2 MIL PESSOAS NAS RUAS POR UMA JERUSALÉM LIVRE
Cerca de 2 mil pessoas - chilonim (judeus não praticantes ou não identificados com nenhuma linha religiosa), conservadores, reformistas, ortodoxos modernos, datiim leumim (ortodoxos sionistas), crianças, velhos, jovens, estudantes, trabalhadores, homens e mulheres - ou seja, um setor respeitável da população de Jerusalém marchou hoje à noite contra a coerção religiosa que parte da comunidade haredi (ultraortodoxa) busca impor em diversos setores e locais da vida da cidade, de regras cada vez mais restritivas para se ir rezar no Kotel (Muro das Lamentações) a protestos violentos durante o Shabat para impedir que empregados (judeus não-praticantes e não-judeus) mantenham a fábrica da Intel funcionando.
No final não pude ir, por uma daquelas dores de cabeça de enlouquecer. O mínimo então a fazer é divulgar e comemorar: Jerusalém acordou.
Os proprietários das lojas do centro que estavam na rota da passeata também participaram apoiando, aplaudindo e cantando canções de Chanuca, que disseram ser o exemplo de busca dos judeus pela liberdade de religião.
Um porta-voz do prefeito Nir Barkat disse que o prefeito não estava presente no evento, apesar de ser convidado, porque já tinha outro compromisso agendado. Barkat participava de um evento na Grande Sinagoga (muito próximo à Praça Paris, local de início da manifestação) que marcava o aniversário de um ano de sua gestão. Aliás, os jornais de fim de semana comentavam o fato de Barkat, ao buscar "governar para todos", vinha buscando agradar uns e outros - pelo jeito, não estou certo se está agradando ninguém, pelo menos no que tange aos conflitos de valores entre ultraortodoxos e o restante da população da cidade.
O protesto criticou o tratamento "soft" de manifestantes ultraortodoxos pela polícia na sequência de violentos tumultos que eles vêm causando na cidade, seja em relação aos estacionamentos próximos à Cidade Velha durante o Shabat, seja agora atacando a sede da conhecida empresa de alta tecnologia da Intel, chamando a polícia de nazistas e antisemitas, invadindo e quebrando vidros do edifício da empresa, e por aí vai.
A passeata também se solidarizou com uma jovem estudante de medicina presa na semana passada por vestir um talit e segurar um Sefer Torá perto do Kotel, durante as rezas do novo mês judaico juntamente com outras 40 ativistas do "Mulheres no Kotel".
Depois de dois posts sobre "Gam Zu Letová", só posso cumprimentar a todos os que participaram e apoiaram, por assumirem a responsabilidade pela cidade onde vivem. Lechaim, Ierushalaim!
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