentes - cheguei a vê-los apresentar o projeto na Argentina em 2008, em um encontro do movimento judaico masorti/conservador - que criaram esta mostra interativa, inteligente e itinerante sobre o Holocausto, visitada por milhares de alunos do ensino fundamental e médio no Uruguai.
No Brasil, a mostra chega "turbinada". Além de estar aberta desde o último dia 28 de maio até 4 de julho, das 10h às 21:30h (menos aos domingos), será acompanhada por uma intensa programação paralela, com convidados especiais inclusive dos EUA, na Choperia do Sesc Pompeia às 4as feiras às 20:00h. A pretensão é que a mostra chegue a outras capitais do país.
Em São Paulo, a mostra conecta passado e presente estabelecendo um diálogo entre as diferenças culturais existentes no Brasil, ressaltando questões ligadas a direitos humanos e à tolerância. A montagem reúne parte do acervo exposto no Uruguai, além de produção local. São filmes, livros, estudos, obras de museus brasileiro e depoimentos de sobreviventes que residem no Brasil.
A exposição também faz uma justa homenagem a Ben Abraham, sobrevivente da Shoá e vice-presidente da Sherit Hapletá, a Associação Mundial dos Sobreviventes do Holocausto.
sábado, 29 de maio de 2010
41 Curcubitáceas
Agradeço imensamente a todos os cumprimentos por meu aniversário de número 41. Até então tal número só me fazia sentido nas solas dos sapatos - às vezes 40, às vezes 41, de acordo com o modelo. Mas enfim, tudo chega nesta vida - até os 41 anos (que venham mais, muito mais:-) e este inusitado e-mail de um dos amigos-figura mais queridos que tenho: o Alfr3do (sim, assim ele assina, às vezes como superalfredo)
Não costumo publicar informações pessoais, mas este vale à pena. Que o meu ano de vida comece com todo este bom humor e com direito a um frugal almoço a la Alfr3do. Boa semana!
Amigo Uri
Estava saboreando meu frugal almoço composto de uma entrada de salada verde com ruculas e agriões tailandenses, seguido de um consomé de peixe e do prato pricipal risoto de funghi com pescada branca, temperada com azeite portugues de 1931 a 15°, quando antes do sobrepasto lembrei-me ao me dirigir a meu novo refri, pois meu mordomo não trabalha na vespera do Shabat, para saborear as framboesas flamejamentes na pura 51 de Minas - de que hoje o amigo colhe mais uma cucurbitácea da horta de sua terráquea existencia.
Neste senrtido receba os tradicionais amplexos e melhores votos, neste eleitoral ano.
Tudo de bom,
Shabat Shalom
[ ]
Alfr3do
Agradeço imensamente a todos os cumprimentos por meu aniversário de número 41. Até então tal número só me fazia sentido nas solas dos sapatos - às vezes 40, às vezes 41, de acordo com o modelo. Mas enfim, tudo chega nesta vida - até os 41 anos (que venham mais, muito mais:-) e este inusitado e-mail de um dos amigos-figura mais queridos que tenho: o Alfr3do (sim, assim ele assina, às vezes como superalfredo)
Não costumo publicar informações pessoais, mas este vale à pena. Que o meu ano de vida comece com todo este bom humor e com direito a um frugal almoço a la Alfr3do. Boa semana!
Amigo Uri
Estava saboreando meu frugal almoço composto de uma entrada de salada verde com ruculas e agriões tailandenses, seguido de um consomé de peixe e do prato pricipal risoto de funghi com pescada branca, temperada com azeite portugues de 1931 a 15°, quando antes do sobrepasto lembrei-me ao me dirigir a meu novo refri, pois meu mordomo não trabalha na vespera do Shabat, para saborear as framboesas flamejamentes na pura 51 de Minas - de que hoje o amigo colhe mais uma cucurbitácea da horta de sua terráquea existencia.
Neste senrtido receba os tradicionais amplexos e melhores votos, neste eleitoral ano.
Tudo de bom,
Shabat Shalom
[ ]
Alfr3do
domingo, 23 de maio de 2010
Ao querido Iotam, direto do nosso pequeno submarino amarelo
Há um ano, conforme o calendário judaico, escrevi este comentário para a parashá Behaalotechá, que lemos nesta semana. Há um ano estive em uma cerimônia de bar mitsvá linda, talvez a mais linda de todas, o bar mitsvá de Iotam, na sinagoga Moreshet Avraham, em Jerusalem.
Há um ano Iotam me inspirou a escrever o texto abaixo, para o folheto Congregar da CIP.
Há poucos dias, Iotam voltou à minha lembrança, carregado por outras boas lembranças de outros tempos que se fizeram presentes novamente.
Hoje, recebi este comentário por e-mail.
Que bom que destas lembranças e vivências, vem momentos bons.
Uma boa semana a todos.
Parashat Behaalotechá
O que têm a ver uma antiga arca, um candelabro de ouro e um submarino amarelo?
Uri Lam, para o Congregar, CIP [13 de Junho de 2009/ 21 de Sivan de 5769]
Era uma vez uma antiga arca. Alguns acham que sempre esteve cheia de objetos e pergaminhos, de reis e leis, de princesas e soldados, de profetas e inimigos. Homens e mulheres continuam até hoje tomando para si o que consideram importante da arca. Outros acham tudo isso uma loucura. Tem quem diga que está bem guardada em algum país da África, ou nos porões do Vaticano, ou ainda no deserto da Judéia, não, em Petra, na Jordânia. Nos séculos 19 e 20, muita gente esclarecida considerava a arca um museu abandonado e às escuras, no fundo de um oceano de ignorância.
Eis que no século 21 a antiga arca dá sinais de que ainda tem muitos tesouros a revelar. Um museu de grandes novidades. Basta acender a luz e passear pelas estantes empoeiradas, navegar pelas bibliotecas virtuais ou experimentar fortes emoções nas máquinas do tempo espalhadas por seus andares. É virar e revirar que está tudo lá, dizem.
Pois bem, a parashá desta semana vem para nos ensinar a iluminar o que há na arca. Aarão, o sacerdote, recebe de Moisés a orientação para se erguer e acender as luzes da Menorá. Nossos sábios comentam que três luminárias estavam voltadas para o oeste e três para o leste, enquanto a sétima brilhava no centro. A Menorá de ouro maciço multiplicava a luz de suas chamas e iluminava tudo ao redor.
Agora sim, com boa iluminação, podemos ler o maior tesouro da Arca, o Sefer Torá. Vamos abri-lo na parashá desta semana? Deixe-me procurar... aqui está: Behaalotechá. Estão vendo estas letras misteriosas, como se fossem dois “vav” invertidos que marcam uma conhecida passagem: Vaiehi Binsoa, “quando a Arca partia em viagem...”? (Números 10:35-36). Alguns comentaristas dizem que na verdade é um livro por si mesmo, inserido no meio do livro de Números e por isso recebeu esta marcação. Quanta coisa ainda há para conhecer, este é só o começo!
E o submarino amarelo, onde entra? Ora, ele é a nossa arca sagrada, o nosso museu de grandes novidades onde podemos estudar Torá dia e noite, independente se a maré está para peixe ou não. Quem o vê de fora o chamou de Submarino Amarelo por conta da luz dourada das chamas da Menorá que resplandece por seus vitrais. Alguns nos dão por desaparecidos, outros que o Submarino Amarelo nunca existiu, que os relatos sobre ele são parte de mitos inventados por povos muito antigos que nós, judeus, adotamos como sendo nossos e só nossos. Muitos decidem sair do submarino e nadar por conta própria, e muitos outros querem entrar. Quem sai não sabe em que águas entrará, e quem quer entrar não tem idéia de que não é fácil viver neste submarino amarelo, onde para cada dois marujos há três direções a seguir.
Há alguns anos quatro rapazes britânicos contaram ao mundo que souberam de um submarino amarelo por um viajante dos mares. Não sei de que submarino eles falavam, mas aviso aos navegantes: o nosso pequeno submarino amarelo está vivo, bem iluminado, e segue a sua rota.
Há um ano, conforme o calendário judaico, escrevi este comentário para a parashá Behaalotechá, que lemos nesta semana. Há um ano estive em uma cerimônia de bar mitsvá linda, talvez a mais linda de todas, o bar mitsvá de Iotam, na sinagoga Moreshet Avraham, em Jerusalem.
Há um ano Iotam me inspirou a escrever o texto abaixo, para o folheto Congregar da CIP.
Há poucos dias, Iotam voltou à minha lembrança, carregado por outras boas lembranças de outros tempos que se fizeram presentes novamente.
Hoje, recebi este comentário por e-mail.
Que bom que destas lembranças e vivências, vem momentos bons.
Uma boa semana a todos.
Parashat Behaalotechá
O que têm a ver uma antiga arca, um candelabro de ouro e um submarino amarelo?
Uri Lam, para o Congregar, CIP [13 de Junho de 2009/ 21 de Sivan de 5769]
Era uma vez uma antiga arca. Alguns acham que sempre esteve cheia de objetos e pergaminhos, de reis e leis, de princesas e soldados, de profetas e inimigos. Homens e mulheres continuam até hoje tomando para si o que consideram importante da arca. Outros acham tudo isso uma loucura. Tem quem diga que está bem guardada em algum país da África, ou nos porões do Vaticano, ou ainda no deserto da Judéia, não, em Petra, na Jordânia. Nos séculos 19 e 20, muita gente esclarecida considerava a arca um museu abandonado e às escuras, no fundo de um oceano de ignorância.
Eis que no século 21 a antiga arca dá sinais de que ainda tem muitos tesouros a revelar. Um museu de grandes novidades. Basta acender a luz e passear pelas estantes empoeiradas, navegar pelas bibliotecas virtuais ou experimentar fortes emoções nas máquinas do tempo espalhadas por seus andares. É virar e revirar que está tudo lá, dizem.
Pois bem, a parashá desta semana vem para nos ensinar a iluminar o que há na arca. Aarão, o sacerdote, recebe de Moisés a orientação para se erguer e acender as luzes da Menorá. Nossos sábios comentam que três luminárias estavam voltadas para o oeste e três para o leste, enquanto a sétima brilhava no centro. A Menorá de ouro maciço multiplicava a luz de suas chamas e iluminava tudo ao redor.
Agora sim, com boa iluminação, podemos ler o maior tesouro da Arca, o Sefer Torá. Vamos abri-lo na parashá desta semana? Deixe-me procurar... aqui está: Behaalotechá. Estão vendo estas letras misteriosas, como se fossem dois “vav” invertidos que marcam uma conhecida passagem: Vaiehi Binsoa, “quando a Arca partia em viagem...”? (Números 10:35-36). Alguns comentaristas dizem que na verdade é um livro por si mesmo, inserido no meio do livro de Números e por isso recebeu esta marcação. Quanta coisa ainda há para conhecer, este é só o começo!
E o submarino amarelo, onde entra? Ora, ele é a nossa arca sagrada, o nosso museu de grandes novidades onde podemos estudar Torá dia e noite, independente se a maré está para peixe ou não. Quem o vê de fora o chamou de Submarino Amarelo por conta da luz dourada das chamas da Menorá que resplandece por seus vitrais. Alguns nos dão por desaparecidos, outros que o Submarino Amarelo nunca existiu, que os relatos sobre ele são parte de mitos inventados por povos muito antigos que nós, judeus, adotamos como sendo nossos e só nossos. Muitos decidem sair do submarino e nadar por conta própria, e muitos outros querem entrar. Quem sai não sabe em que águas entrará, e quem quer entrar não tem idéia de que não é fácil viver neste submarino amarelo, onde para cada dois marujos há três direções a seguir.
Há alguns anos quatro rapazes britânicos contaram ao mundo que souberam de um submarino amarelo por um viajante dos mares. Não sei de que submarino eles falavam, mas aviso aos navegantes: o nosso pequeno submarino amarelo está vivo, bem iluminado, e segue a sua rota.
domingo, 9 de maio de 2010
A comunidade reformista do Chile após o terremoto
Comunicado do movimento judaico reformista em prol da mais antiga comunidade judaica do Chile, na linda cidade costeira de Valparaíso (ao lado de Viñas del Mar), que sofreu muito com os terremotos recentes no Chile.
Caro Amigo da WUPJ (União Mundial pelo Judaísmo Progressista)
O terremoto de 8,8 graus de magnitude na escala Richter que atingiu o Chile em 27 de fevereiro devastou uma congregação histórica, a Sociedade Israelita Max Nordau, em Valparaíso. Esta congregação sefardi, fundada em 1916 por imigrantes da Turquia, a mais antiga congregação judaica no Chile, é filiada à União Mundial pelo Judaísmo Progressista desde 2007.
Embora, felizmente, não houve mortes ou feridos graves entre a congregação (duas crianças sofreram traumas psicológicos e estão sendo tratadas), o edifício da sinagoga foi completamente destruído. O congregante Ovadia Valencia, que faz parte do Corpo de Bombeiros Voluntários Judeus “Bomba Israel”, resgatou os Sifrê Torá e outros objetos rituais da congregação. No entanto, a maioria dos móveis e do resto dos bens da congregação não puderam ser salvos.
Talvez o mais trágico é que uma senhora de 85 anos, que cuidava da sinagoga e vivia no local, perdeu sua casa. Susana Albahari é neta do rabino fundador da congregação, o rabino Salomon Albahari. Ela foi resgatada pelo Sr. Valencia, fisicamente ilesa mas em estado de choque, e agora está morando temporariamente em um pequeno quarto a dois quarteirões da sinagoga destruída. A senhora Albahari tem poucos recursos próprios e é dependente do apoio de outros membros da congregação.
A congregação alugava o seu espaço, que agora está em reparos. Por causa dos recursos limitados da congregação, a compra de um novo espaço não é uma opção. Em vez disso, a congregação precisa encontrar uma outro espaço para alugar - uma tarefa ainda mais difícil pela falta de imóveis disponíveis para alugar em Valparaíso. Enquanto eles procuram um novo lar para a sua congregação, seus membros realizam os serviços religiosos nas casas das pessoas. Um novo lar para a congregação significará também um novo lar para Susana Albahari.
Valparaíso é o principal porto do Chile, localizado a cerca de 120 km a noroeste da capital Santiago e abriga segunda maior comunidade judaica do país. A congregação de Valparaíso é uma das três congregações no Chile afiliadas à WUPJ. As outras duas são a Yakar e a Ruaj Ami, ambas localizadas em Santiago. As duas congregações de Santiago, mais distantes do epicentro do terremoto, tiveram bastante sorte por não sofrerem grandes danos.
A WUPJ criou um fundo para ajudar a congregação de Valparaíso a cobrir os custos do aluguel e passar para uma nova instalação, bem como para auxiliar a senhora Albahari. As contribuições iniciais já foram recebidas de generosos membros da WUPJ. Por favor, considere a possibilidade de contribuir tanto quanto possível para este fundo.
Há uma série de maneiras pelas quais você pode contribuir:
(1) Fazer uma contribuição online com seu cartão de crédito, clicando aqui (em inglês). Coloque “Chile Relief” na caixa onde se lê “description” (descrição) e o valor (em dolares) de sua doação na caixa onde se lê “unit price”.
(2) NOS EUA: Telefone para a WUPJ (nos EUA), número 212-452-6530, para fazer uma doação via cartão de crédito. Indique que sua doação é para “Chile Relief”.
(3) NOS EUA: Envie um cheque nominal à WUPJ, com “Chile Relief” na linha de nota, a World Union for Progressive Judaism, 633 Third Avenue, 7th Floor, New York, NY 10017.
Todas as contribuições são dedutíveis nos termos da lei e serão alocadas em sua totalidade para o fundo, sem qualquer dedução de custos administrativos. A WUPJ vai administrar o fundo e as receitas de transferência para a congregação em Valparaíso, conforme necessário. Nós temos pessoas em atuação no Chile para se certificar de que todos os fundos serão gastos de forma eficaz em favor das necessidades da congregação.
Esta é também uma excelente oportunidade para você envolver a sua congregação na ajuda a outra congregação no exterior.
B'shalom,
Rabino Gary M. Granatoor, Vice-Presidente, Filantropia
Jerry Tanenbaum-Bretton, Presidente da Força-Tarefa Yad B’Yad
Comunicado do movimento judaico reformista em prol da mais antiga comunidade judaica do Chile, na linda cidade costeira de Valparaíso (ao lado de Viñas del Mar), que sofreu muito com os terremotos recentes no Chile.
Caro Amigo da WUPJ (União Mundial pelo Judaísmo Progressista)
O terremoto de 8,8 graus de magnitude na escala Richter que atingiu o Chile em 27 de fevereiro devastou uma congregação histórica, a Sociedade Israelita Max Nordau, em Valparaíso. Esta congregação sefardi, fundada em 1916 por imigrantes da Turquia, a mais antiga congregação judaica no Chile, é filiada à União Mundial pelo Judaísmo Progressista desde 2007.
Embora, felizmente, não houve mortes ou feridos graves entre a congregação (duas crianças sofreram traumas psicológicos e estão sendo tratadas), o edifício da sinagoga foi completamente destruído. O congregante Ovadia Valencia, que faz parte do Corpo de Bombeiros Voluntários Judeus “Bomba Israel”, resgatou os Sifrê Torá e outros objetos rituais da congregação. No entanto, a maioria dos móveis e do resto dos bens da congregação não puderam ser salvos.
Talvez o mais trágico é que uma senhora de 85 anos, que cuidava da sinagoga e vivia no local, perdeu sua casa. Susana Albahari é neta do rabino fundador da congregação, o rabino Salomon Albahari. Ela foi resgatada pelo Sr. Valencia, fisicamente ilesa mas em estado de choque, e agora está morando temporariamente em um pequeno quarto a dois quarteirões da sinagoga destruída. A senhora Albahari tem poucos recursos próprios e é dependente do apoio de outros membros da congregação.
A congregação alugava o seu espaço, que agora está em reparos. Por causa dos recursos limitados da congregação, a compra de um novo espaço não é uma opção. Em vez disso, a congregação precisa encontrar uma outro espaço para alugar - uma tarefa ainda mais difícil pela falta de imóveis disponíveis para alugar em Valparaíso. Enquanto eles procuram um novo lar para a sua congregação, seus membros realizam os serviços religiosos nas casas das pessoas. Um novo lar para a congregação significará também um novo lar para Susana Albahari.
Valparaíso é o principal porto do Chile, localizado a cerca de 120 km a noroeste da capital Santiago e abriga segunda maior comunidade judaica do país. A congregação de Valparaíso é uma das três congregações no Chile afiliadas à WUPJ. As outras duas são a Yakar e a Ruaj Ami, ambas localizadas em Santiago. As duas congregações de Santiago, mais distantes do epicentro do terremoto, tiveram bastante sorte por não sofrerem grandes danos.
A WUPJ criou um fundo para ajudar a congregação de Valparaíso a cobrir os custos do aluguel e passar para uma nova instalação, bem como para auxiliar a senhora Albahari. As contribuições iniciais já foram recebidas de generosos membros da WUPJ. Por favor, considere a possibilidade de contribuir tanto quanto possível para este fundo.
Há uma série de maneiras pelas quais você pode contribuir:
(1) Fazer uma contribuição online com seu cartão de crédito, clicando aqui (em inglês). Coloque “Chile Relief” na caixa onde se lê “description” (descrição) e o valor (em dolares) de sua doação na caixa onde se lê “unit price”.
(2) NOS EUA: Telefone para a WUPJ (nos EUA), número 212-452-6530, para fazer uma doação via cartão de crédito. Indique que sua doação é para “Chile Relief”.
(3) NOS EUA: Envie um cheque nominal à WUPJ, com “Chile Relief” na linha de nota, a World Union for Progressive Judaism, 633 Third Avenue, 7th Floor, New York, NY 10017.
Todas as contribuições são dedutíveis nos termos da lei e serão alocadas em sua totalidade para o fundo, sem qualquer dedução de custos administrativos. A WUPJ vai administrar o fundo e as receitas de transferência para a congregação em Valparaíso, conforme necessário. Nós temos pessoas em atuação no Chile para se certificar de que todos os fundos serão gastos de forma eficaz em favor das necessidades da congregação.
Esta é também uma excelente oportunidade para você envolver a sua congregação na ajuda a outra congregação no exterior.
B'shalom,
Rabino Gary M. Granatoor, Vice-Presidente, Filantropia
Jerry Tanenbaum-Bretton, Presidente da Força-Tarefa Yad B’Yad
sábado, 8 de maio de 2010
Sou Judeu... (legendas em espanhol)
na coordenaçao, Kobi Oz, que lançou há pouco o CD Mizmorê Nevuchim, Os Cânticos dos Perplexos - num jogo de palavras com o Guia dos Perplexos de Maimonides, o Moré Nevuchim.
Ok, um tanto We Are the World demais para o meu gosto, mas quem sabe lembre a quem é judeu o que ele é, e que há mais de um modo de ser judeu.
Shavua tov, uma boa semana a todos.
na coordenaçao, Kobi Oz, que lançou há pouco o CD Mizmorê Nevuchim, Os Cânticos dos Perplexos - num jogo de palavras com o Guia dos Perplexos de Maimonides, o Moré Nevuchim.
Ok, um tanto We Are the World demais para o meu gosto, mas quem sabe lembre a quem é judeu o que ele é, e que há mais de um modo de ser judeu.
Shavua tov, uma boa semana a todos.
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Um novo nome para Nova Escola Judaica
Renascença e Bialik juntam forças e histórias. Há alguns minutos recebi um e-mail do site Pletz comunicando que chegou o momento de escolher um novo nome para a escola. Sem nenhuma pretensão além da reflexão, tomo a liberdade de pensar sobre os nomes finalistas, o que eles me dizem, que espírito acho que podem passar para a futura escola. Como acho que não se deve ficar neutro, faço também a minha escolha pessoal - embora, claro, eu não voto na eleição. Mas tenho orgulho de ter estudado no Renascença, assim como admiro muito o Bialik e todos os que fizeram sua historia até aqui.
Há três nomes finalistas:
Alef: a primeira letra do alfabeto hebraico. Exprime a ideia de unidade e do princípio, do homem como unidade coletiva. Sim, o Alef é sempre um novo início, tem algo literalmente de Renascença, assim como tem algo do espírito do Bialik, de abertura, experimentação, espaço. Particularmente entendo que o Rena e o Bialik têm, cada um, belas histórias, construíram parte importante de nossa comunidade, e não estão começando do Alef. Também me soa neutro demais, em uma época em que na minha opinião é preciso defender posições religiosas, politicas e ideológicas. E creio que Rena e Bialik têm muito a dizer sobre isso e a fazer a diferença no futuro da comunidade judaica paulista e brasileira.
Martin Buber: filósofo e educador, responsável pela Filosofia do Diálogo e maior expoente do Existencialismo judaico, professor de antropologia filosófica na Universidade de Jerusalém. Uma de suas obras mais conhecidas é Eu e Tu (ou melhor, Eu-Tu), um clássico da filosofia dialógica, tão universal e tão judaico. Martin Buber também coletou contos e lendas judaicas chassídicas, que conhecemos em português na obra que ganhou no Brasil o título de "Historias do Rabi" (Ed. Perspectiva). Buber coloca o particular e o universal, o judaico e o laico, pensamento judaico e filosofia, tudo em diálogo. por seu respeito à diversidade e pela celebração da alteridade - que poderíamos dizer algo parecido em hebraico veahavtá lereachá camocha (amarás o teu próximo como a ti mesmo); por transmitir um espírito judaico pluralista e sionista, em diálogo com o pensamento e as ciências - é o meu nome preferido. Ficarei muito feliz de, quando chegar o dia, poder matricular meus filhos na Escola Judaica Martin Buber.
Chaim Weizmann foi presidente da Organização Sionista Mundial, liderou a Agência Judaica, participou ativamente na criação do Estado de Israel e foi o seu 1º. Presidente, em 1948. No campo acadêmico, fundou a Universidade Hebraica de Jerusalém, estabeleceu as bases do Instituto Weizmann, um dos maiores centros de produção científica do mundo, que hoje é uma das pontas de lança de Israel em sua liderança neste campo. Nome forte, importante. Tem ao seu lado o ímpeto em direção ao sionismo, amor a Israel e à excelência no campo das ciências. No entanto, me parece que faltaria aqui algo que levasse mais em conta as tradições judaicas em toda a sua extensão e riqueza.
Seja como for, que São Paulo tenha nesta união de forças uma escola que privilegie o ensino dos diversos valores religiosos e das diversas tradições judaicas, que mantenha e dê grande valor ao hebraico, que reforce o sionismo entre nossos jovens, que se orgulhem de construir uma coletividade em que ashkenazim e sefaradim, nascidos judeus e convertidos ao judaísmo sejam um e o mesmo povo, sem distinção. Tudo isso sem deixar de lado a excelência em todos os campos do conhecimento secular. Que nossos jovens recebam os instrumentos que os façam pensar e decidir, e não manuais de conduta (judaicos e não judaicos) de como obedecer e assim serem bons meninos e meninas. Que forme homens e mulheres capazes de liderar nossas comunidades e corajosos para criar novas, e que se destaquem em todos os campos da vida secular que optarem ocupar.
Para que no futuro possam ter seus filhos e sentirem orgulho e confiança de matriculá-los na Escola Judaica em que estudaram.
Shabat shalom
Uri Lam
Renascença e Bialik juntam forças e histórias. Há alguns minutos recebi um e-mail do site Pletz comunicando que chegou o momento de escolher um novo nome para a escola. Sem nenhuma pretensão além da reflexão, tomo a liberdade de pensar sobre os nomes finalistas, o que eles me dizem, que espírito acho que podem passar para a futura escola. Como acho que não se deve ficar neutro, faço também a minha escolha pessoal - embora, claro, eu não voto na eleição. Mas tenho orgulho de ter estudado no Renascença, assim como admiro muito o Bialik e todos os que fizeram sua historia até aqui.
Há três nomes finalistas:
Alef: a primeira letra do alfabeto hebraico. Exprime a ideia de unidade e do princípio, do homem como unidade coletiva. Sim, o Alef é sempre um novo início, tem algo literalmente de Renascença, assim como tem algo do espírito do Bialik, de abertura, experimentação, espaço. Particularmente entendo que o Rena e o Bialik têm, cada um, belas histórias, construíram parte importante de nossa comunidade, e não estão começando do Alef. Também me soa neutro demais, em uma época em que na minha opinião é preciso defender posições religiosas, politicas e ideológicas. E creio que Rena e Bialik têm muito a dizer sobre isso e a fazer a diferença no futuro da comunidade judaica paulista e brasileira.
Martin Buber: filósofo e educador, responsável pela Filosofia do Diálogo e maior expoente do Existencialismo judaico, professor de antropologia filosófica na Universidade de Jerusalém. Uma de suas obras mais conhecidas é Eu e Tu (ou melhor, Eu-Tu), um clássico da filosofia dialógica, tão universal e tão judaico. Martin Buber também coletou contos e lendas judaicas chassídicas, que conhecemos em português na obra que ganhou no Brasil o título de "Historias do Rabi" (Ed. Perspectiva). Buber coloca o particular e o universal, o judaico e o laico, pensamento judaico e filosofia, tudo em diálogo. por seu respeito à diversidade e pela celebração da alteridade - que poderíamos dizer algo parecido em hebraico veahavtá lereachá camocha (amarás o teu próximo como a ti mesmo); por transmitir um espírito judaico pluralista e sionista, em diálogo com o pensamento e as ciências - é o meu nome preferido. Ficarei muito feliz de, quando chegar o dia, poder matricular meus filhos na Escola Judaica Martin Buber.
Chaim Weizmann foi presidente da Organização Sionista Mundial, liderou a Agência Judaica, participou ativamente na criação do Estado de Israel e foi o seu 1º. Presidente, em 1948. No campo acadêmico, fundou a Universidade Hebraica de Jerusalém, estabeleceu as bases do Instituto Weizmann, um dos maiores centros de produção científica do mundo, que hoje é uma das pontas de lança de Israel em sua liderança neste campo. Nome forte, importante. Tem ao seu lado o ímpeto em direção ao sionismo, amor a Israel e à excelência no campo das ciências. No entanto, me parece que faltaria aqui algo que levasse mais em conta as tradições judaicas em toda a sua extensão e riqueza.
Seja como for, que São Paulo tenha nesta união de forças uma escola que privilegie o ensino dos diversos valores religiosos e das diversas tradições judaicas, que mantenha e dê grande valor ao hebraico, que reforce o sionismo entre nossos jovens, que se orgulhem de construir uma coletividade em que ashkenazim e sefaradim, nascidos judeus e convertidos ao judaísmo sejam um e o mesmo povo, sem distinção. Tudo isso sem deixar de lado a excelência em todos os campos do conhecimento secular. Que nossos jovens recebam os instrumentos que os façam pensar e decidir, e não manuais de conduta (judaicos e não judaicos) de como obedecer e assim serem bons meninos e meninas. Que forme homens e mulheres capazes de liderar nossas comunidades e corajosos para criar novas, e que se destaquem em todos os campos da vida secular que optarem ocupar.
Para que no futuro possam ter seus filhos e sentirem orgulho e confiança de matriculá-los na Escola Judaica em que estudaram.
Shabat shalom
Uri Lam
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