sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Outono fervendo em Israel. Os turcos dizem nos amam. Falso "rabino" Elior Chen extraditado em 2 semanas, os estudos iniciam nesta segunda feira.

36 graus a sombra? E eu que pensei que havia deixado o calor para trás...

Tudo bem, o novo apartamento tem ar-condicionado, mas até me mudar, em 3 semanas, o calor deve já ter ido embora. Espero que tenhamos um clima intermediário antes de começar o frio prá valer...

Enquanto isso, a Turquia exibe uma minisérie apresentando soldados israelenses sanguinários assassinando a sangue frio crianças e civis palestinos. No pior estilo de filmes árabes antigos que, nos tempos de movimento juvenil, assistíamos na sede do Eitan, em São Paulo, os soldados israelenses são pintados como desumanos ao extremo.

Após os protestos do governo israelense, os produtores da mini-série dizem que o filme não trata de israelenses nem palestinos (ah tá), que os atores não usam uniformes israelenses (puxa, que coisa), e que eles amam os israelenses (imagina se nos odiassem). Por outro lado, a diplomacia turca afirma que as relações com Israel sempre foram fortes e continuarão fortes. Mas que a mini-série está mantida. detalhe: passa na TV estatal.

Lembra-me uma canção do Lingua de Trapo. Bem poderia ser a declaração de amor do governo turco a Israel:

"Ao lhe pedir em casamento, esqueci de lhe dizer,

que não sou um rapaz normal, que você esperava ter...

Minhas manias tão excêntricas, posso até lhe revelar,

mas meu sado-masoquismo, você vai ter que aturar...


Nos debates na TV - um esporte nacional, o debate - a discussão não trata das cenas revoltantes, mas de, segundo uma debatedora, de como chegamos a esta situação.

Enquanto isso, o sádico autoproclamado "rabino" Elior Chen está quase de passaporte carimbado para retornar a Israel. Todos esperam que seja julgado como merece, e que passe muitos anos na prisão, após maltratar ao extremo crianças "malcriadas" a fim de espantar delas os maus espíritos. Graças a Deus a argumentação dos advogados que fizeram a sua defesa - de que não poderia ser extraditado, uma vez que os crimes teriam sido cometidos nos territórios palestinos, fora, portanto, da jurisdição israelense - não colou.

Tudo (quase pronto) para o início das aulas no HUC. Muitas mudanças, pelo jeito, nos esperam, com o novo diretor do curso israelense, rabino Marc Rosenstein. Com ele terei um curso chamado "Dat vePolitica", Religião e Política. Também estudaremos Talmud, há outro curso de Livui Ruchani (algo como "Acompanhamento Espiritual"), Pensamento Judaico, e por aí vai.

Já sei que dois dos meus colegas estão liderando a abertura de duas novas comunidades, uma em Holon, outra em Tel Aviv.

Pois é... 36 graus, e subindo.

Shabat shalom

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