Rabino Bloi: "Conversar com judeus reformistas ou conservadores é como participar da Parada do Orgulho Gay"
Em uma entrevista por telefone ao jornal israelense Jerusalem Post, o rabino-chefe de Ashkelon, Yossef Chaim Bloi, afirmou que não reconhecia as conversões de jovens realizadas enquanto serviam a Tzahal - o Exército de Defesa de Israel - apesar de serem estas conversões sob orientação ortodoxa. O rabino Bloi é parente de Amram Bloi, ex-líder do grupo ultraortodoxo e antisionista Naturei Karta. Sim, aqueles que vão abraçar Ahmadinejad no Irã e os líderes do Hamas em Gaza.
Segundo o rabino, para que uma conversão tenha efeito, a pessoa deve assumir um estilo de vida ortodoxo. E caso tempos depois retorne a uma vida não-ortodoxa, pode se assumir que nunca houve sincera intenção de se converter, e que a conversão simplesmente não ocorreu. Ou seja, encontrou-se um modo melhor do que anular um processo de conversão para invalidá-lo; simplesmente nega-se a realidade, nega-se que ocorreu e se faz de conta que nada houve. Algo como "Homens de Preto" e suas maquininhas que apagam a memória. Ou como o infame revisionismo histórico que nega o Holocausto.
Perguntado sobre o que pensava da ameaça do rabinato-chefe de Israel de punir rabinos que não reconhecessem as conversões ortodoxas feitas na Tzahal, ele explicou: "Eu creio que a maioria dos rabinos do Rabinato concordam comigo que não se pode aceitar um convertido que não aceite o estilo de vida ortodoxo. E de qualquer modo, estou me aposentando mesmo..." (ou seja, " o que me importa não é mesmo?")
Bloi recusou-se a participar de uma reunião na Knesset, o parlamento israelense com representantes dos movimentos judaicos Conservador e Reformista. "Eu até poderia conversar com judeus seculares", diz ele, "mas jamais estaria no mesmo espaço que um judeu reformista ou conservador para discutir sobre conversões. Seria como se estivesse participando de uma Parada do Orgulho Gay."
Para rompimento ou negação da realidade, tem remédio, tem terapia, tem tratamento. E para o preconceito e a discriminação, tem também?
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