sábado, 20 de junho de 2009

O que a CIP tem em comum com a Congregação Bayt Shalom?
A Bayt Shalom fica em Greenville, Carolina do Norte, EUA.
A CIP fica em São Paulo, SP, Brasil.

A Bayt Shalom está em uma cidade não exatamente central nem muito grande.
A CIP está em uma megolópole, e crescendo.

A Bayt Shalom tem 60 famílias associadas.
A CIP tem 1200, ou seja, 20 vezes mais.

A Bayt Shalom acaba de receber a primeira rabina negra, Alysa Stanton, 45 anos.
A CIP tem três rabinos, e nem sonha ainda em ter uma rabina.

A Bayt Shalom é uma congregação totalmente igualitária, onde homens e mulheres participam com mesmos direitos de todos os serviços religiosos, contam igualmente no minian, lêem na Torá e assim por diante.
A CIP teve alguns avanços nos últimos anos nesta direção, como a abertura de um espaço central na sinagoga para homens e mulheres se sentarem juntos; o Shabat Neshamá, o nosso pequeno espaço completamente igualitário; e talvez esteja próximo o dia em que teremos o nosso primeiro Bat Mitsvá em que uma menina lerá na Torá. Mas estamos muito, muito longe das práticas já comuns e bem estabelecidas há 30, 40 anos em comunidades conservadoras e reformistas no mundo inteiro, e não se pode ainda dizer que somos realmente uma congregação igualitária.

Afinal, o que elas têm em comum?
Ambas, a Bayt Shalom (EUA) e a CIP (Brasil), são filiadas ao movimento conservador e ao movimento reformista. E nisto as duas dão um show de convivência e de unidade dentro do povo judeu. CIP e Bayt Shalom, apesar de tão diferentes, são provas de que é possível construir uma vida judaica respeitando-se as diferenças.

No mês passado foi o rabino Juan Mejia, de origem marrana, criptojudaica, anussi, que um dia converteu-se ao judaísmo formalmente e se tornou rabino conservador pelo JTS, escola rabínica do movimento conservador.

Neste mês foi a vez da rabina Alysa Stanton, mulher negra de origem cristã protestante, que converteu-se ao judaísmo há 20 anos e tornou-se agora rabina reformista pelo HUC, a escola rabínica do movimento reformista.

O mundo não está mudando. O mundo mudou.
O judaísmo não está mudando. O que não varia no judaísmo é seu estado contínuo de mudança.
Shavua tov

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