quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

O rabino e as "Artimanhas de Scapin", de Moliére - em Jerusalém
Estive ontem com o rabino Sebastian (“Seba”) Weinstein, da AIP – Asociacion Israelita de las Pampas, Argentina. Conversamos muito sobre a realidade das comunidades judaicas reformistas/progressistas em Israel e de como podemos estreitar o contato com o intuito de dar suporte a comunidades judaicas liberais na América Latina.
Em meio a temas sérios, recebemos ingressos para a peça de Moliére. Além do brilhantismo do autor francês do séc. 17,  do humor sarcástico e da sempre atual crítica social, o texto foi traduzido pelo grande autor israelense contemporâneo Nathan Alterman. A mesma peça foi traduzida para a lingua portuguesa por ninguém menos que Carlos Drummond de Andrade. a apresentação foi no teatro do Mercaz Shimshon, em Jerusalém.
É uma delícia poder visitar obras de autores consagrados no mundo inteiro encenadas em hebraico e os atores e atrizes são excelentes. 
Scapin é um sujeito divertido, inteligente e manhoso, que busca ajudar dois jovens, filhos de senhores muito ricos, a se casarem com duas jovens lindas, mas vindas de famílias pobres. Os pais não darão um tostão furado para que seus filhos se casem com estas jovens. Scapin então usa de toda a sua habilidade para "enrolar os velhos" e convencê-los a liberar o dinheiro. A confusão está montada. 
Para quem acha que não há vida cultural na capital israelense, Moliére se diverte e aponta o quanto é bom rirmos de nós mesmos de vez em quando. Também em Jerusalém as pessoas podem sair à noite - aliás, com muito mais segurança do que em São Paulo, por exemplo - e voltarem para casa com um sorriso nos lábios.

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