Queijo quente, queijo requentado
Dia 17 de fevereiro último, o articulista do jornal Haaretz Cnaan Liphsitz escreveu um artigo sobre um novo queijo kasher, supostamente o primeiro em 500 anos em Portugal. (vide "Pela primeira vez desde a Inquisição, queijo português recebe selo de cashrut - Cnaan Liphsitz Link: Haaretz tradução: Uri Lam).
Curioso, menos de 15 dias depois, quase a mesma reportagen sai no Jerusalem Post, sob o título "Queijo casher certificado em Portugal." muda só o nome do articulista,que agora se chama Nadia Beidas.
O que acontece? notícia requentada? Propaganda na forma de artigo?
Coisas estranhas têm acontecido neste mundo.
Um judeu português se manifestou dizendo que não precisa de paternalismo para supervisionarem seus queijos, e que estes são produzidos de modo casher há 500 anos - só não havia um rabino para certificá-los, o que não faz com que deixem de ser casher, oras.
Por que não se faz uma reportagem sobre a comunidade conservadora de Lisboa, quase toda formada por anussim? ou das comunidades espanholas de Barcelona, La Coruña, etc., praticamente só formadas por anussim e filiadas ao movimento reformista? Dirão que o queijo, ali, não é casher.
Enquanto isso, do outro lado do oceano, pelas alturas do ponto extremo de Santa Brazilis, não muito longe do mar onde vive uma pessoa chamada João, tem gente roubando o nosso queijo e se apresentando como "amigos", debaixo do nosso nariz. E estamos vendo, o pior! sabemos o que se passa. Mas não deve ser muito interessante. "Nâo dá em nada, bobagem, deixa eles".
Com amigos como estes, quem precisa de inimigos? Como os "amigos" dizem, talvez seja preciso uma intercessão e boas novas antes do fim dos tempos, oi veis mier - assim não dá.
Ok, menos mal, pelo menos em Portugal há discussão entre judeus, anussim e certificadores de cashrut, sem a "intercessão e as boas novas" messiânicas. Aprendamos com os descobridores, ó pá.
Jerusalém ameaçou nevar, mas ficou na ameaça. Depois da chuva, amanhece um lindo dia de sol. Boker tov a todos.
E não se esqueçam do queijo Braz-Shavei, caso os jornais israelenses resolvam requentar a notícia outra vez em mais 15 dias. De queijo já será pizza. Casher, sem dúvida.
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