quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Discurso do Presidente de Israel, Shimon Peres, para o Parlamento brasileiro (parte 5)
Valorosos membros do Parlamento,
Não é minha intenção lutar no Brasil com o Presidente do Irã. Como vocês sabem, nós consideramos que o país dele é um perigo para a paz global. Eu só irei me referir às facetas [desta ameaça] no tocante a Israel.
Historicamente, o Irã não era nosso inimigo e não há nenhuma necessidade de sermos inimigos. A fé islâmica não é nossa inimiga. Houve períodos durante os quais nós vivemos em verdadeira amizade. Mas eu não posso ignorar um governo que desenvolve armas nucleares e conclama para a destruição de Israel. O Irã é membro da ONU, contudo sua convocação para a destruição de Israel viola a carta da ONU. Viola o primeiro dos direitos humanos. Quer dizer, o direito de permanecer vivo.
O governo iraniano arma e patrocina organizações terroristas como o Hezbolá e o Hamas. Com apoio iraniano, o Hezbolá dividiu o Líbano, onde muçulmanos e cristãos viviam em paz. Estabeleceu um estado que denuncia a paz dentro de um estado que deseja a paz. O Irã ajuda o Hamas a conspirar contra a Autoridade Palestina, e assim sendo, impede o estabelecimento de um Estado Palestino.
É preciso uma chamada clara contra a destruição e contra o terrorismo. Uma chamada clara para coexistência pacífica. Eu sei que o Brasil rejeita conclamações para a destruição. Rejeita o terrorismo. A sua voz clara e positiva ecoa amplamente. Eu sei que o Brasil apóia o processo de paz baseado em dois estados para dois povos. Esta é a única alternativa positiva.
Antes, judeus e árabes viviam em paz. Naquele tempo as diferenças religiosas não nos aborreciam, e elas não precisam nos aborrecer no futuro. Nós somos membros de uma família. Abrahão é o pai de todos nós. Irmãos não precisam combater seus irmãos.

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