Advogado do “rabino” Elior Chen é acusado, em Israel, de tentar influenciar a principal testemunha de acusação
Lembram-se do caso do falso rabino que, acusado de agredir violentamente algumas crianças para punir mau comportamento, fugiu para o Brasil e depois de um longo processo, foi preso e extraditado para ser julgado em Israel?
Segundo notícia veiculada hoje no jornal israelense Haaretz, uma carta de acusação foi apresentada no tribunal da cidade israelense de Kfar Saba contra o advogado dele no Brasil, Ariel Atari, denunciando que este foi à prisão onde está a mãe das crianças a quem Chen teria agredido, a fim de influenciar em seu testemunho.
Segundo a carta de acusação, no dia 22 de junho de 2008, quando Chen ainda estava preso no Brasil e prestes a ser extraditado para Israel, seu advogado foi à prisão de Nevê Tirtza em Ramle e pediu para se encontrar com a mãe das crianças que foram submetidas a violência extrema por Chen. A mãe perguntou desconfiada quem era ele, que se apresentou como advogado de Elior Chen. Quando ela perguntou como conseguiu visitá-la e se tinha permissão para isso, ele disse que não se preocupasse, que ele havia entrado e que estava tudo bem.
Atari contou a ela que visitara Chen no Brasil, que este estava preocupado com ela e queria lhe enviar um recado de modo informal. Atari sugeriu que ela escrevesse em resposta a Chen e que ele cuidaria de fazê-la chegar a seu cliente. Ele conversou com ela sobre o quanto Chen era boa pessoa, que tudo havia saído de controle porque ela e o marido haviam ido à imprensa, mentido e sugerido coisas que não haviam ocorrido de fato, e que na verdade ela havia sofrido maus tratos do próprio marido - e não de Chen.
De acordo com o Estado, o advogado Ariel Atari constrangeu a mãe quanto ao seu testemunho à polícia e quanto aos futuros testemunhos dela contra Chen e seus cúmplices.
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